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Ibovespa (IBOV) abre nos 134 mil pontos, digerindo deflação no IPCA: 5 coisas para saber ao investir hoje (10)

10 set 2024, 10:15 - atualizado em 10 set 2024, 10:15
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Ibovespa abre em queda nesta terça-feira, 10 (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) abre o pregão desta terça-feira (10) em queda. O principal índice da bolsa brasileira desacelerava 0,22%, a 134.434 pontos, por volta de 10h04.



Lá fora, em dia de agenda de indicadores fraca, o destaque é o debate entre os candidatos à presidência dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump e Kamala Harris, que acontece às 22h (horário de Brasília).

O dólar à vista tinha queda leve frente ao real nas primeiras negociações desta terça, ampliando as perdas da véspera, à medida que os investidores analisavam novos dados do IPCA de agosto e aguardavam números de inflação dos Estados Unidos ao longo da semana.

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Radar do Mercado:

5 assuntos para saber antes de investir no Ibovespa nesta terça (10)

IPCA cai 0,02% em agosto e registra 1ª deflação desde 2023

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do Brasil, caiu 0,02% em agosto — apontando para uma desaceleração em relação à alta de 0,38% apurada em julho. Trata-se da primeira deflação registrada desde junho de 2023.

expectativa do mercado, segundo projeções do Broadcast, era de um avanço de 0,02%.

O resultado foi puxado pela queda nos grupos de habitação (-0,51%), após redução nos preços da energia elétrica residencial (-2,77%), e de alimentação e bebidas (-0,44%), com a segunda baixa consecutiva da alimentação no domicílio (-0,73%).

EUA: ‘o grande debate’

A vice-presidente Kamala Harris e o ex-presidente Donald Trump se preparam para o aguardado debate desta noite. É válido lembrar, que esse será o segundo debate presidencial deste ciclo eleitoral, e o primeiro — e possivelmente único — confronto direto entre esses dois candidatos, já que o desempenho de Joe Biden no debate anterior fez com que muitos apoiassem sua substituição como candidato democrata.

Matheus Spiess, estrategista da Empiricus Research, aponta que com as pesquisas apontando um empate técnico, ambos buscarão se destacar.

“Esse debate tem o potencial de adicionar uma nova camada de volatilidade, em um momento em que a incerteza sobre o mercado de trabalho, taxas de juros e questões geopolíticas já vem pressionando os investidores. Com apenas oito semanas até o dia da eleição, o embate entre Harris e Trump pode ser decisivo para determinar o vencedor”, afirma.

Até agora, a entrada de Kamala Harris revitalizou a campanha democrata, superando as expectativas iniciais. Spiess pondera que, “não só evitou a possibilidade de uma ‘onda republicana’, como também a posicionou como a favorita nas intenções de voto popular em nível nacional”.

No entanto, o voto popular tem um impacto limitado nas eleições americanas devido ao sistema do Colégio Eleitoral.

“A verdadeira disputa acontece em seis estados-chave: Arizona, Geórgia, Michigan, Nevada, Pensilvânia e Wisconsin. A Carolina do Norte também pode ser considerada, embora eu acredite que ela não será um ‘swing-state’ decisivo, com Trump provavelmente levando o estado”, diz.

O resultado da eleição será decidido por um grupo relativamente pequeno de eleitores, espalhados por cerca de 45 condados cruciais nesses estados, representando menos de 500 mil eleitores. Segundo Spiess, isso ilustra a complexidade do sistema eleitoral americano, garantindo que a corrida permaneça incerta até os momentos finais.

“Nesse cenário, parece provável que o Congresso permaneça dividido, independentemente de quem vença a Casa Branca, com os republicanos ganhando o controle do Senado e os democratas reconquistando a Câmara. Essa divisão legislativa deve impedir que medidas mais radicais sejam aprovadas nos próximos anos”, finaliza.

EUA: recessão ou recuperação?

Ontem (9), aconteceu um movimento comprador entre os ativos globais, marcando uma recuperação, após a onda de preocupações econômicas da semana passada.

Agora, os investidores aguardam com expectativa os dados de inflação desta semana, buscando sinais que indiquem a magnitude dos cortes de juros pelo Federal Reserve.

Para Matheus Spiess, se não houver uma recessão, os ativos de risco têm boas chances de encerrar o ano em alta, apesar da volatilidade típica de setembro — que historicamente afeta tanto os mercados dos EUA quanto os do Brasil.

“Meu cenário base continua sendo de que uma recessão no curto prazo é improvável, o que faz das correções recentes, como as de agosto e da semana passada, boas oportunidades de entrada”, pondera.

O resultado da eleição americana será um fator determinante para os mercados, e o caminho até lá deve ser observado de perto, segundo o analista.

Azul (AZUL4) estima receita de cerca de R$ 20 bilhões em 2024, alta de 7%

Azul (AZUL4) divulgou uma projeção de cerca de R$ 20 bilhões para as receitas da companhia neste ano, o que representaria uma alta de 7% sobre o ano anterior.

A empresa manteve projeção anterior de um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de mais de R$ 6 bilhões neste ano.

A companhia aérea manteve ainda a estimativa de um crescimento de 7% na oferta de assentos medida pelo indicador ASK frente ao ano anterior. Também foi mantida a projeção de alavancagem neste ano em cerca de 4,2 vezes.

Gerdau (GGBR3) e Petrobras (PETR4) assinam memorando para projetos de descarbonização do aço

Gerdau (GGBR3) e a Petrobras (PETR4) assinaram memorando de entendimento de caráter não vinculante, com prazo de dois anos, para projetos de descarbonização no setor metalúrgico.

Segundo o comunicado, o objetivo é avaliar oportunidades comerciais e potenciais em:

  • descarbonização;
  • hidrogênio e seus produtos;
  • captura, transporte e armazenamento de carbono (CCUS);
  • além de projetos de pesquisa e desenvolvimento relativos à integridade de materiais em ambiente marítimo e de produção de aço via “redução direta” a gás natural.

*Com informações de Reuters

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Estagiária
Estudante de jornalismo na Universidade São Judas Tadeu, tem habilidades em edição de imagens e vídeos além da paixão pelo meio de comunicações. Estuda inglês e está em busca da fluência.
vitoria.pitanga@moneytimes.com.br
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