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Ibovespa (IBOV) volta a operar nos 130 mil pontos e tenta manter o ritmo; 5 coisas para saber ao investir hoje (14)

14 out 2024, 10:12 - atualizado em 14 out 2024, 10:12
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Ibovespa abre em alta nesta segunda-feira, 14 (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta segunda-feira (14) em alta. O principal índice da bolsa brasileira subia 0,06%, a 130.064 pontos, por volta de 10h06.



O dólar à vista tinha leve alta frente ao real nas primeiras negociações desta segunda, em linha com os ganhos no exterior, à medida que investidores digeriam novas notícias sobre o pacote de estímulo da China e se posicionavam para uma semana com uma agenda macroeconômica esvaziada.

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5 assuntos para saber ao investir no Ibovespa nesta segunda (14)

Ásia: sem novidades provenientes na China

Do outro lado do mundo, a coletiva de imprensa do Ministério da Economia da China, aguardada com grande expectativa no fim de semana, trouxe poucas informações concretas — mesmo que tenha indicado um tamanho de pacote potencial.

Matheus Spiess, analista da Empiricus Research, pontua que faltaram propostas claras e objetivas. Isso porque, os investidores internacionais, que há algum tempo esperam por um pacote fiscal robusto, seguem céticos.

“Apenas a flexibilização monetária, como a de setembro, dificilmente será suficiente para estimular a economia de maneira significativa”, aponta.

Dentro desse cenário, o analista pontua que os principais índices asiáticos apresentaram um desempenho misto na segunda, ainda que o sentimento geral tenha permanecido levemente positivo — já que as principais indicações da coletiva ainda foram boas.

Risco de perder a direção?

Por aqui, as preocupações em torno das contas públicas ganham cada vez mais destaque. Hoje, declarações esperadas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, podem trazer algum alívio ao mercado.

Spiess aponta, entretanto, que a paciência dos investidores com promessas vazias está se esgotando. “Sem a implementação de medidas concretas, os ativos de risco continuarão sob intensa pressão”, diz.

Na ausência de uma âncora fiscal sólida, o Brasil parece depender exclusivamente da política monetária, com o BC recorrendo à elevação dos juros para tentar estabilizar a formação de expectativas.

“Na sexta-feira, por exemplo, para piorar a situação, declarações do presidente Lula sobre a compra de novos aviões presidenciais e a promessa de isenção do Imposto de Renda para salários de até R$ 5 mil aumentaram as tensões no mercado financeiro”, aponta. Isso levou a uma alta do dólar e dos juros, além de uma queda do Ibovespa, que recuou abaixo dos 130 mil pontos.

Nesse cenário de crescente estresse sobre a curva de juros futuros, o mercado passou a precificar uma taxa Selic final entre 13,25% e 13,5%, bem acima dos atuais 10,75%.

O analista pondera que esse movimento reflete a percepção de que o governo não está tomando as medidas estruturais necessárias para equilibrar as contas públicas, demonstrando pouco interesse em cortar despesas.

Embora significativo, o crescimento econômico é visto como insustentável devido ao aumento da dívida. O déficit orçamentário nominal do Brasil alcançou 9,8% do PIB nos últimos 12 meses até agosto, elevando a dívida bruta para 78,5% do PIB, em comparação com 71,7% no final de 2022, colocando o país em uma trajetória que deve ultrapassar os 80% do PIB em breve.

“Com esse panorama, a definição da taxa de juros terminal parece mais dependente das decisões do Ministério da Fazenda do que do Banco Central. Mesmo um pequeno sinal de comprometimento com a responsabilidade fiscal já seria suficiente para aliviar parte da pressão atual sobre o mercado”, finaliza.

Vale (VALE3) fará oferta de R$ 6 bilhões em debêntures

Vale aprovou em conselho a emissão de debêntures simples no total de R$ 6 bilhões.

As debêntures serão emitidas em três séries e terão prazos de 10, 12 e 15 anos, segundo o documento da mineradora encaminhado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Sequoia (SEQL3), de logística, pede recuperação extrajudicial

Sequoia Logística e Transportes informou que, em conjunto com a Transportadora Americana, distribuiu pedido de homologação de Plano de Recuperação Extrajudicial no estado de São Paulo.

Segundo a companhia, a medida visa dar início a processo de reestruturação de dívidas não-financeiras, inclusive mediante conversão e reperfilamento de créditos quirografários da ordem de aproximadamente R$ 295 milhões, decorrentes de contratos firmados com fornecedores, prestadores de serviços, locadores de armazéns, entre outros.

Ânima Educação (ANIM3) firma renegociação de dívida com Banco do Brasil

Ânima Educação (ANIM3) concluiu a assinatura de aditivos contratuais que refletem negociação com seu credor Banco do Brasil, que inclui alongamento da dívida e redução das taxas de juros prévias.

Segundo a companhia, o resultado da negociação significa uma redução da taxa de juros dos atuais 2,60% e 2,65% para 1,65%, vencimento da dívida prorrogado para setembro de 2029 (originalmente entre agosto de 2026 e julho de 2027).

Adicionalmente, foi pactuada uma carência correspondente a R$ 348,8 milhões (sendo R$ 49,6 milhões em 2024, R$ 197,6 milhões em 2025 e R$ 101,6 milhões em 2026), com início das amortizações em março de 2027, ainda de acordo com a Ânima.

*Com informações de Reuters