Mercados

Ibovespa (IBOV) perde os 130 mil pontos no último pregão da semana; 5 coisas para saber ao investir hoje (11)

11 out 2024, 10:12 - atualizado em 11 out 2024, 10:23
Ibovespa, 5 Coisas, Investimentos, Dólar, Day Trade, Estados Unidos, EUA, Serviços, Eneva, ENEV3
Ibovespa abre em queda nesta sexta-feira, 11 (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta sexta-feira (11) em queda. O principal índice da bolsa brasileira desacelerava 0,23%, a 130.057 pontos, por volta de 10h08.



O dólar à vista recuava frente ao real nas primeiras negociações desta sexta, em linha com as quedas em mercados emergentes, à medida que os investidores continuavam avaliando dados recentes dos Estados Unidos e aguardavam novos detalhes sobre o pacote de estímulo da China.

Day Trade:

Radar do Mercado:

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

5 assuntos para saber ao investir no Ibovespa nesta sexta (11)

‘Crise de credibilidade’

Aqui no Brasil, a agenda econômica de hoje traz os dados do setor de serviços referentes a agosto, que devem mostrar uma desaceleração, com crescimento de apenas 0,1%, após uma expansão de 1,2% registrada em julho.

Matheus Spiess, analista da Empiricus Research, pontua que esses números seguem a divulgação dos resultados do varejo, que apresentaram uma queda de 0,3% em agosto na comparação mensal, superando as expectativas do mercado, que previa uma retração de 0,6%.

“Com esse desempenho, o carryover estatístico para o comércio varejista aponta para estabilidade no terceiro trimestre de 2024, tanto nas vendas do varejo restrito quanto no varejo ampliado”, diz.

No entanto, o analista pondera que esses resultados não devem alterar o curso do ciclo de aperto monetário em andamento.

“Se os dados vierem mais fortes do que o previsto, como aconteceu ontem, isso pode servir como mais uma justificativa para a elevação da Selic. Nesse cenário, mesmo com uma leve recuperação do Ibovespa ontem, a correção no mercado, somada ao aumento dos juros e à valorização do dólar, reflete o que pode ser descrito como uma crise de credibilidade econômica no país”, explica.

Spiess ressalta que sem uma âncora fiscal sólida, o Brasil tem se apoiado exclusivamente na âncora monetária para tentar manter a estabilidade.

“No entanto, confiar apenas nisso não é uma solução sustentável a longo prazo. O caminho para contornar a situação atual exige, no mínimo, um compromisso claro com a responsabilidade fiscal por parte do governo”, finaliza.

Ações Chinesas encerram a semana gerando ‘dor de cabeça’

As ações chinesas encerraram a semana de forma turbulenta, após dias já marcados por alta volatilidade, com os investidores expressando decepção em relação ao pacote de estímulos divulgado pelo governo.

Spiess aponta que, agora, todas as atenções estão voltadas para a coletiva de imprensa marcada para este sábado (12), onde se espera que o ministro das finanças da China anuncie novas medidas de suporte para revitalizar uma economia que vem perdendo fôlego.

Analistas e investidores aguardam que Pequim apresente um pacote de estímulos fiscais que pode chegar a US$ 283 bilhões, como parte dos esforços para acelerar o crescimento econômico e restaurar a confiança no mercado.

  • Bancões gringos abrem temporada de balanços; saiba o que mais mexe com seus investimentos no Giro do Mercado: 

Eneva (ENEV3) levanta R$ 3,2 bilhões em follow-on

A Eneva (ENEV3) aprovou a emissão de mais de 228 milhões de novas ações em um processo de follow-on (oferta subsequente de ações). Segundo a empresa, a operação alcançou um montante de R$ 3,2 bilhões.

A Eneva destaca que o preço da emissão ficou em R$ 14,00 por ação, sendo que a oferta de ações foi destinada exclusivamente a investidores profissionais.

Santander (SANB11) pagará R$ 1,5 bilhão em dividendos e JCP

O Santander (SANB11) aprovou o pagamento de R$ 1,5 bilhão em proventos, sendo R$ 1,3 milhão em juros sobre capital próprio e R$ 200 milhões em dividendos intercalares.

Em JCP, o valor chega a R$ 0,16610129610 por ação ordinária, R$ 0,18271142572 por ação preferencial e R$ 0,34881272182 por unit.

Já os dividendos chegam a R$ 0,02555404556 por ação ordinária, R$ 0,02810945011 por ação preferencial e R$ 0,05366349566 por Unit.

Camil (CAML3) vê lucro subir 153%, para R$ 119 milhões no 2T24, com recorde para receita

Camil (CAML3) viu o lucro crescer 153,4% na comparação com o 2T23, para R$ 119 milhões. A receita líquida ficou em R$ 3,262 bilhões, valor recorde e um avanço de 12% no mesmo comparativo.

Já o Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) cresceu 35,4% na mesma comparação, para R$ 288 milhões.

*Com informações de Reuters