Mercados

Ibovespa (IBOV) abre – mais uma vez – nos 134 mil pontos: 5 coisas para saber ao investir hoje (12)

12 set 2024, 10:12 - atualizado em 12 set 2024, 10:12
Ibovespa, 5 Coisas, Investimentos, Dólar, Day Trade, Estados Unidos, EUA, BCE, Taxa de Juros
Ibovespa abre sem direção única nesta quinta-feira, 12 (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) abre o pregão desta quinta-feira (12) meio ‘dorminhoco’ e sem direção única. O principal índice da bolsa brasileira desacelerava 0,19%, a 134.421 pontos, por volta de 10h05.



Hoje, a Europa deu largada à maratona de decisões de juros em setembro. O Banco Central Europeu (BCE) retomou o afrouxamento monetário e cortou suas taxas de juros.

O dólar à vista rondava a estabilidade frente ao real nas primeiras negociações desta quinta, em linha com a baixa volatilidade nos mercados globais.

Day Trade:

Radar do Mercado:

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

5 assuntos para saber antes de investir no Ibovespa nesta quinta (12)

BCE retoma afrouxamento monetário e corta taxas de juros

O Banco Central Europeu (BCE) retomou o afrouxamento monetário e cortou suas taxas de juros nesta quinta-feira (12). Em junho, a autoridade monetária realizou o primeiro corte das taxas desde 2019, mas, na reunião seguinte, recuou e manteve os juros inalterados.

“Tendo em conta a avaliação atualizada realizada pelo Conselho do BCE quanto às perspectivas de inflação, à dinâmica da inflação subjacente e à força da transmissão da política monetária, é agora apropriado dar mais um passo no sentido de moderar o grau de restritividade da política monetária”, dizem.

Com corte de 0,25 ponto percentual (p.p.), a taxa de depósitos — juro de referência do BCE — foi a 3,50%. Já a taxa de refinanciamento e a de empréstimos foram reduzidas em 0,60 p.p. e ficaram em 3,65% e 3,90%, respectivamente. Antes, os patamares eram de 3,75%, 4,25% e 4,5%.

O ajuste nos juros vai ao encontro das projeções do mercado, que já anteviam esse movimento.

EUA: ’25 pontos e não se fala mais nisso’

Nos Estados Unidos, os principais índices de ações encerraram o dia em suas máximas, após uma sessão intensa de negociações marcada pela divulgação dos mais recentes dados de preços ao consumidor.

Para Matheus Spiess, analista da Empiricus Research, o mercado foi impulsionado principalmente pelas ações de tecnologia, que voltaram a disparar em meio a uma onda de otimismo em torno da inteligência artificial (IA).

Quanto aos dados de inflação, o núcleo — que exclui itens mais voláteis — apresentou uma alta ligeiramente acima do esperado, registrando 0,3% na comparação mensal, frente aos 0,2% projetados.

“Esses números indicam que o Federal Reserve deverá realizar cortes nos juros ao longo do ano, embora reduções de 25 pontos-base pareçam suficientes para acompanhar a inflação”, pondera.

A atenção do mercado se volta para o índice de preços ao produtor, com uma expectativa de alta de 0,2%, o que deve elevar a inflação anual medida por esse indicador de 2,4% para 2,5%.

“Esses dados serão cruciais para moldar as expectativas sobre os próximos passos da política monetária”, finaliza.

China: está acontecendo mesmo uma deflação?

O mercado foi surpreendido nesta manhã, com uma reportagem da Bloomberg, na qual revelou os planos da China para reduzir as taxas de juros sobre hipotecas, em um mercado que movimenta mais de US$ 5 trilhões no país.

Segundo Spiess, essa medida pretende revitalizar o setor imobiliário — que vem enfrentando dificuldades nos últimos anos devido à saturação.

“Como era de se esperar, a notícia trouxe um novo fôlego ao mercado de commodities. No entanto, apesar do otimismo inicial, ainda é cedo para avaliar o real impacto dessas ações”, pondera.

Para o analista, ainda restam dúvidas sobre a profundidade dessas intervenções. Isso porque, ao participar de um evento sobre a China recentemente, no qual continha autoridades locais, foram mencionados “apenas pontos positivos, sem qualquer menção às dificuldades econômicas”.

No entanto, afirma ser um reflexo comum de eventos muito institucionais, a tendência de projetar uma visão mais otimista do que a realidade.

“De forma mais precisa, a China está, de fato, enfrentando um cenário de deflação”, finaliza.

Petrobras (PETR4) mais perto de colocar em funcionamento maior unidade de processamento de gás do Brasil

Petrobras (PETR4) obteve autorização da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para operação industrial da unidade de processamento de gás natural (UPGN) no Rio de Janeiro.

Trata-se da maior planta de unidade de processamento de gás natural do Brasil, que vai viabilizar o escoamento de até 18 milhões de m³/dia e o processamento de até 21 milhões de m³/dia de gás, ampliando a oferta de gás natural para o mercado nacional e reduzindo a dependência de importações.

A unidade receberá gás do pré-sal da Bacia de Santos, transportado por meio do gasoduto Rota 3, que também iniciará operação.

Vale (VALE3) avisa: Acordo de Mariana está avançado e já tem possível data

As negociações para acordo envolvendo as multas da tragédia de Mariana estão avançadas, apesar de sem um acordo definitivo, informa a Vale (VALE3) em documento enviado ao mercado.

Segundo o comunicado, a companhia espera chegar a um acordo final no processo de mediação em outubro de 2024, o qual será devidamente divulgado ao mercado.

O esclarecimento ocorre dias depois da Reuters informar que a mineradora poderá fechar em breve um acordo com autoridades brasileiras para o pagamento de cerca de R$ 100 bilhões.

*Com informações de Reuters