Ibovespa (IBOV) perde os 129 mil pontos, ainda digerindo Selic a 12,25%; 5 coisas para saber ao investir hoje (12)
O Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta quinta-feira (12) em queda. O principal índice da bolsa brasileira desacelerava 0,39%, a 129.085,19 pontos, por volta de 10h05.
O dólar à vista registrava queda nas primeiras negociações desta quarta. Às 9h03, o dólar à vista caia 0,95%, a R$ 5,8991 na venda.
Lá foram, saem os dados do Índice de Preços ao Produtor (PPI) de novembro nos Estados Unidos. Os números vêm depois da notícia de alta da inflação dos consumidores.
O índice de preços ao consumidor (CPI) subiu 0,3% no mês passado, a maior alta desde abril, depois de avançar 0,2% por quatro meses consecutivos. Nos 12 meses até novembro, o índice subiu 2,7%, de 2,6% em outubro.
Apesar da alta, o Federal Reserve deve manter o seu afrouxamento monetário, mas com o aviso de Jerome Powell de que o banco central americano pode ser criterioso com a trajetória futura dos cortes na taxa de juros.
Day Trade:
- Caixa Seguridade (CXSE3), Banco do Brasil (BBAS3) e mais 2 ações para comprar nesta quinta-feira (12)
- Azzas 2154 (AZZA3), Suzano (SUZB3) e outras ações para vender hoje (12) e buscar retornos de até 3,15%
Radar do Mercado:
5 assuntos para saber ao investir no Ibovespa nesta quinta (12)
1 – Com Selic em 12,25%, Brasil volta a ter 2º maior juro real do mundo
Na quarta-feira (11), o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a Selic em 1 ponto percentual. Com isso, a taxa básica de juros deixa o patamar de 11,25% e vai para 12,25% ao ano — contrariando as projeções do início de 2024, que giravam em torno de 9%.
O reajuste na taxa fez o Brasil voltar a ter a segunda maior taxa de juros reais do mundo. Um levantamento realizado pelo MoneYou aponta que, agora, os juros reais do país ficaram em 9,23%. A liderança segue com a Turquia, que possui 13,33% de juros reais.
“O cenário para a alta de juros foi catalisado pela questão fiscal, baixa qualidade do pacote de cortes de gastos e da comunicação do governo, forte desvalorização cambial e elevação das pressões inflacionárias, especialmente com alta de alimentos deterioração das expectativas e da qualidade dos núcleos inflacionários”, destaca Jason Vieira, economista do Money You.
2 – ‘Vem corte de juros aí’
Na Europa, o Banco Central Europeu (BCE) deve anunciar hoje uma redução de 25 pontos-base em sua principal taxa de juros de curto prazo, levando-a para 3%.
Matheus Spiess, analista da Empiricus Research, destaca que esse será o quarto corte realizado pela autoridade monetária neste ano, em um movimento que reflete a necessidade de flexibilização em resposta ao frágil cenário econômico do bloco.
“Vale lembrar que os juros começaram o ano em 4%, o nível mais alto já registrado na história do euro, tornando este ciclo particularmente marcante. A trajetória projetada pelo BCE sugere que o ciclo de cortes continuará até 2025, com a taxa atingindo 2%, considerando reduções programadas em todas as reuniões até pelo menos março”, diz.
3 – Ambev (ABEV3) anuncia pagamento de R$ 10,5 bilhões em dividendos e juros sobre o capital próprio
O conselho de administração da Ambev (ABEV3) aprovou o pagamento de dividendos e juros sobre o capital (JCP) aos acionistas, no montante total de R$ 10,5 bilhões, com base nos saldos disponíveis no balanço extraordinário de 30 de novembro deste ano.
De acordo com o documento, a distribuição do JCP será de R$ 0,2448 por ação. Vale lembrar que há retenção de imposto de renda na fonte — exceto para acionistas comprovadamente isentos –, resultando em uma distribuição líquida de R$ 0,2081 por ação.
4 – Alupar (ALUP11) anuncia programa de recompra de units
O conselho de administração da Alupar (ALUP11) aprovou programa de recompra de até 3.720.536 units (ativos compostos por mais de uma classe de valores mobiliários), que representam uma ação ordinária e duas preferenciais da companhia.
O total aprovado corresponde, até o dia 11 de dezembro de 2024, a 1,17% da totalidade do capital social da companhia. Até esta data, estão em circulação 151.478.409 ações ordinárias e 303.363.221 ações preferenciais, sem valores mobiliários mantidos em tesouraria.
Segundo o comunicado, a companhia vê no programa uma oportunidade de alocação de capital, com o objetivo de permanência em tesouraria, posterior cancelamento ou ainda, eventual recolocação das units no mercado.
5 – IRB(Re) (IRBR3) anuncia mudança no alto escalão da companhia
O conselho de administração do IRB(Re) (IRBR3) elegeu um novo diretor vice-presidente financeiro para a companhia. Frederico Knapp ocupará o cargo até 03 de julho de 2025, sendo que a posse ocorre em 20 de dezembro de 2024.
Com a posse de Frederico, o atual Marcos Pessôa de Queiroz Falcão, que atualmente ocupa o cargo, permanecerá na posição de diretor presidente e diretor de relações com investidores da companhia.
*Com informações de Reuters