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Ibovespa (IBOV) perde os 124 mil pontos, enquanto mercado aguarda o Fed; 5 coisas para saber ao investir hoje (18)

18 dez 2024, 10:19 - atualizado em 18 dez 2024, 10:21
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Ibovespa abre em queda nesta quarta-feira, 18 (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta quarta-feira (18) em queda. O principal índice da bolsa brasileira desacelerava 0,05%, a 124.641,70 pontos, por volta de 10h04.



O dólar à vista tinha leve alta frente ao real nas primeiras negociações desta quarta, ampliando os ganhos da véspera, à medida que os investidores digeriam a aprovação do texto-base de uma das propostas do pacote fiscal do governo na Câmara dos Deputados.

Lá fora, acontece a última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do ano. As expectativas são de que o Federal Reserve realize mais um reajuste na sua taxa de juros.

Segundo a ferramenta de monitoramento CME FedWatch, as apostas são de 95,8% para um corte de 0,25 ponto percentual, que levaria a taxa para um patamar entre 4,25% e 4,50% ao ano. Já os outros 4,6% afirmam que o Fed deve manter os juros no atual patamar.

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5 assuntos para saber ao investir no Ibovespa nesta quarta (18)

1 – EUA: ‘Vem corte aí’

Nos Estados Unidos, na véspera da aguardada decisão de política monetária, os mercados registraram queda generalizada, com destaque para o Dow Jones Industrial Average, que recuou pelo nono pregão consecutivo — sua mais longa sequência de perdas desde 1978.

Apesar do desempenho negativo, Matheus Spiess, analista da Empiricus Research, destaca que foco do dia está voltado para o esperado corte de 25 pontos-base na taxa básica de juros, que deve situá-la no intervalo de 4,25% a 4,50% ao ano.

Após o anúncio, a atenção se voltará para a coletiva de imprensa de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, que pode fornecer pistas importantes sobre os próximos passos da política monetária.

“O cenário mais provável é o de um “hawkish cut“, em que o corte de juros vem acompanhado de um discurso mais cauteloso, sugerindo a possibilidade de uma pausa em janeiro enquanto o Fed avalia novos dados econômicos antes de decidir o próximo movimento”, afirma.

2 – Eletrobras (ELET3) e governo querem ainda mais prazo para fechar acordo pós-privatização

Eletrobras (ELET3) e a União protocolaram no Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para prorrogação, por mais 60 dias, do prazo para negociação para conclusão do acordo relacionado a aspectos de governança e participação na empresa, ainda num entrave pós-privatização da gigante do setor elétrico.

As tratativas ocorrem por meio de mediação instaurada na Câmara de Mediação e de Conciliação da Administração Pública Federal (CCAF) da AGU por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Nunes Marques.

O objetivo do dispositivo foi manter a empresa como uma “corporation”, ou seja, sem um controlador ou acionista com poder político definido. O maior afetado pela medida é o próprio governo, que permaneceu com quase 47% das ações com direito a voto após a privatização da companhia.

3 – Azul (AZUL4) lança ofertas de troca de dívidas

Azul (AZUL4) lançou ofertas de troca de dívidas como parte do seu processo de reestruturação e recapitalização, mostra comunicado enviado ao mercado nesta quarta-feira (18).

Segundo o documento, além das ofertas de troca de dívida com vencimentos em 2028, 2029 e 2030, a aérea pede aos credores a eliminação de termos restritivos, liberação de garantias e eliminação de eventos de inadimplência.

As operações preveem uma emissão de novas ações da Azul em três fases, com a companhia estimando que as primeiras ocorram até abril de 2025.

4 – Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) afirma que não tem informações sobre posição de Tanure na varejista

O Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) afirmou que não tem conhecimento sobre a posição do empresário Nelson Tanure na companhia, segundo esclarecimento feito à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Nesta semana, os papéis da varejista registraram forte valorização em meio à notícia de um possível interesse em uma combinação de negócios entre a rede de supermercados Dia e o GPA.

Segundo fontes ouvidas pelo Valor Econômico, o investidor Nelson Tanure, que assumiu o controle da rede Dia, e os assessores do empresário já estão considerando um modelo operacional envolvendo o Pão de Açúcar.

5 – Câmara aprova projeto que regulamenta a reforma tributária

Câmara dos Deputados aprovou um dos projetos de regulamentação da reforma tributária, que havia retornado do Senado com mudanças. O texto agora segue para sanção presidencial.

O Projeto de Lei Complementar (PLP) 68/24, do Poder Executivo, contém detalhes sobre cada regime com redução ou isenção de incidência, a devolução de tributos para consumidores de baixa renda (cashback), a compra internacional pela internet e a vinculação dos mecanismos de pagamento com sistema de arrecadação.

Segundo o relator, deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), o texto alterado pela Câmara beneficia mais a população. “A reforma tributária está reduzindo a carga em 0,7% para todos os brasileiros. O texto do Senado aumenta a alíquota para toda a sociedade”, afirmou.

*Com informações de Reuters

Estagiária
Estudante de jornalismo na Universidade São Judas Tadeu, tem habilidades em edição de imagens e vídeos além da paixão pelo meio de comunicações. Estuda inglês e está em busca da fluência.
vitoria.pitanga@moneytimes.com.br
Estudante de jornalismo na Universidade São Judas Tadeu, tem habilidades em edição de imagens e vídeos além da paixão pelo meio de comunicações. Estuda inglês e está em busca da fluência.