Ibovespa (IBOV) sustenta os 132 mil pontos, após CPI dos EUA: 5 coisas para saber antes de investir hoje (14)
O Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta quarta-feira (14) volátil, apesar de seguir em direção positiva. O principal índice da bolsa brasileira subia 0,43%, a 132,969 pontos, por volta de 10h15.
Nesta manhã, os investidores aguardavam o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos. Apesar de não ser o dado inflacionário preferido do Federal Reserve, ainda assim, ajuda a determinar qual é o caminho da inflação e se os preços estão mais próximos da meta de 2% ao ano.
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O dólar à vista rondava a estabilidade nas primeiras negociações desta quarta.
Day Trade:
- Prio (PRIO3), CPFL Energia (CPLE6) e mais ações para comprar nesta quarta-feira (14)
- Gerdau (GGBR4), Alpargatas (ALPA4) e outras ações para vender hoje (14)
Radar do Mercado:
5 assuntos para saber antes de investir no Ibovespa nesta quarta (14)
CPI: Inflação dos Estados Unidos sobe 0,2% em julho e vai a 2,9% em 12 meses
O índice de preços ao consumidor nos Estados Unidos (CPI, na sigla em inglês) registrou alta em julho. O CPI subiu 0,2% na base mensal, mas desacelerou para 2,9% na anual.
A habitação teve alta de 0,4% em julho, respondendo por quase 90% do aumento mensal. Já o índice de energia permaneceu inalterado, após cair nos dois meses anteriores.
A inflação do mês passado veio em linha com as estimativas do mercado, que esperava uma alta de, justamente, 0,2%. Já a leitura em um ano ficou abaixo do consenso de 3%.
Uma nova fronteira para o Brasil
As restrições energéticas enfrentadas pelas regiões desenvolvidas dos Estados Unidos e da Europa, especialmente no que diz respeito às fontes renováveis, estão criando oportunidades significativas para que diferentes partes do mundo, incluindo o Brasil, possam se posicionar de forma estratégica no crescente mercado global de data centers.
Um relatório recente da CBRE, referência global em soluções imobiliárias comerciais, no qual Matheus Spiess, da Empiricus Research, teve acesso, destaca essa tendência em ascensão.
O mercado de data centers está passando por um período de rápida expansão, impulsionado pelo aumento da demanda por Inteligência Artificial (IA), que exige instalações com capacidades de armazenamento cada vez maiores.
“Nesse contexto, o Brasil surge como uma oportunidade promissora, apesar dos desafios de infraestrutura do nosso país”, diz.
No entanto, o analista aponta que, mesmo nas previsões mais otimistas, é improvável que o mercado global consiga atender plenamente à crescente demanda por energia limpa necessária para sustentar o setor de data centers.
“É aqui que o Brasil ganha uma vantagem competitiva importante: o país já possui uma infraestrutura robusta de energia renovável. Além disso, o Brasil conta com uma infraestrutura de conectividade vital, destacada pela presença de cabos submarinos que conectam cidades como Fortaleza e Praia Grande a mercados globais chave, como os Estados Unidos e a Europa”, pondera.
Para aproveitar ao máximo essa oportunidade emergente, Spiess afirma ser essencial que o Brasil continue investindo em sua capacidade de geração de energia renovável e, sobretudo, na expansão de sua infraestrutura de transmissão.
“Com esses investimentos, o Brasil tem o potencial de não apenas ingressar, mas de se destacar no mercado global de data centers”, finaliza.
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A temporada de balanços ‘está boa’
A atual temporada de resultados financeiros no Brasil tem se destacado de maneira positiva. Para Spiess, da Empiricus, o desempenho recente do banco Itaú é um dos impulsionadores da boa temporada.
Na última semana, a instituição financeira divulgou um lucro líquido de R$ 10,1 bilhões, estabelecendo um novo recorde histórico. Esse valor representa um crescimento anual de 15% e um retorno sobre o patrimônio (ROE) de 22,4%, um avanço de 0,5 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior.
“Esse desempenho notável foi impulsionado pela expansão significativa da carteira de crédito, pela estabilidade na inadimplência e pelo aumento nas receitas de serviços”, aponta.
A carteira de crédito do Itaú cresceu 3% no trimestre e 7% no acumulado anual, atingindo R$ 1,3 trilhão. Esse crescimento foi liderado principalmente pela carteira de grandes empresas, que aumentou 8% sequencialmente.
“O desempenho do Itaú é um reflexo da tendência positiva observada nesta temporada de resultados no Brasil, que, apesar de algumas exceções, aponta para um cenário econômico promissor”, pondera.
Spiess projeta uma continuidade de uma trajetória de crescimento robusto nos próximos trimestres para o Itaú (ITUB4), que deve manter um dos maiores ROEs do setor financeiro. Com um múltiplo Preço/Patrimônio Líquido de 1,7 vezes, o banco se apresenta como uma opção de investimento atraente e lógica dentro de um portfólio diversificado de 10 a 15 empresas brasileiras.
“A calibração adequada das posições de investimento, alinhada ao perfil de risco do investidor e acompanhada de diversificação e proteções necessárias, é essencial para otimizar retornos e mitigar possíveis riscos”, finaliza.
Cemig (CMIG4) pagará R$ 1,4 bilhão em dividendos adicionais
A Cemig (CMIG4) aprovou o pagamento de R$ 1,4 bilhão em dividendos adicionais, mostra documento enviado na noite da última terça-feira (13).
Segundo o documento, o valor por ação será de R$ 0,49, sendo que a partir de 26 de agosto a ação passará a negociar ‘ex-dividendos’.
O pagamento ocorrerá em 30 de agosto.
BTG Pactual (BPAC11) lucra R$ 2,9 bilhões no 2T24, alta de 15%, e bate rentabilidade de outros bancões
O BTG Pactual (BPAC11) teve mais um trimestre de crescimento e encerrou a etapa de 2024 com lucro líquido ajustado de R$ 2,9 bilhões, alta de 15% em relação ao mesmo período do ano passado, mostra documento enviado ao mercado nesta quarta-feira (14).
A cifra ficou acima do esperado da XP Investimentos, por exemplo, que aguardava lucro de R$ 2,8 bilhões.
Já o ROE, que mede o retorno sobre o patrimonio líquido, fechou o trimestre a 22,5%, um pequeno recuo em relação ao ano passado, que havia sido de 22,7%, mas ainda acima do Itaú (ITUB4), que encerrou o período com rentabilidade de 22,4%, Santander (SANB11), de 15,5%, enquanto o Bradesco (BBDC4) continua na lanterninha, com 10,5%.
“Em meio a um ambiente global desafiador, o BTG Pactual reporta mais um trimestre de desempenho excepcional, com crescimento de receitas e resultados recordes, demonstrando a eficiência e robustez do nosso modelo de negócios”, destacou.