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Ibovespa (IBOV) despenca 1% e tenta manter os 130 mil pontos; 5 coisas para saber ao investir hoje (17)

17 out 2024, 10:10 - atualizado em 17 out 2024, 10:36
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Ibovespa abre em queda nesta quinta-feira, 17 (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta quinta-feira (17) em queda. O principal índice da bolsa brasileira desacelerava 0,52%, a 131.061 pontos, por volta de 10h05.



O dólar à vista subia frente ao real nesta quinta, em linha com a força em mercados emergentes, à medida que os investidores avaliavam novas notícias recebidas da China que decepcionaram os mercados globais e derrubaram preços de commodities.

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5 assuntos para saber ao investir no Ibovespa nesta quinta (17)

‘Está difícil de convencer’

Por aqui, o mercado continua demonstrando ceticismo quanto ao comprometimento do governo em reduzir despesas, um tema amplamente debatido ao longo da semana. Os investidores aguardam medidas concretas antes de adotarem um otimismo mais sólido.

Matheus Spiess, analista da Empiricus Research, pontua que, ontem, o sentimento do mercado foi abalado pela apresentação de dois projetos de lei do governo que propõem maior autonomia financeira para as empresas estatais que ainda dependem do Orçamento.

“Essas medidas poderiam permitir que tais empresas operassem com mais independência, mesmo continuando a receber recursos do Tesouro. A reação foi imediatamente negativa, levando o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a intervir para acalmar os ânimos”, afirma.

Haddad garantiu que as estatais continuarão a seguir as regras do arcabouço fiscal, embora o texto do projeto precise ser ajustado para refletir isso.

Spiess aponta que a atuação do ministro ajudou a impulsionar o Ibovespa, em conjunto do desempenho positivo da Vale (VALE3), “embora haja preocupações de que a mineradora possa enfrentar dificuldades hoje devido à queda nos preços do minério de ferro no mercado internacional, após a decepção com as medidas econômicas da China”.

O analista reitera que ainda assim, o mercado permanece cauteloso quanto à real disposição do governo em manter o equilíbrio fiscal.

“Uma reunião de Lula com banqueiros ontem trouxe algum alívio, já que as instituições financeiras buscavam ouvir diretamente do presidente sua postura em relação à responsabilidade fiscal. O retorno foi amplamente positivo, gerando a percepção de que Lula está disposto a apoiar as iniciativas fiscais de Haddad, mesmo que isso envolva custos políticos”, diz. “Na verdade, Lula parece ter poucas opções, especialmente após o desempenho decepcionante do PT e seus aliados nas eleições municipais”.

Contudo, uma reforma ministerial é esperada, se não até o final deste ano, então no início de 2025, alinhada com as mudanças na liderança da Câmara e do Senado, onde Lira e Pacheco provavelmente conseguirão emplacar seus sucessores.

No entanto, Spiess adiciona que, antes disso, questões importantes ainda precisam ser resolvidas, como a distribuição das emendas parlamentares, que deve ocorrer entre o final de outubro e início de novembro, e a regulamentação da reforma tributária.

‘Para os juros europeus, as palavras valem mais do que os atos’

O principal destaque da agenda internacional de hoje é o corte de 25 pontos-base na taxa de juros pelo Banco Central Europeu (BCE), anunciado nesta manhã. Essa é a terceira vez, só este ano, ao qual ocorrem cortes. Além de sinalizar que a inflação na zona do euro está cada vez mais sob controle, também demonstra que as perspectivas econômicas pioraram.

O primeiro corte consecutivo nos juros em 13 anos marca uma mudança no foco do banco central da zona do euro, que deixou de ser a redução da inflação para passar proteger o crescimento econômico, que ficou muito aquém do dos Estados Unidos por dois anos consecutivos.

“As informações recebidas sobre a inflação mostram que o processo desinflacionário está bem encaminhado”, disse o BCE. “As perspectivas de inflação também são afetadas pelas recentes surpresas negativas nos indicadores de atividade econômica.”

Vale (VALE3) anuncia emissão de R$ 6 bilhões em debêntures

A Vale (VALE3) anunciou a emissão de R$ 6 bilhões em debêntures simples. As debêntures são títulos de dívida emitidos por empresas para captar recursos no mercado de capitais.

Segundo o comunicado divulgado ao mercado na quarta-feira à noite, a emissão será feita em três séries. A primeira prevê R$ 3 milhões, a segunda de R$ 1,8 milhão e a terceira de R$ 1,2 milhão — todas com valor nominal unitário de R$ 1.000.

Conforme informado pela companhia, as debêntures terão prazos de 10, 12 e 15 anos.

Acordo da CSN (CSNA3) com Itochu sobre fatia na CSN Mineração (CMIN3) envolve prêmio de 26%

A Companhia Siderúrgica Nacional atendeu cobrança da Comissão de Valores Mobiliários e divulgou apenas no final da noite de ontem o valor pelo qual vai vender até 11% de participação em sua controlada de mineração.

A empresa informou que o preço acertado com a japonesa Itochu foi de R$ 7,50 por ação da CSN Mineração, um prêmio de cerca de 26% em relação ao fechamento do papel na véspera do anúncio do acordo.

A companhia comandada por Benjamin Steinbruch afirmou que “a forma de pagamento, eventuais ajustes e demais condições do negócio ainda estão sendo objeto de negociações e não foram definidas pelas partes”.

*Com informações de Reuters