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Ibovespa (IBOV) abre em queda com fiscal e guerra comercial no radar; 5 coisas para saber ao investir hoje (13)

13 mar 2025, 10:14 - atualizado em 13 mar 2025, 10:14
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Ibovespa abre em queda nesta quinta-feira, 13 (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta quinta-feira (13) em queda. O principal índice da bolsa brasileira recua 0,12%, aos 123.719,74 pontos, por volta de 10h07 (horário de Brasília).



O dólar à vista tinha leve alta ante o real nas primeiras negociações de hoje, na esteira dos ganhos no exterior, à medida que os investidores continuam se posicionando diante das preocupações de uma guerra comercial ampla enquanto aguardam dados de emprego e inflação dos Estados Unidos.

Por volta das 10h, o dólar avançava 0,39%, a R$ 5,8205.

A temporada de balanços traz hoje os resultados do quarto trimestre da PRIO (PRIO3), Smart Fit (SMFT3), EZTec (EZTC3), Plano & Plano (PLPL3), Unipar (UNIP6), Grupo Natura (NTCO3), Magazine Luiza (MGLU3), LWSA (LWSA3) e Eletrobras (ELET3).

Day Trade:

Radar do mercado

5 assuntos para saber ao investir no Ibovespa nesta quinta (13)

1 – Fiscal volta ao radar dos investidores brasileiros

Ontem (12), o Ministério do Planejamento enviou ao Congresso um ofício que prevê um corte de R$ 7,7 bilhões no Bolsa Família no Orçamento de 2025. O corte corresponde a um pente-fino feito pelo governo e abrirá espaço para outros planos como o acréscimo de R$ 3 bilhões do Auxílio-Gás.

O Orçamento deveria ter sido votado no final do ano passado, mas ficou para semana que vem após um embate envolvendo a liberação de emendas parlamentares travar a análise do texto.

Em entrevista à GloboNews, a ministra Simone Tebet adiantou que o programa Pé-de-meia também estará dentro do Orçamento deste ano, que cumprirá o arcabouço fiscal.

Tebet também disse que no final do ano que vem haverá uma “janela de oportunidade” fazer um ajuste fiscal estrutural nas contas públicas. Caso contrário, o próximo presidente não conseguirá governar o país com o atual arcabouço fiscal.

2 – Guerra comercial segue como o principal temor

A União Europeia e o Canadá retaliaram as tarifas de Donald Trump sobre aço e alumínio com novas taxações sobre produtos americanos. A UE começará a taxar US$ 28 bilhões em bens dos EUA em abril, afetando setores como uísque e motocicletas, com um segundo pacote previsto para atingir produtos agrícolas.

Já o Canadá impôs tarifas de 25% sobre aço e aumentou impostos sobre ferramentas, eletrônicos e esportivos, totalizando US$ 20,8 bilhões.

Trump, por sua vez, já ameaça taxar carros europeus em 2 de abril, intensificando a guerra comercial.

Na avaliação de Matheus Spiess, analista da Empiricus Research, o problema central desta questão seria o impacto dessa estratégia de Trump na economia americana. Segundo ele, se essa política se mostrar inflacionária e recessiva, o Federal Reserve será forçado a equilibrar o risco de estagflação e a necessidade de cortes de juros.

3 – Tenda (TEND3) reverte prejuízo no 4T24 com lucro de R$ 21,3 milhões e anuncia dividendos

A construtora Tenda (TEND3) registrou lucro líquido consolidado de R$ 21,3 milhões no quarto trimestre do ano passado, revertendo prejuízo de R$ 19,6 milhões apurado no mesmo período de 2023, e anunciou dividendos aos acionistas.

A receita líquida do grupo, que inclui a marca homônima e a divisão de casas pré-fabricadas Alea, somou R$ 850,6 milhões nos três meses encerrados em dezembro, 12,7% acima de um ano antes.

Separadamente, a empresa anunciou o pagamento de R$ 21 milhões em dividendos aos acionistas, sendo cerca de R$ 15 milhões a título do dividendo mínimo obrigatório e R$ 6 milhões na forma de dividendos intercalares.

4 – Casas Bahia (BHIA3) registra prejuízo de R$ 452 milhões no 4T24, pior do que o esperado

Casas Bahia (BHIA3) reportou um prejuízo líquido de R$ 452 milhões no quarto trimestre de 2024. A cifra representa uma melhora de 54,8% em relação ao prejuízo de R$ 1 bilhão apurado no mesmo período de 2023.

O resultado foi pior do que o consenso reunido pela Bloomberg, que indicava uma estimativa de prejuízo líquido de R$ 278 milhões no trimestre.

Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado, que mensura o potencial de geração de caixa operacional, chegou a R$ 640 milhões no 4T24, uma melhora de 300% em relação ao mesmo trimestre de 2023.

5 – CSN (CSNA3) reverte lucro e tem prejuízo de R$ 85 milhões no 4T24; veja o balanço

CSN (CSNA3) teve prejuízo líquido de R$ 85 milhões no quarto trimestre de 2024 (4T24). O número representa uma reversão do lucro de R$ 851 milhões apurado no mesmo período de 2023, mas uma melhora de 88,7% em relação ao trimestre anterior, após um forte resultado operacional.

Em 2024, a companhia registrou um prejuízo líquido de R$ 1,5 bilhão, o que contrasta com o lucro líquido de R$ 402,6 milhões em 2023 e reflete a piora no preço das commodities verificada ao longo de 2024, além do aumento das despesas financeiras.

A CSN teve lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de R$ 3,3 bilhões — 8% abaixo do desempenho de um ano antes — e margem ajustada de 26,8%. No ano, o Ebitda ajustado atingiu R$ 10,2 bilhões (-14,1%), com margem de 22,4%.

Já a receita líquida ficou em R$ 12 bilhões no 4T24 — alta anual de 0,2%. Em 2024, a receita totalizou R$ 43,7 bilhões, o que corresponde a uma redução anual de 3,9%, reflexo da redução do preço médio do minério verificado ao longo do ano.

*Com informações de Reuters

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Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
juliana.caveiro@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
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