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Ibovespa (IBOV) abre em alta com ajustes das expectativas antes do Copom; 6 coisas para saber ao investir hoje (17)

17 mar 2025, 10:09 - atualizado em 17 mar 2025, 10:09
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Ibovespa abre em alta nesta segunda-feira, 17 (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta segunda-feira (17) em alta. O principal índice da bolsa brasileira avança 0,02%, aos 128.986,79 pontos, por volta de 10h03 (horário de Brasília).



O dólar à vista recuava ante o real nas primeiras negociações de hoje, ampliando as perdas da semana passada, à medida que os investidores aguardam notícias sobre os planos tarifários dos Estados Unidos e reuniões de bancos centrais ao redor do mundo, enquanto analisam mais dados econômicos.

Por volta das 10h, o dólar recuava a 0,58%, a R$ 5,7055.

Do lado corporativo, serão divulgados os resultados do quarto trimestre de 2024 da Even (EVEN3), Allos (ALOS3) e Grupo SBF (SBFG3).

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Radar do mercado

5 assuntos para saber ao investir no Ibovespa nesta segunda (17)

1 – Projeção para inflação de 2025 desacelera em semana de Copom

As apostas para a inflação de 2025 desaceleraram de 5,68% para 5,66% no Boletim Focus desta segunda. Para 2026, 2027 e 2028, as expectativas para a inflação brasileira são de 4,48%, 4% e 3,78%, respectivamente.

Já as estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano vão de 2,01% para 1,99%. Para 2026, 2027 e 2028, o crescimento esperado para o país é de 1,60%, 2% e 2%, respectivamente.

Do mesmo modo, as projeções para o dólar indicam um câmbio na casa dos R$ 5,98 e R$ 6 em 2025 e 2026. Para 2027 e 2028, as apostas são de R$ 5,90.

Em relação à Selic, os economistas mantiveram as expectativas para 2025 em 15% e para 2026 em 12,50%. Para os dois anos seguinte, as perspectivas para a Selic no Focus são de respectivos 10,50% e 10%.

Veja as principais mudanças. 

2- Prévia do PIB avança acima do esperado

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), registrou avanço de 0,90% em janeiro na comparação com o mês anterior, segundo dados dessazonalizados.

O resultado ficou bem acima da expectativa em pesquisa da Reuters de expansão de 0,22%. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o IBC-Br teve alta de 3,6%, enquanto no acumulado em 12 meses passou a um ganho de 3,8%.

3 – Decisões de juros dos bancos centrais já entram na conta dos mercados

Ao menos cinco grandes bancos centrais terão suas decisões quanto a condução da política monetária anunciadas durante essa semana: Brasil, EUA, Reino Unido, Japão e China. Cada um deles com expectativas distintas.

Por aqui, na quarta-feira (17), o mercado espera por uma alta de um ponto percentual na atual taxa da Selic, chegando a 14,25%. Nos Estados Unidos, é esperado com unanimidade, segundo a ferramenta do CME FedWatch, uma manutenção das taxas norte-americanos no atual patamar de 4,25%-4,50%.

Apesar de já previsível o que pode acontecer na Super Quarta, o que realmente importa para os mercados é o tom dos comunicados, que podem indicar quais serão os próximos passos.

4 – Mais taxas à vista

Donald Trump segue firme e forte na sua estratégia de aumento de tarifas para produtos importados nos Estados Unidos. Na madrugada desta segunda-feira, o presidente norte-americano anunciou que as tarifas recíprocas e setorial automobilística passarão a valer a partir de 2 de abril.

“Eles nos cobram, e nós os cobramos. Então, além disso, em automóveis, em aço, em alumínio, vamos ter alguns adicionais”, disse à jornalistas.

Vale lembrar que o Brasil já foi citado por Trump em outras vezes que ele falou sobre reciprocidade tarifária. No início do ano, ele disse que o Brasil cobra uma tarifa de 18% sobre as exportações de etanol, enquanto a taxa americana é de 2,5%.

Trump ainda afirmou que não tem intenção de criar isenções nas tarifas de aço e alumínio, que foram elevadas para 25% no mês passado.

5- Anabolizantes na economia chinesa

Como vislumbrado pelo mercado, o Conselho de Estado da China anunciou no domingo (16) um “plano de ação especial” para impulsionar o consumo interno, com medidas como o aumento da renda das famílias e a criação de um subsídio para cuidados infantis.

A iniciativa busca reverter a queda na demanda do consumidor, afetada nos últimos anos pela pandemia de Covid-19 e pela crise imobiliária, que reduziram os gastos das famílias e alimentaram pressões deflacionárias.

Segundo Matheus Spiess, analistas da Empiricus Research, a expectativa é que essas ações revertam a tendência deflacionária e incentivem os chineses a gastar mais.

“Os próximos dados econômicos devem mostrar se essas iniciativas começam a surtir efeito. As projeções indicam um janeiro e fevereiro relativamente resilientes, com alta nas vendas do varejo e estabilidade nos investimentos em relação aos números de 2024”, disse o analista.

6- Aprovação do Orçamento de 2025 deve sair esta semana (ou não)

Em Brasília, o governo se prepara para o início das votações sobre o Orçamento de 2025 no Congresso durante esta semana. O texto deveria ter sido analisado e votado no final do ano passado, mas acabou travando após um embate envolvendo a liberação de emendas parlamentares.

Durante o final de semana, foi enviada uma nota pela presidência da Câmara que informava o adiamento da votação para abril, devido a pendências no relatório do senador Coronel, e por conta de uma viagem internacional dos presidentes da Câmara dos Deputados e Senado Federal, Hugo Motta e Alcolumbre. Ambos acompanham o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em visita oficial ao Japão, de 24 a 27 de março.

A informação, porém, foi desmentida mais tarde pelo presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO), Júlio Arcoverde, dizendo que a votação segue nesta semana.

*Com informações de Reuters

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Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
juliana.caveiro@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
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