Mercados

Ibovespa (IBOV) opera sem direção clara com temor no exterior; 5 coisas para saber ao investir hoje (11)

11 mar 2025, 10:13 - atualizado em 11 mar 2025, 10:13
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Ibovespa abre em queda nesta terça-feira, 11 (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta terça-feira (11) sem uma direção clara. O principal índice da bolsa brasileira operava em alta de 0,09%, aos 124.625,49 pontos, por volta de 10h04 (horário de Brasília).



O dólar à vista tinha leve baixa ante o real nas primeiras negociações desta manhã, em linha com as perdas da moeda norte-americana no exterior, um dia depois que temores com a possibilidade de uma recessão nos Estados Unidos provocaram perdas enormes para divisas de países emergentes.

Por volta das 10h, o dólar caia 0,30%, a R$ 5,8380.

Do lado corporativo, a temporada de balanços traz os resultados do quarto trimestre da Azzas 2154 (AZZA3), Cury (CURY3) e Vulcabras (VULC3).

Day Trade:

5 assuntos para saber ao investir no Ibovespa nesta terça (11)

1 – Trump ainda é temor nos mercados

Ontem, o dia foi difícil para os investidores, que viram as bolsas de Nova York caírem mais de 2% — Nasdaq perdeu 4% — com o sentimento de “risk off” dos investidores, após o presidente Donald Trump dizer que não descarta uma recessão na economia dos Estados Unidos.

As falas de Trump e as incertezas em relação ao seu tarifaço ampliaram o temor de uma estagflação, quando a economia está fraca, o desemprego está alto e, ao mesmo tempo, a inflação continua subindo.

Na agenda de hoje, o único indicador internacional esperado é o relatório de emprego Jolts de janeiro. Ou seja, o presidente americano segue como assunto principal dos investidores, que podem buscar uma recuperação após as quedas de ontem.

2 – “Trade eleitoral” segue no radar dos investidores

Os ativos de risco no Brasil acompanharam a correção internacional ontem, mas hoje o foco se volta para a produção industrial de janeiro – que frustrou as expectativas e ficou estagnada em janeiro. Segundo Matheus Spiees, analista da Empiricus Research, o dado fraco reforça a chance de o Banco Central reduzir o ritmo do aperto monetário.

No entanto, o principal tema no mercado nacional na visão dele é a antecipação do trade eleitoral, impulsionado pela queda da popularidade de Lula.

“Esse mesmo diagnóstico parece ter sido um dos fatores que levaram o J.P. Morgan a elevar sua recomendação para Brasil de neutro para compra – algo que, convenhamos, só confirma o que já venho dizendo: 2025 é apenas uma ponte para 2026”, destaca o analista.

Em Brasília, a posse de Gleisi Hoffmann na Secretaria de Relações Institucionais gerou ceticismo, enquanto a Fazenda se prepara para enviar ao Congresso a MP do novo crédito consignado. Além disso, cresce a preocupação com o impacto fiscal da possível isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil.

3 – Produção industrial no Brasil frustra expectativas e fica estagnada em janeiro

A produção da indústria no Brasil frustrou as expectativas e ficou estagnada em janeiro, iniciando um ano em que a expectativa é de que o setor sofra desaceleração em meio a condições mais restritivas.

A variação nula de janeiro na comparação com dezembro interrompeu três meses de taxas negativas, mas ficou bem aquém da expectativa em pesquisa da Reuters de um aumento de 0,5% nessa base de comparação.

Os dados divulgados nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram ainda que, em relação ao mesmo período do ano anterior, houve alta de 1,4% na produção, contra expectativa de 2,3%.

Em 2024, a indústria apresentou crescimento de 3,3%, de acordo com os números do Produto Interno Bruto divulgados neste mês pelo IBGE. Segundo analistas, a perspectiva agora é de que o setor sofra uma desaceleração gradual ao longo deste ano.

4 – Direcional (DIRR3) tem receita recorde no 4T24, mas vê “desafios” em 2025

Direcional Engenharia (DIRR3) apurou no quarto trimestre receita líquida recorde de R$ 924 milhões, 46% superior a um ano antes, mas levemente abaixo da média projetada pelo mercado, enquanto citou em balanço “desafios” previstos para 2025.

Analistas esperavam receita de R$ 948,6 milhões para a construtora, segundo média das estimativas compiladas pela LSEG.

O lucro líquido do período, no entanto, veio acima do esperado, em R$ 181 milhões, alta de 82% ano a ano e contra expectativa média do mercado de R$ 164,7 milhões.

“A despeito de todos os desafios que certamente virão no ano que entra, não pouparemos suor e dedicação para fazer de 2025 mais um ano histórico para a Direcional”, afirmou a companhia em relatório de resultados.

5 – Rede D’Or (RDOR3) tem lucro 31,6% maior no 4T24

O grupo de saúde Rede D’Or (RDOR3) teve lucro líquido de R$ 879,5 milhões no quarto trimestre de 2024, crescimento de 31,6% na comparação com o mesmo período em 2023.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) consolidado do grupo Rede D’Or no período foi de R$ 2 bilhões, avanço de 34,4% ano a ano.

Em termos ajustados, o lucro líquido subiu 29,3% em base anual, a R$ 932 milhões, enquanto o Ebitda expandiu 30,6%, a R$ 2,3 bilhões, mostrou relatório de resultados da companhia divulgado na noite de segunda-feira (10).

A receita líquida do grupo cresceu 9,4% nos três meses encerrados em dezembro frente à mesma etapa de 2023, a R$ 13 bilhões.

*Com informações de Reuters

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Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
juliana.caveiro@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
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