Ibovespa

Ibovespa (IBOV) opera sem direção, mas recupera os 120 mil pontos: 5 coisas para saber antes de investir hoje (13)

13 jun 2024, 10:15 - atualizado em 13 jun 2024, 10:22
Ibovespa, 5 Coisas, Investimentos, Dólar, PPI, EUA. Federal Reserve
Ibovespa abriu pregão sem rumo firmado, tentando recuperar a casa dos 120 mil pontos (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta quinta-feira (13) sem rumo, ainda instável após a quarta-feira (12) caótica. O principal índice da bolsa brasileira subia 0,04%, a 119,977 pontos, por volta de 10h08.

Na quarta, em pleno ‘Dia dos Namorados’, a bolsa de valores gerou caos no mercado, para deixar todo mundo esperto. Refletindo a decisão do Federal Reserve em não cortar a taxa de juros, o índice fechou em baixa de 1,40%, a 119.936,02 pontos, indo na contramão de Wall Street.

Para hoje, o mercado espera que o Ibovespa tenta se recuperar do balde de água fria e volte para a casa dos 120 mil pontos.

O dólar à vista rondava a estabilidade frente ao real nas primeiras negociações, mantendo-se acima de R$ 5,40 reais. Isso porque as preocupações do mercado com o cenário fiscal brasileiro, geraram fortes ganhos na véspera, e mais do que compensou um maior apetite por risco no exterior.

Day Trade:

Radar do Mercado:

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

5 assuntos para saber antes de investir no Ibovespa nesta quinta (13)

PPI nos EUA deixam mercado misto

O Índice de Preços ao Produtor (PPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos (EUA), caiu inesperadamente em maio, em 0,2%.

Para os analistas, isso indica que a inflação estava diminuindo após saltar no primeiro trimestre, e resultou em custos mais baixos de energia.

Segundo Matheus Spiess, da Empiricus Research, “embora este dado tenha uma função mais complementar, ele pode reforçar o sentimento de que a inflação está finalmente convergindo para um nível mais saudável, próximo da meta informal do Fed”.

Câmara aprova ‘taxação da blusinha’

Câmara dos Deputados concluiu a análise do projeto de lei que cria o programa Mobilidade Verde e Inovação (Programa Mover), mantendo a cobrança de imposto sobre compras internacionais de até US$ 50 dólares — que ficou conhecida como “taxação das blusinhas”.

Na avaliação da analista Larissa Quaresma, da Empiricus Research, a tendência é que as varejistas chinesas percam um pouco de competitividade, na margem, beneficiando as varejistas nacionais.

Ela pondera que isso não é suficiente para reverter o cenário competitivo, de entrada dos produtos chineses no mercado brasileiro.

Ruídos de Brasília e perda de confiança no arcabouço fiscal

A Medida Provisória que restringe a compensação de créditos de PIS/Cofins foi editada pelo Ministério da Fazenda, ontem (12), para cobrir o rombo gerado pela desoneração da folha salarial, que irá gerar uma perda de arrecadação de R$ 29 bilhões.

No caso, o presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), devolveu a MP ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva na terça-feira (11), argumentando que a MP não cumpriu o princípio da noventena, que estabelece que alterações de regras tributárias só podem entrar em vigor 90 dias após serem editadas.

“O que se observa em parte dessa MP é que há uma inovação, com alterações de regras tributárias que geram enorme impacto ao setor produtivo, sem cumprimento da noventena”, disse ele.

Americanas (AMER3) anuncia a entrada de 3 executivos em meio ao processo de recuperação judicial

Americanas (AMER3) comunicou nesta quinta-feira (13) a contratação de três novos executivos, mirando melhorias operacionais, na gestão de pessoas e resultados, tendo em vista o processo de recuperação judicial que a companhia enfrenta.

A partir do dia 17 de junho, o economista Tiago Abate assume o cargo de vice-presidente de clientes e parceiros da companhia, com o objetivo de organizar e potencializar o uso de dados na ampliação dos negócios e reformular o programa de fidelidade da Americanas.

Conforme o comunicado, Abate, que já passou por empresas como Citibank, UnibancoSantander e Casas Bahia, ficará responsável por todas as iniciativas de ofertas de produtos e serviços complementares (financeiros e outros) para clientes e parceiros.

Dólar atingindo a máxima de R$ 5,40

Dólar atingiu o patamar mais alto nesta semana, ultrapassando os R$ 5,4085 na manhã de quarta-feira (12), com ganho de mais de 1,3%.

A moeda encerrou o dia cotado a R$ 5,4036 reais na venda, em alta de 0,82%. Este é o maior valor de fechamento desde 4 de janeiro de 2023, quando encerrou em R$ 5,4513 reais.

De acordo com Marcelo Boragini, sócio e especialista em renda variável na Davos Investimentos, aqui no Brasil, tivemos um revés inicial. Para ele, “o mercado está exagerando nas oscilações” de ontem, além de a declaração não ter sido tão negativa quanto o mercado tem precificado.