Mercados

Ibovespa (IBOV) abre positivo nos 134 mil pontos: 5 coisas para saber antes de investir hoje (16)

16 ago 2024, 10:09 - atualizado em 16 ago 2024, 10:09
Ibovespa, 5 Coisas, Investimentos, Dólar, Day Trade, Estados Unidos, EUA
Ibovespa abre em alta, após bater a máxima histórica na quinta-feira. Agora, mercado digere dados do IBC-Br (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta sexta-feira (16) em alta. O principal índice da bolsa brasileira subia 0,29%, a 134.547 pontos, por volta de 10h05.



O bom momento da bolsa brasileira ainda é resultado de um alívio no sentimento do risco global. A visão de que os Estados Unidos estariam a beira de uma recessão diminuiu conforme os dados mostram um movimento de desinflação. Com isso, o início do afrouxamento monetário do Federal Reserve está cada vez mais perto.

Ontem, o Ibovespa (IBOV) ultrapassou a sua máxima histórica de 134.193 pontos, atingida em 27 de dezembro de 2023 durante o dia, chegando a 134.574,50. No entanto, a bolsa brasileira perdeu o fôlego, com alta de 0,63%, aos 134.153,42 pontos. 

O dólar à vista tinha leve queda frente ao real nas primeiras negociações desta sexta, à medida que os mercados globais exibem otimismo na última sessão da semana.

Day Trade:

Radar do Mercado:

5 assuntos para saber antes de investir no Ibovespa nesta sexta (16)

Ninguém quer reduzir o déficit?

Os principais partidos políticos dos Estados Unidos não apresentam um plano viável para reduzir o déficit fiscal.

“As plataformas e os históricos dos candidatos presidenciais indicam pouca preocupação com déficits fiscais ou com os gastos governamentais pró-cíclicos, o que é preocupante em um cenário de altas taxas de juros e custos crescentes do serviço da dívida, que já representam uma parcela significativa do orçamento federal”, Matheus Spiess, da Empiricus Research.

Para o analista, as circunstâncias e o timing são cruciais. Isso porque, o estímulo fiscal, mesmo quando não é altamente produtivo, é justificável durante recessões, quando a demanda agregada precisa de impulso. As taxas de juros estão baixas e os gastos públicos tendem a se pagar por meio do crescimento econômico.

“No entanto, o momento adequado para o governo apertar os cintos é durante os períodos de expansão econômica, o que claramente não aconteceu neste último ciclo que vivemos”, diz.

Em resumo, a trajetória fiscal dos EUA é motivo de preocupação, como venho destacando com frequência.

Spiess aponta que, no curto prazo, não há perspectivas de que alguém possa impedir uma escalada desse problema. Diante disso, é fundamental que se invista com essa realidade em mente, mantendo proteções adequadas na carteira para mitigar os riscos de uma possível instabilidade no mercado, como observamos no ano passado, entre agosto e outubro.

O apetite pelo consumo supera as expectativas nos EUA

Nos EUA, as preocupações sobre a saúde financeira dos consumidores foram temporariamente ofuscadas pelos últimos dados econômicos.

Os números mais recentes revelaram que os americanos mantêm um forte apetite por consumo, com as vendas no varejo registrando um aumento de 1% em julho, superando amplamente a expectativa de consenso, que era de apenas 0,3%. Em comparação ao mesmo período do ano anterior, a alta foi de 2,7%.

Segundo Matheus Spiess, os relatórios pintam um quadro de uma economia que está longe de entrar em recessão. “O modelo GDPNow do Federal Reserve de Atlanta, por exemplo, atualmente projeta uma taxa de crescimento anualizada de 2,4% para o PIB real no terceiro trimestre”, pondera.

Essa percepção inicial gerou incertezas quanto à possibilidade de o Fed cortar as taxas de juros em setembro, quase eliminando as apostas em uma redução de 50 pontos-base — como o analista havia informado anteriormente que considerava improvável.

“Acredito que um corte de 25 pontos-base seja o caminho mais adequado para setembro. Assim, o cenário, no geral, ainda parece bastante positivo”, finaliza.

IGP-10 fica acima do esperado em agosto

O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) acelerou e registrou alta de 0,72% em agosto, após avançar 0,45% no mês anterior, em resultado bem acima do esperado por analistas, mostraram dados divulgados nesta sexta-feira (16) pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

Em 12 meses, o IGP-10 passou a subir 4,26%. A expectativa de analistas em pesquisa da Reuters era de uma desaceleração para uma alta de 0,35% na base mensal.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, teve alta de 0,84% em agosto, após subir 0,49% no mês anterior.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que responde por 30% do índice geral, registrou alta de 0,33% no mês, depois de subir 0,24% em julho.

Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-10) subiu 0,59% em agosto, depois de uma alta de 0,54% em julho.

O IGP-10 calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.

  • Ibovespa bate máxima histórica; rally vai continuar? Fique por dentro das novidades do mercado hoje. Ao vivo às 12h:

Petz (PETZ3) e Cobasi firmam acordo de associação

Petz (PETZ3) comunicou ao mercado, nesta sexta-feira (16), celebração de acordo de associação com a Cobasi, em que foram estabelecidos os termos e as condições para a combinação de seus negócios. O processo de fusão entre as empresas foi anunciado em abril deste ano.

O acordo prevê incorporação de ações da Petz por uma subsidiária detida integralmente pela Cobasi, resultando no que apontam como a criação “do maior e mais integrado ecossistema pet do Brasil”.

Com a operação, a Petz passará a ser uma subsidiária integral da Cobasi e os acionistas da Petz terão 52,6% das ações de emissão da companhia combinada.

Temporada de balanços acabou, mas refletiu no bom desempenho dos mercados

Um dos principais fatores que sustentam a recente alta nos mercados é o desempenho das empresas na última temporada de resultados corporativos, referentes ao segundo trimestre de 2024 (2T24).

“Nos últimos dias, mencionei alguns exemplos de empresas que recomendei anteriormente e nas quais continuo acreditando”, pondera Spiess.

Para o analista, hoje o destaque no setor de construção civil vai para a Direcional (DIRR3). A construtora surpreendeu o mercado com números acima das expectativas.

Conforme previsto na prévia operacional, os lançamentos cresceram 52% em relação ao primeiro trimestre de 2024, alcançando um valor geral de vendas (VGV) de R$ 1,4 bilhão (R$ 1,2 bilhão no percentual da companhia) em 16 empreendimentos.

A Direcional ainda registrou um recorde histórico de vendas líquidas em um trimestre, somando R$ 1,6 bilhão (R$ 1,3 bilhão no percentual da companhia) — o que representa um crescimento de 68% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Com um múltiplo Preço/Lucro de 7 vezes para 2025 e um crescente retorno aos acionistas, as ações da DIRR3 continuam sendo uma escolha sólida para compor carteiras de ações brasileiras.

“Naturalmente, essa inclusão deve ser feita com o devido dimensionamento das posições, ajustado ao perfil de risco do investidor e com a diversificação e proteções adequadas”, finaliza.

* Com informações de Reuters

Compartilhar

TwitterWhatsAppLinkedinFacebookTelegram

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar