Ibovespa (IBOV) tenta recuperar os 124 mil pontos; 5 coisas para saber ao investir hoje (17)
O Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta terça-feira (17) em alta. O principal índice da bolsa brasileira subia 0,27%, a 123.845 pontos, por volta de 10h10.
O dólar à vista subia frente ao real nas primeiras negociações, ampliando os fortes ganhos da véspera, com o mercado digerindo a ata da mais recente reunião do Copom e à espera da decisão de juros do Federal Reserve.
Às 9h09, o dólar à vista subia 0,89%, a R$ 6,1462 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha baixa de 0,2%, a R$ 6,146.
Lá fora, a expectativa é em relação à última reunião do Federal Reserve do ano, que acontece amanhã. As apostas são de mais um corte de 0,25 ponto percentual, em linha com as últimas falas de Jerome Powell de que o Fed pode ser criterioso com a trajetória futura dos cortes na taxa de juros.
Day Trade:
- Azzas 2154 (AZZA3), BB Seguridade (BBSE3) e mais 2 ações para comprar
- Banco do Brasil (BBAS3), Auren (AURE3) e outras ações para vender e buscar retornos de até 4,6%
Radar do Mercado:
- RADAR
5 assuntos para saber ao investir no Ibovespa nesta terça (17)
1 – Ata do Copom
A magnitude da deterioração de curto e médio prazo da inflação e o cenário mais adverso deram respaldo para o Comitê de Política Monetária (Copom) indicar novas altas de 1 ponto percentual (p.p.) na Selic, mostra a ata da reunião da semana passada. Se confirmado o cenário, a taxa será de 14,25% em março de 2025.
Além da desancoragem adicional das expectativas e da elevação das projeções de inflação, os membros descrevem que o cenário é marcado pelo dinamismo acima do esperado na atividade e maior abertura do hiato do produto. Isso “exige uma política monetária ainda mais contracionista”.
Matheus Spiess, analista da Empiricus Research, destaca que o problema central do país, neste momento, é fiscal.
“O governo perdeu a confiança dos agentes econômicos, que questionam a disposição real de promover os ajustes necessários. No Boletim Focus desta semana, a mediana das expectativas para a Selic ao final de 2025 subiu de 13,50% para 14% ao ano. No entanto, a curva de juros já precifica uma Selic terminal acima de 16%”, afirma.
2 – Votações no Congresso
Em Brasília, o Congresso está correndo contra o tempo para votar todos os projetos que precisam ser votados antes do recesso de final de ano, que começa no dia 21 de dezembro. Hoje, a Câmara dos Deputados vota, a partir das 14h, os detalhes da reforma tributária.
Ficam faltando o pacote de corte de gastos e Orçamento de 2025. “Hoje, o parecer do pacote fiscal deve ser apresentado, mas as resistências são significativas. O ministro Fernando Haddad terá que entrar em campo para impedir que o texto, já insuficiente e medíocre, seja ainda mais desidratado — algo que a ala política petista já fez em novembro durante as negociações. O cenário é complexo, e o Congresso tenta se antecipar ao endurecer a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025, que deve ser votada até quinta-feira”, afirma Spiess.
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3 – Minerva (BEEF3) descontinua projeções após atraso em operação com a Marfrig (MRFG3)
A Minerva (BEEF3) informou o mercado sobre a descontinuidade da divulgação de projeções sobre o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), receita líquida, fluxo de caixa, dívida líquida e alavancagem para o exercício social de 2024 da companhia.
Segundo o comunicado, as projeções tinham entre as premissas os potenciais impactos operacionais e financeiros do aproveitamento dos ativos adquiridos em transação com a Marfrig (MRFG3) ao longo de 2024. Confira.
4 – Petrobras (PETR4): Lula indica presidente do conselho da petrolífera para diretoria da ANP
A Petrobras (PETR4) anunciou ao mercado a indicação do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, para que o presidente do Conselho de Administração da petrolífera, Pietro Adamo Sampaio Mendes, ocupe uma diretoria da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
A indicação ainda será submetida para aprovação do Senado, sendo esta a última etapa antes da nomeação pelo presidente da República. Mendes segue na sua função de Presidente do Conselho de Administração da companhia durante esse processo.
5 – BTG Pactual (BPAC11) anuncia o pagamento de juros sobre o capital próprio
O conselho de administração do BTG Pactual (BPAC11) aprovou o pagamento de juros sobre o capital próprio (JCP) complementar aos acionistas. O pagamento ocorrerá no dia 14 de fevereiro de 2025. O anúncio destes JCPs não alteram a previsão de distribuição regular referente ao segundo semestre de 2024.
A distribuição dos proventos ocorrerá da seguinte forma:
- Valor bruto por ação ordinária ou ação preferencial: R$ 0,101089569;
- Valor líquido por ação ordinária ou ação preferencial: R$ 0,085926134;
- Valor bruto por Unit BPAC11: R$ 0,303268707; e
- Valor líquido por Unit BPAC11: R$ 0,257778402.
*Com informações de Reuters