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Ibovespa (IBOV) abre em alta aos 131 mil pontos de olho no governo; 5 coisas para saber ao investir hoje (18)

18 mar 2025, 10:14 - atualizado em 18 mar 2025, 10:14
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Ibovespa abre em alta nesta terça-feira, 18 (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta terça-feira (18) em alta. O principal índice da bolsa brasileira avança 0,17%, aos 131.051,80 pontos, por volta de 10h05 (horário de Brasília).



O dólar à vista avançava ante o real no início da manhã, recuperando algumas das perdas da sessão anterior, à medida que os investidores se posicionam para uma série de reuniões de bancos centrais ao longa da semana, enquanto navegam por incertezas geopolíticas e fiscais.

Por volta das 10h, o dólar recuava a 0,08%, a R$ 5,6790.

Do lado corporativo, serão divulgados os resultados do quarto trimestre de 2024 da StoneCo. (STNE), YDUQS (YDUQ3), Ecorodovias (ECOR3) e Taesa (TAEE11).

Day Trade:

Radar do mercado

5 assuntos para saber ao investir no Ibovespa nesta terça (18)

1 – Governo se prepara para ampliar isenção do IR

Os investidores brasileiros ficam de olho no projeto que isenta o Imposto de Renda das pessoas que ganham até R$ 5 mil por mês. O texto será assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em uma cerimônia antes do almoço e depois deve ser entregue ao Congresso.

O projeto que amplia a isenção do IR era uma das promessas de campanha de Lula e foi apresentado pelo ministro Fernando Haddad em novembro do ano passado, junto ao pacote de contenção de gastos do governo.

Na época, Haddad disse que a previsão inicial apontava para um custo anual de R$ 35 bilhões aos cofres públicos. No entanto, ontem, ele confirmou que a ampliação de isenção custará R$ 27 bilhões por ano.

2- Donald Trump e Vladimir Putin negociam acordo

Lá fora, as atenções estão voltadas para a Rússia e Ucrânia, que estão em guerra desde fevereiro de 2022.

Hoje, Donald Trump tem uma ligação marcada com Vladimir Putin para negociar um acordo de cessar-fogo para a região, afirmando que a atual situação não é boa para nenhum dos dois países e que está “ansioso” para conversar com o presidente russo.

Os dois presidentes devem discutir possíveis concessões territoriais da Ucrânia e o controle da usina nuclear ucraniana de Zaporizhzhia; a Rússia também exige que a Ucrânia fique fora da Otan. Já o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky afirma que os territórios da Ucrânia são inegociáveis.

3 – EUA em alerta: sinais de desaceleração reforçam cautela dos investidores

O mercado americano segue atento aos sinais de crescimento — ou à falta deles. Para Matheus Spiess, analista da Empiricus Research, os últimos dados vindos dos Estados Unidos reforçam a percepção de uma economia que começa a perder fôlego.

As vendas no varejo divulgadas ontem indicaram que o consumo ainda sustenta a atividade, mas já mostra sinais de enfraquecimento. A Pesquisa de Manufatura Empire State, do Fed de Nova York, trouxe um alerta mais claro, ao registrar uma forte contração na atividade industrial em março. Esses números levantam dúvidas sobre o ritmo de crescimento dos Estados Unidos em 2025.

“A grande questão agora é o comportamento do consumidor, que representa a espinha dorsal do PIB americano. Se os gastos diminuírem, as empresas terão que se ajustar, focando mais na eficiência operacional e expansão de margens”, explica Spiess.

A incerteza já impacta os mercados. O S&P 500 e o Nasdaq Composite entraram em território de correção, refletindo a cautela dos investidores. As gigantes da tecnologia — conhecidas como Magnificent 7 — também sofreram ajustes nos valuations, atingindo os menores múltiplos desde 2022-2023.

Além disso, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) revisou para baixo suas projeções de crescimento para os EUA e outras economias desenvolvidas, estimando uma desaceleração global para 3,1% em 2025 e 3% em 2026.

No entanto, Spiess destaca que nem tudo é negativo. A desaceleração pode abrir espaço para cortes de juros pelo Federal Reserve no segundo semestre.

4 – Pontapé nas decisões dos juros

Hoje também é o primeiro dia de reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês). As apostas são de que o Federal Reserve mantenha a taxa de juros no atual patamar entre 4,25% e 4,50%.

Também está no radar a primeira etapa da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) para definir o futuro da taxa Selic.

Esta fase é reservada às apresentações técnicas de conjuntura; já a segunda — que acontece amanhã — é para decisões das diretrizes de política monetária.

A expectativa do mercado é de que amanhã o Banco Central anuncie uma alta de 1 ponto percentual, elevando a taxa básica de juros a 14,25% ao ano.

5- Itaúsa (ITSA4) tem lucro líquido recorrente de R$ 3,679 bi no 4T24

Itaúsa (ITSA4), holding de investimentos que faz parte do bloco de controle do Itaú Unibanco, registrou lucro líquido recorrente de R$ 3,6 bilhões no quarto trimestre de 2024, alta de 16% em relação ao mesmo período do ano anterior.

O crescimento do lucro veio principalmente da expansão do resultado do Itaú, e também do menor patamar das despesas administrativas. Os dois fatores foram parcialmente compensados pelo desempenho mais fraco de investidas que não pertencem ao setor financeiro.

No quarto trimestre, o Itaú gerou para a Itaúsa resultado de R$ 3,9 bilhões, crescimento de 22% em um ano. Por outro lado, os resultados vindos da Aegea, de saneamento básico, caíram 93%, para R$ 2 milhões, enquanto Dexco e NTS tiveram resultados negativos.

*Com informações de Reuters

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Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
juliana.caveiro@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
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