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Ibovespa (IBOV) abre positivo (e mira nos 132 mil pontos): 5 coisas para saber antes de investir hoje (13)

13 ago 2024, 10:11 - atualizado em 13 ago 2024, 10:11
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Ibovespa abre positivo, com mercado no aguardo de dados de inflação nos Estados Unidos (Imagem: Leung Cho Pan/Canva)

O Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta terça-feira (13) em alta. O principal índice da bolsa brasileira subia 0,37%, a 131,601 pontos, por volta de 10h06.



Os investidores aguardam dados de inflação ao produtor nos Estados Unidos e comentários de membros do Banco Central ao longo da sessão.

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O dólar à vista tinha leve queda frente ao real nas primeiras negociações desta terça, em linha com a fraqueza da moeda norte-americana em alguns mercados emergentes.

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5 assuntos para saber antes de investir no Ibovespa nesta terça (13)

Recuperação global: há margem para ser mantida?

Entre os investidores globais, há uma vontade implícita de manter a recuperação observada após a última segunda-feira (12).

No entanto, Matheus Spiess, da Empiricus Research, aponta que a ansiedade é palpável antes da divulgação dos principais dados de inflação nos EUA nesta semana. Esses nos quais serão cruciais para moldar as expectativas em relação ao Federal Reserve.

“Além disso, o nervosismo é exacerbado pelos recentes desenvolvimentos geopolíticos, como o aumento do preço do petróleo, que voltou a superar os US$ 80, impulsionado pela possibilidade de um ataque iraniano contra Israel”, pondera.

Apesar do clima de incerteza, o analista pondera que, todos os principais índices asiáticos fecharam em alta nesta terça, “embora de forma modesta em alguns casos”.

O destaque foi Tóquio, que subiu mais de 3% após o retorno do feriado de segunda. “O otimismo se deve à expectativa de que o Fed corte sua taxa de juros em setembro”.

“Já os mercados europeus começaram o dia com um tom mais cauteloso, digerindo os dados do mercado de trabalho do Reino Unido e as pesquisas de sentimento empresarial na Zona do Euro, especialmente o índice ZEW da Alemanha”, finaliza.

Musk X Trump: o que rolou na entrevista de ontem?

Na noite de ontem (12), o ex-presidente e candidato à presidência dos Estados Unidos (EUA) nas atuais eleições, Donald Trump, concedeu uma entrevista ao bilionário Elon Musk, dono da Tesla e do X, antigo Twitter.

Com a corrida eleitoral americana se tornando cada vez mais incerta, os investidores estão direcionando maior atenção à política.

Nos últimos dias, após a saída de Joe Biden da disputa presidencial, Kamala Harris conseguiu revitalizar a campanha democrata, diminuindo o favoritismo de Trump. Durante o evento, Trump adotou um tom mais favorável aos veículos elétricos, influenciado pela presença de Musk.

Recentemente, as opiniões de Trump sobre o Federal Reserve ganharam destaque no mercado. Contrariando declarações feitas anteriormente em entrevista à Bloomberg, divulgada após o atentado contra sua vida, o ex-presidente reiterou sua visão de que o governo deveria ter influência sobre a política monetária. “Essa visão é equivocada”, afirma Spiess.

Nos mercados desenvolvidos, a prática comum é a independência das autoridades monetárias, algo que o Brasil aprendeu bem, após sofrer com interferências no Banco Central.

“Para nós, brasileiros, é importante refletir sobre como uma possível reeleição de Trump poderia afetar as relações entre os EUA e o Brasil. O presidente Lula, que já criticou Trump, mantém uma retórica ambígua e, em alguns casos, ligeiramente antiamericana, reforçada por suas relações diplomáticas com países como Irã, China, Rússia, Cuba e outros”, pondera Spiess.

No entanto, o analista acredita que, apesar da falta de afinidade entre os dois líderes, o impacto nas políticas bilaterais seria mínimo.

“Tome como exemplo a Argentina: mesmo sem diálogo entre os líderes, as relações comerciais permaneceram inalteradas. Com Trump, isso tende a ser ainda mais verdade; afinal, ele parece menos preocupado com retórica, valores ou alianças, desde que o que ele considera um “preço justo” seja pago no relacionamento bilateral. Para Trump, tudo se resume a um contrato”, finaliza.

Queda do petróleo; nova rodada de tensões

Os preços do petróleo recuam nesta manhã, interrompendo uma sequência de cinco dias consecutivos de alta, em meio a sinais de enfraquecimento da demanda global.

“Essa queda na demanda, apesar das crescentes tensões no Oriente Médio, levou a OPEP+ a revisar para baixo suas previsões para este ano e o próximo, pressionando temporariamente os preços para baixo”, pondera Spiess.

Contudo, essa correção ocorre mesmo diante da possibilidade de uma escalada militar, com o Irã ainda distante de um cessar-fogo com o Hamas. “Além disso, as tensões na fronteira entre Israel e o Líbano se agravam, intensificadas pelo lançamento de múltiplos drones explosivos pelo Hezbollah no norte de Israel”, informa.

Segundo o analista, em outra frente geopolítica, Rússia e Ucrânia se esforçam para manter o fluxo de gás natural através do principal gasoduto que abastece a Europa — apesar dos combates próximos a um importante ponto de trânsito na fronteira.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, confirmou uma ofensiva significativa na região de Kursk, na Rússia, marcando a incursão mais profunda em território russo desde o início da invasão em fevereiro de 2022. As forças ucranianas avançaram mais de 16 quilômetros dentro da Rússia, resultando na evacuação de mais de 76 mil pessoas das áreas afetadas.

Com isso, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia emitiu um alerta sobre uma “resposta dura” à incursão. “Esses acontecimentos adicionam incerteza e volatilidade ao mercado de petróleo, mantendo os preços instáveis”, finaliza Spiess.

Lucro da Porto (PPSA3) atinge R$ 584 milhões no 2T24, recuo de 13,6% no ano

Porto (PSSA3) reportou lucro líquido de R$ 584 milhões no segundo trimestre de 2024 (2T24), mostra balanço divulgado nesta terça-feira (13). O montante representa uma queda de 13,6% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Segundo a companhia, houve um impacto de R$ 87,2 milhões relacionados às enchentes no Rio Grande do Sul e de 19,4 milhões referentes ao efeito da rolagem de títulos de renda fixa.

O número veio em linha com o consenso de mercado apurado pela Bloomberg, que apontava um lucro líquido de R$ 521 milhões.

Petrobras (PETR4) avalia decisão do TCU sobre Unigel e estuda novas medidas

Petrobras (PETR3PETR4) afirmou que avalia a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), que apontou possíveis irregularidades no contrato com a Unigel, e medidas para evitar futuros questionamentos semelhantes. O posicionamento da estatal veio após a solicitação de esclarecimento da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Segundo a companhia, as condições de eficácia do contrato não foram atendidas dentro do prazo estabelecido e, portanto, a vigência foi encerrada antes de surtir efeitos.

A Petrobras disse, ainda, que atuou de maneira “proativa, informando ao TCU todas as bases do contrato, assim como seguiu esclarecendo tempestivamente todas as informações solicitadas pelo Tribunal em relação ao contrato, dentro dos prazos solicitados”.

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Estagiária
Estudante de jornalismo na Universidade São Judas Tadeu, tem habilidades em edição de imagens e vídeos além da paixão pelo meio de comunicações. Estuda inglês e está em busca da fluência.
vitoria.pitanga@moneytimes.com.br
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