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Ibovespa (IBOV) abre nos 135 mil pontos, ansiando a Super Quarta: 5 coisas para saber ao investir hoje (17)

17 set 2024, 10:16 - atualizado em 17 set 2024, 10:16

O Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta terça-feira (17) em queda. O principal índice da bolsa brasileira desacelerava 0,08%, a 135.009 pontos, por volta de 10h09.



O dólar à vista tinha leve queda frente ao real nas primeiras negociações desta terça, em uma demonstração de cautela à medida que investidores se posicionam para as reuniões do Federal Reserve e do Banco Central brasileiro.

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5 assuntos para saber ao investir no Ibovespa nesta terça (17)

Copom já trouxe leve alta para o Ibovespa? ‘A desancoragem é relevante’

Por aqui, a semana começou com uma leve alta no principal índice de ações, mantendo o Ibovespa acima dos 135 mil pontos.

Segundo Matheus Spiess, analista da Empiricus Research, os investidores estão focados nas próximas decisões de política monetária, tanto no cenário internacional, com o Federal Reserve nos Estados Unidos prestes a iniciar um ciclo de corte de juros, quanto no Brasil, onde o Comitê de Política Monetária (Copom) está no centro das atenções.

“A expectativa é de que haja um possível aumento na taxa Selic e, como já comentei anteriormente, um ajuste mais contido, em torno de 25 pontos-base, parece ser o mais provável”, aponta.

O analista pondera que uma divisão no Copom precisa ser evitada, pois poderia gerar um efeito negativo considerável sobre as expectativas do mercado, que já se encontram voláteis — como indicado no Relatório Focus divulgado ontem (16) pelo Banco Central, mostrando uma elevação nas previsões de inflação para 2024, 2025 e 2026.

“Grande parte dessa incerteza no mercado está diretamente relacionada à questão fiscal no Brasil, um tema frequentemente abordado. A frustração com algumas iniciativas de arrecadação, como o impacto limitado da implementação do voto de qualidade no Carf, tem levado o governo a buscar alternativas”, afirma.

Spiess aponta que uma dessas alternativas é a expectativa do Ministério da Fazenda de receber cerca de R$ 10 bilhões em dividendos extraordinários do BNDES ainda este ano, visando ajudar a equilibrar as contas públicas. “Essa arrecadação poderá compensar parcialmente o desempenho fraco de outras medidas fiscais”, pondera.

Contudo, “as expectativas permanecem sem uma ancoragem sólida, mantendo a volatilidade no horizonte”.

EUA: ‘Apostas agressivas ganham espaço’

Nos Estados Unidos, à medida que se aproxima a reunião de política monetária do Federal Reserve, os investidores começam a se alinhar em torno da possibilidade de um corte de juros mais agressivo — o que, para Matheus Spiess, marcaria o início de um aguardado ciclo de afrouxamento monetário com grande impacto.

“Atualmente, os futuros de fundos do Fed indicam uma probabilidade de 65% de um corte de 50 pontos-base na taxa-alvo do Fed nesta quarta-feira, enquanto a chance de um corte de 25 pontos-base é de 35%”, afirma.

Essa mudança de perspectiva é significativa em relação ao cenário de apenas uma semana atrás. Até a sexta-feira passada, a maioria dos investidores via a combinação de uma economia relativamente robusta e uma inflação em desaceleração como justificativa para um corte mais cauteloso, quase cirúrgico, nas taxas de juros. “Agora, o sentimento parece estar inclinado para uma abordagem mais assertiva”, diz.

“Embora eu compreenda essa mudança, mantenho um certo ceticismo. Acredito que um corte de 25 pontos-base continua sendo o cenário mais provável, pois um corte de 50 pontos poderia sinalizar que o Fed está mais preocupado com a deterioração da economia do que se imaginava, indicando que seria necessário flexibilizar as condições financeiras para evitar uma recessão iminente”, aponta.

O analista ainda informa, que essa percepção mais sombria poderia gerar preocupações entre os investidores, que até agora se mostraram relativamente confiantes no desempenho da economia dos EUA.

Por outro lado, um corte de 25 pontos seria interpretado como uma medida mais moderada, sugerindo que a economia está em uma trajetória sólida, necessitando apenas de um pequeno estímulo para acelerar o crescimento.

“A persistente incerteza quanto ao próximo movimento do Fed é atípica, especialmente com a proximidade da reunião. O Fed passou anos tentando evitar surpresas em suas decisões, geralmente sinalizando suas intenções de forma mais clara. Porém, desta vez, essa oscilação nas expectativas pode fazer parte da estratégia”, diz Spiess.

Americanas (AMER3) vai sair da bolsa? É o que querem acionistas minoritários

O Instituto Ibero-Americano da Empresa protocolou na B3 (B3SA3) pedido de exclusão definitiva da Americanas (AMER3) do Novo Mercado, segmento de mais alto grau de governança da bolsa, afirmando que a varejista não cumpriu exigências para assegurar a transparência de sua gestão.

B3 decidiu suspender o selo de Novo Mercado da Americanas em novembro do ano passado, cerca de 10 meses depois do escândalo contábil bilionário revelado pela então diretoria da própria empresa em janeiro, no primeiro movimento do tipo pela operadora da bolsa brasileira.

Na ocasião, a Americanas disse que cumpria todos os requisitos do Novo Mercado e que confiava que a decisão fosse devidamente revista. A Americanas reafirmou ainda o discurso de que foi “vítima de fraude” de sua antiga diretoria, que ficou no comando por cerca de duas décadas.

Multiplan (MULT3) paga R$ 120 milhões em juros sobre capital próprio (JCP)

Multiplan (MULT3) informou ao mercado que realizará o pagamento de juros sobre o capital próprio (JCP) no valor total bruto de R$ 120 milhões, correspondentes a R$ 0,20605475304 por ação, no dia 20 de setembro de 2024.

O montante foi aprovado pelo conselho de administração em reunião realizada no dia 22 de setembro de 2023.

Terão direito ao JCP acionistas com posição na companhia no dia 27 de setembro de 2023, sendo que as ações passaram a ser negociadas “ex juros” a partir de 28 de setembro de 2023.

Conforme o comunicado, o pagamento dos juros sobre o capital próprio será realizado com a correspondente retenção do imposto de renda na fonte, exceto para os acionistas que não estiverem sujeitos à incidência do tributo na forma da legislação aplicável.

Localiza (RENT3) homologa aumento de capital no valor de R$ 359,2 milhões

O conselho de administração da Localiza (RENT3) aprovou, na segunda-feira (16), a homologação total do aumento do capital social, dentro do limite do capital autorizado. Vale lembrar que a operação viabiliza a entrada de recursos na companhia.

Conforme o comunicado, foram efetivamente subscritas e integralizadas 10.730.862 ações, representando 100% das ações objeto do aumento de capital. O preço de emissão foi de R$ 33,48, totalizando R$ 359,2 milhões.

*Com informações de Reuters

Estagiária
Estudante de jornalismo na Universidade São Judas Tadeu, tem habilidades em edição de imagens e vídeos além da paixão pelo meio de comunicações. Estuda inglês e está em busca da fluência.
vitoria.pitanga@moneytimes.com.br
Estudante de jornalismo na Universidade São Judas Tadeu, tem habilidades em edição de imagens e vídeos além da paixão pelo meio de comunicações. Estuda inglês e está em busca da fluência.