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Ibovespa (IBOV) abre positivo, flertando com os 134 mil pontos e máxima histórica: 5 coisas para saber antes de investir hoje (15)

15 ago 2024, 10:11 - atualizado em 15 ago 2024, 10:16
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Ibovespa abre em alta, com mercado digerindo dados semanais de emprego nos Estados Unidos (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta quinta-feira (15) em alta. O principal índice da bolsa brasileira subia 0,23%, a 133.623 pontos, por volta de 10h11.



O bom momento da bolsa brasileira é resultado de um alívio no sentimento do risco global. A visão de que os Estados Unidos estariam a beira de uma recessão diminuiu conforme os dados mostram um movimento de desinflação. Com isso, o início do afrouxamento monetário do Federal Reserve está cada vez mais perto.

O dólar à vista rondava a estabilidade frente ao real nas primeiras negociações desta quinta. Enquanto a agenda nacional estava vazia, investidores demonstravam cautela antes da divulgação de uma nova bateria de dados econômicos dos Estados Unidos pela manhã.

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5 assuntos para saber antes de investir no Ibovespa nesta quinta (15)

Americanas (AMER3) vai descontinuar divulgação do guidance

Americanas (AMER3) informou ao mercado nesta quarta-feira (14) que decidiu descontinuar a divulgação de seu guidance, ou seja, das projeções financeiras da companhia, que enfrenta recuperação judicial.

Segundo o comunicado, a decisão busca permitir que a varejista reavalie a expectativa de desempenho futuro em razão da divulgação, na data de hoje, dos seus resultados do exercício social encerrando em 31 de dezembro 2023 e dos trimestres findos em 31 de março de 2024 e 30 de junho de 2024.

Na véspera, a varejista que protagonizou o maior escândalo da história recente do mercado de capitais brasileiro reportou prejuízo de R$ 2,272 bilhões no ano de 2023.

Trata-se da primeira divulgação de resultados consolidados da varejista referente ao ano passado, sendo que em janeiro de 2023 foi anunciada uma fraude contábil que levou a recuperação judicial.

‘Inflação se aquieta’, mercado seguem tentando se estabilizar

As ações globais voltaram a subir ontem (14), após a divulgação do relatório de inflação — que veio em linha com as expectativas e pouco alterou as projeções de que o Federal Reserve começará a cortar as taxas de juros em setembro.

Para Matheus Spiess, da Empiricus Research, o debate agora gira em torno da magnitude desse corte: se será de 25 ou 50 pontos-base.

O S&P 500 registrou seu quinto dia consecutivo de alta, marcando a maior sequência de ganhos do índice em mais de um mês. Em contrapartida, o VIX, conhecido como o “índice do medo”, recuou.

“Os dados têm reforçado a narrativa de desinflação, trazendo um certo alívio aos mercados, que ainda se recuperam do colapso ocorrido no início da semana passada”, aponta o analista.

Com a inflação praticamente domada, a recessão é um eco distante

As discussões sobre uma possível recessão nos EUA têm sido constantes desde que a taxa de desemprego subiu para 4,3% em julho, conforme indicado no último relatório de empregos.

Para Spiess, embora esse aumento tenha acionado a regra Sahm e provocado uma breve queda nos mercados, a economia dos EUA não dá sinais generalizados de que está à beira de uma recessão.

A própria Claudia Sahm, criadora da regra, apontou que sua métrica pode gerar falsos positivos no contexto pós-pandemia, especialmente em um mês atípico como julho para o mercado de trabalho americano. “Em vez de uma recessão, o que estamos testemunhando é um padrão de normalização econômica”, pondera.

Além disso, os dados que indicam um esfriamento da economia não deveriam ser surpreendentes, e nem deveriam provocar temores de uma reunião de emergência do Fed para cortar as taxas de juros.

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PIB do Reino Unido

A economia do Reino Unido registrou um segundo trimestre de forte crescimento ao se recuperar da recessão superficial do ano passado, mas perdeu força ao entrar no segundo semestre de 2024, indicando que o Banco da Inglaterra continua no caminho certo para cortar novamente as taxas de juros.

O produto interno bruto cresceu 0,6% no segundo trimestre de 2024, após uma expansão de 0,7% no primeiro trimestre, que foi a mais rápida em mais de dois anos, informou o Escritório Nacional de Estatísticas (ONS, na sigla em inglês).

Porém, somente em junho, o crescimento mensal da produção desacelerou de 0,4% em maio para zero, já que as fortes chuvas prejudicaram as vendas no varejo e uma greve de médicos contribuíram para uma queda de 1,5% na atividade de saúde.

Oi (OIBR3) reverte prejuízo e tem lucro líquido de R$ 15 bilhões no 2º trimestre

Oi (OIBR3), em recuperação judicial, apresentou lucro líquido de R$ 15 bilhões no seu balanço do segundo trimestre de 2024, revertendo o prejuízo de R$ 845 milhões no mesmo intervalo de 2023.

Essa reviravolta se deve à aprovação do plano de recuperação judicial da companhia em abril. Esse plano abateu a dívida da operadora em cerca de 70% via descontos, parcelamento e conversão de valores em ações.

Esse movimento gerou um ganho R$ 14,7 bilhões de ordem contábil (sem efeito no caixa) para a empresa. Esse ganho apareceu na linha do resultado financeiro (saldo entre receitas com aplicações financeiras e despesas com empréstimos), que ficou positiva em R$ 15,6 bilhões.

* Com informações de Reuters e Estadão Conteúdo