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Ibovespa (IBOV) abre sem rumo, digerindo ata do Copom e Petrobras: 5 coisas para saber antes de investir hoje (14)

14 maio 2024, 10:15 - atualizado em 14 maio 2024, 10:49
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Ibovespa abre sem direção definida, de olho na ata do Copom e repercussão do balanço e dividendos da Petrobras (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta terça-feira (14) em leve alta. No entanto, logo virou para queda e recuava 0,05%, a 128.090 pontos, por volta das 10h10.

Na véspera, o índice subiu impulsionado pelo movimento positivo do minério de ferro, com ajuda do desempenho da Vale (VALE3).

Hoje, o mercado digere a ata do Copom, divulgada nesta manhã, além do balanço da Petrobras (PETR4), que frustrou as expectativas.



O dólar caía nos primeiros negócios desta terça depois que a ata da última reunião de política monetária do Banco Central mostrou que todos os membros da diretoria defenderam a adoção de uma política monetária mais contracionista e mais cautelosa, apesar da decisão dividida sobre o ritmo de corte da Selic.

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5 assuntos que podem mexer com o Ibovespa nesta terça (14)

Petrobras (PETR4): Lucro encolhe 38% no 1T24 e frustra expectativas

Petrobras (PETR4) encerrou o primeiro trimestre com lucro líquido de R$ 23,7 bilhões, queda de 38% em relação ao mesmo período de 2023, mostra documento enviado ao mercado nesta segunda-feira (13).

O número ficou abaixo da expectativa reunida pela Bloomberg, que esperava cifra de R$ 32 bilhões.

Ante o quarto trimestre, a queda foi de 23,7%.

A Petrobras se justifica dizendo que o período foi marcado por uma conjunção de fatores, entre eles menores volumes de produção e queda do preço do petróleo. Ademais, houve uma série de paradas para manutenção das plataformas. Não bastasse isso, a empresa também viu o dólar desabar.

O analista Mateus Haag, da Guide Investimentos, vê o impacto dos números como negativo, tendo em vista que, como relatado no relatório de produção, a produção havia caído.

“Isso consequentemente impactou negativamente o lifitng cost. Uma surpresa positiva foi a queda de custos de refino por barril no segmento de RTC que apresentou redução mesmo com menor volume de refino no período”, avalia.

Ele destaca que o resultado veio abaixo do esperado e, por consequência, os dividendos também vieram menores.

Ata do Copom reforça postura cautelosa e compromisso de combate à inflação

Banco Central divulgou agora de manhã a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Na semana passada, a autoridade monetária foi contra o guindance do encontro anterior e reduziu a Selic em 0,25 ponto percentual.

Este foi o primeiro corte desta magnitude na taxa básica de juros desde que o Banco Central deu início ao seu afrouxamento monetário. Antes disso, foram seis cortes de 0,50 pp. Com isso, a Selic passou de 10,75% para 10,50% ao ano — trata-se do menor patamar de juros desde março de 2022.

No documento publicado, o BC reforça que o ambiente externo está mais adverso, com dúvidas sobre o início da flexibilização da política monetária nos Estados Unidos e velocidade da desinflação.

Além disso, o Copom destaca que os dados de atividade econômica brasileira surpreenderam, assim como o mercado de trabalho — que pressionam a inflação. Também está no radar do BC o risco fiscal que aumentou nas últimas semanas.

Para Matheus Spiess, analista da Empiricus Research, o mercado deve passar o dia debatendo a ata.

Ele pontua ainda que, no documento, os membros indicados pelo governo, que terão mais tempo no Comitê ao longo dos próximos anos, votaram por um corte de 0,50 ponto percentual para sinalizar que estão comprometidos com as metas estabelecidas.

“Credibilidade importa, como sabemos. Afinal, apesar da diferença na amplitude, houve unanimidade em concordar que atingir a meta é o objetivo principal. Portanto, não faz sentido ser leniente e prometer cumprir a meta ao mesmo tempo. Pelo documento apresentado nesta manhã, o comitê se mantém técnico”, pondera.

  • Onde investir com a Selic a 10,50%? Especialistas da Safira Investimentos revelam suas melhores recomendações de investimento para o momento no Giro do Mercado desta quinta-feira (9); assista aqui:

Powell volta para o radar dos investidores em dia de ata do Copom

Fazia tempo que Jerome Powell não aparecia para animar (ou seria acabar?) com o dia dos investidores. Nesta quarta-feira (14), o presidente do Federal Reserve participa de um evento do De Nederlandsche Bank – o banco central dos Países Baixos.

Na ocasião, ele deve voltar a falar sobre o cenário econômico norte-americano e reforçar a mensagem de que a autoridade monetária manterá os juros altos até que se tenha confiança de que os indicadores estão melhorando. O Fed avalia que o processo de desinflação segue lento, enquanto o mercado de trabalho e a economia se mantêm aquecidos.

Por falar em inflação, hoje também serão divulgados os dados do Índice de Preços ao Produtor (PPI) nos Estados Unidos, sendo que amanhã sai o Índice de Preços ao Consumidor (CPI). Não são os indicadores inflacionários preferidos do Fed, mas ajudam os investidores a alinharem as suas projeções.

IRB(Re) (IRBR3) fecha 1T24 com lucro líquido de R$ 79,1 milhões

IRB(Re) (IRBR3) encerrou o primeiro trimestre (1T24) com lucro líquido de R$ 79,1 milhões, segundo as Informações Trimestrais (ITR) protocoladas na CVM nesta segunda-feira (13). O resultado ficou em linha com o consenso de mercado da Bloomberg, que apontava para um ganho de R$ 80 milhões.

As receitas das atividades de resseguro somaram R$ 1,42 bilhão, com baixa de 12% sobre o R$ 1,63 bilhão registrados 12 meses atrás. Já as despesas com as atividades totalizaram R$ 1,176 bilhão, em linha com os R$ 1,7 bilhão da comparação.

Com isso, o resultado bruto ficou em R$ 251,91 milhões, contra as perdas de R$ 72,7 milhões do primeiro trimestre de 2023. As despesas administrativas ficaram em R$ 7,36 milhões negativos. Já o resultado financeiro foi positivo em R$ 133,76 milhões. No 1T23, essa rubrica deixou um saldo positivo de R$ 40,9 milhões.

JPMorgan vende ações da Casas Bahia (BHIA3) em meio à disparada do papel

JPMorgan informou que reduziu a participação acionária na Casas Bahia (BHIA3) para 3,9%, mostra documento enviado ao mercado nesta segunda-feira (13).

Com isso, o banco passou a deter 3 milhões de papéis da companhia.

Além disso, o banco informou que, entre operações de compra e de venda de ações, o JPMorgan não atingiu uma participação em ações ordinárias de emissão da companhia superior a 5% das ações da mesma espécie, conforme informado em comunicado de 17/04/2024.