Ibovespa (IBOV) abre em alta com pausa nas tarifas para eletrônicos; 5 coisas para saber ao investir hoje (14)

O Ibovespa (IBOV) abre o pregão desta segunda-feira (14) em alta. O principal índice da bolsa brasileira avançava 0,02%, aos 127.710,31 pontos, por volta de 10h04 (horário de Brasília).
O dólar à vista recuava ante o real nas primeiras negociações de hoje, em linha com as quedas no exterior, à medida que os investidores continuam atentos a novas notícias sobre a política comercial dos Estados Unidos, que tem sido o maior fator de volatilidade nos mercados nas últimas semanas.
Por volta das 10h (horário de Brasília), o dólar à vista caía 0,30%, a R$ 5,8470.
- E MAIS: Quais são as melhores ações para investir agora? O Money Times liberou as carteiras recomendadas de gigantes como o Safra, BTG, Empiricus e Itaú gratuitamente
5 assuntos para saber ao investir no Ibovespa nesta segunda (14)
1 – Uma pausa… ou não
Os mercados começam a semana em alta, após o governo dos Estados Unidos anunciar a suspensão das tarifas para smartphones, PCs, servidores e outros produtos de tecnologia — atendendo ao apelo das companhias do setor, que dependem 100% de componentes produzidos na Ásia.
A guerra comercial escalou de uma forma tão rápida que, em uma semana, as tarifas contra a China subiram para 145%, o que assustou os empresários das big techs. Com o anúncio da última sexta-feira (11), as empresas precisam enfrentar somente a taxa de 20%, determinada no início do ano.
No entanto, Donald Trump e o governo norte-americano tentam reforçar que a medida é temporária. Trump inclusive falou, no domingo (13), que a cadeia de eletrônicos não foi liberada do “tarifaço”, apenas que o governo está analisando sua mudança para uma nova categoria de taxação.
“Ninguém está sendo ‘liberado’ dos desequilíbrios comerciais injustos e das barreiras tarifárias não monetárias que outros países têm usado contra nós, especialmente a China, que, de longe, nos trata pior! Não houve ‘exceção’ tarifária anunciada na sexta-feira. Esses produtos estão sujeitos às tarifas de 20% sobre o fentanil existentes e estão apenas mudando para um ‘balde’ tarifário diferente”, escreveu Trump nas redes sociais.
2 – Tarifa especial para eletrônicos
O secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, disse que smartphones, computadores e alguns outros eletrônicos, que forma isentados de tarifas pesadas sobre as importações da China, terão novas separadas, juntamente com semicondutores, nos próximos dois meses.
Lutnick afirmou que Trump aplicará “uma tarifa com foco especial” sobre smartphones, computadores e outros produtos eletrônicos em um ou dois meses, juntamente com tarifas setoriais direcionadas a semicondutores e produtos farmacêuticos.
O secretário afirmou que essas novas tarifas não se enquadrariam nas chamadas tarifas recíprocas de Trump, sob as quais as taxas sobre importações chinesas subiram para 125%.
“Ele está dizendo que eles estão isentos das tarifas recíprocas, mas estão incluídos nas tarifas de semicondutores, que provavelmente entrarão em vigor em um ou dois meses”, disse Lutnick na entrevista à ABC, prevendo que as taxas levariam a produção desses produtos para os Estados Unidos.
“São coisas que são de segurança nacional, que precisamos que sejam fabricadas na América.”
Com seus comentários, Lutnick pareceu ir além do que foi comunicado no sábado, quando um funcionário da Casa Branca disse à mídia que Trump iniciaria em breve uma nova investigação comercial de segurança nacional sobre semicondutores, o que poderia levar a outras novas tarifas.
- VEJA MAIS: Confira tudo o que está movimentando o agronegócio brasileiro com a cobertura especial do Agro Times; cadastre-se aqui
3- Projeções para a Inflação de 2025 são mantidas
A aposta para a inflação de 2025 é mantida em 5,65% pela terceira vez consecutiva, no Boletim Focus desta semana.
Para 2026 e 2027, as projeções também foram mantidas, em 4,50% e 4,00%, respectivamente. Já para 2028, os economistas elevaram de 3,78% para 3,79%.
As estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano subiram de 1,97% para 1,98% neste Focus. Para 2026, 2027 e 2028, o crescimento esperado para o país é de respectivos 1,61%, 2% e 2%.
Do mesmo modo, as projeções para o dólar indicam um câmbio na casa dos R$ 5,90 e R$ 5,97 em 2025 e 2026, respectivamente. Para 2027 e 2028, as apostas são de R$ 5,89 e R$ 5,84.
Em relação à Selic, os economistas mantiveram as expectativas para 2025 em 15% e para 2026 em 12,50%. Para os dois anos seguinte, as perspectivas para a taxa básica de juros são de 10,50% e 10%.
4- Opep corta previsão de demanda global de petróleo para 2025, citando tarifas dos EUA
A Opep cortou sua previsão de crescimento da demanda global de petróleo para 2025, citando o impacto de dados recebidos para o primeiro trimestre e as tarifas comerciais anunciadas pelos EUA, e também reduziu as projeções de crescimento econômico global para este e o próximo ano.
Em um relatório mensal, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo disse que a demanda mundial de petróleo aumentará em 1,30 milhão de barris por dia (bpd) em 2025, uma queda de 150.000 bpd em relação à previsão do mês passado.
A Opep também reduziu suas estimativas para o crescimento econômico mundial neste ano e no próximo.
“A economia global mostrou uma tendência de crescimento constante no início do ano, mas a dinâmica recente do comércio introduziu maior incerteza para a perspectiva de crescimento econômico global de curto prazo”, disse a Opep no relatório.
O cenário da Opep para a demanda de petróleo ainda está na faixa mais alta das previsões do setor, com expectativa de que o uso de petróleo continue aumentando por anos, ao contrário da Agência Internacional de Energia, que vê o pico da demanda nesta década, à medida que o mundo muda para combustíveis mais limpos.
- Trump alivia para big techs, mas guerra comercial ainda não acabou; veja no que os investidores brasileiros devem ficar de olho nos próximos dias, no Giro do Mercado de hoje:
5 – Iguatemi (IGTI11) negocia venda fatia de shoppings e empreendimentos
A Iguatemi (IGTI11) assinou um memorando de entendimentos vinculante para vender uma fração de 49% dos empreendimentos Shopping Market Place, Edifício Market Place Towers e o Galleria Shopping
A companhia informou também que 24% do futuro empreendimento residencial multifamily a ser construído no Complexo Market Place, e 16,7% da participação no futuro empreendimento comercial a ser construído no Complexo Galleria, também fazem parte da negociação.
O valor total da transação será de R$ 500 milhões, o que corresponde a um cap rate — rentabilidade de um investimento imobiliário — médio de 9% baseado no resultado operacional previsto para o ano de 2025.
*Com informações de Reuters