Ibovespa (IBOV) cai aos 124 mil pontos com Focus e exterior no radar; 5 coisas para saber ao investir hoje (10)

O Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta segunda-feira (10) em queda. O principal índice da bolsa brasileira caia 0,12%, aos 124.879,42 pontos, por volta de 10h06 (horário de Brasília).
O dólar à vista rondava a estabilidade frente ao real nas primeiras negociações de hoja, em linha com as cotações no exterior, à medida que os investidores aguardam mais notícias sobre os planos tarifários dos Estados Unidos e uma série de dados de inflação ao longo da semana.
Por volta das 10h, o dólar subia 0,40% a R$5,8105.
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A temporada de balanços está de volta com Direcional (DIRR3), Pague Menos (PGMN3) e Track Field (TFCO4) divulgando seus resultados do quarto trimestre de 2024 após o fechamento do mercado.
Vale lembrar que com o início do horário de verão nos Estados Unidos, a B3 volta a operar uma hora a menos a partir desta segunda-feira (10).
No mercado à vista, a abertura segue às 10h (horário de Brasília) e os negócios serão encerrados às 17h. Com o novo horário, o after market (período de negociação após o fechamento do pregão) para o mercado de ações será entre 17h30 e 18h.
Day Trade:
- BRF (BRFS3), Ambev (ABEV3) e mais 1 ação para comprar
- IRB (IRBR3) e outras ações para vender e buscar retornos de até 3,01%
Radar do Mercado:
5 assuntos para saber ao investir no Ibovespa nesta segunda (10)
1 – Projeção para a inflação de 2025 volta a subir
As apostas para a inflação de 2025 foram elevadas de 5,65% para 5,68% no Boletim Focus. Para 2026, 2027 e 2028, as expectativas para a inflação brasileira são de 4,40%, 4,00% e 3,75%, respectivamente.
Já as estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano permaneceram em 2,01%. Para 2026, 2027 e 2028, o crescimento esperado para o país é de 1,70%, 2,00% e 2,00%, respectivamente.
As projeções para o dólar indicam um câmbio na casa dos R$ 5,99 e R$ 6 em 2025 e 2026. Para 2027 e 2028, as apostas são de R$ 5,90.
Em relação à Selic, os economistas mantiveram as expectativas para 2025 em 15% e para 2026 em 12,50%. Para os dois anos seguinte, as perspectivas para a Selic no Focus são de respectivos 10,50% e 10%.
2 – Trump não descarta recessão nos EUA
Os mercados internacionais já começaram a semana de mau humor, com as bolsas asiáticas, europeias e futuros de Wall Street no negativo, após Donald Trump não descartar uma recessão na economia dos Estados Unidos.
Em uma entrevista ao canal Fox News no domingo (9), o presidente norte-americano disse que o país está passando por um período de transição. “Estamos trazendo riqueza de volta para a América. Isso é algo grande, e sempre há períodos, leva um pouco de tempo”, disse, ao ser questionado sobre o risco de recessão após o Federal Reserve de Atlanta alertar sobre uma possível contração econômica no primeiro trimestre.
Trump também não descarta uma inflação mais alta, puxada pelo seu plano de tarifas sobre produtos importados. E por falar em tarifas, os EUA está entrando em uma guerra comercial com um dos seus maiores parceiros e aliados: o Canadá.
O republicano ameaçou impor novas tarifas sobre madeira e laticínios canadenses que podem chegar a 250%, alegando que o país vizinho vem “roubando” os EUA há anos.
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3 – Taxação sobre o aço e alumínio
O governo brasileiro tenta até o último momento reverter a taxação sobre aço e alumínio imposta pelos EUA, prevista para entrar em vigor na quarta-feira (12). O chanceler Mauro Vieira e o vice-presidente Geraldo Alckmin buscam negociações, destacando a forte relação comercial entre os países.
O argumento dado por Alckmin ao secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, é de que os EUA têm superávit comercial com o Brasil e que 70% das exportações norte-americanas para o Brasil têm tarifa zero.
Matheus Spiess, analistas da Empiricus Reserach, destaca que a estratégia é replicar o acordo de 2018, que garantiu uma cota de exportação sem tarifas. “Trump não é exatamente um entusiasta de concessões. Com sua abordagem transacional e imprevisível, as chances de sucesso da diplomacia brasileira são incertas. Resta aguardar os próximos capítulos dessa novela tarifária”, disse o analista.
4 – Pressão aumenta tanto no atacado quanto no varejo e alta do IGP-DI dispara a 1% em fevereiro
O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) teve alta de 1% em fevereiro, depois de avanço de 0,11% no mês anterior, com forte aumento da pressão dos preços tanto no atacado quando no varejo, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV).
O resultado ficou um pouco abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 1,15% e levou o índice a subir em 12 meses 8,78%.
No período, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI), que responde por 60% do indicador geral, teve alta de 1,03%, de variação positiva de 0,03% no mês anterior. Os preços dos ovos dispararam 33,86% em fevereiro, depois de uma queda de 2,05% no mês anterior, enquanto o milho em grão passou a subir 4,80%, de recuo de 1,66%.
Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) — que responde por 30% do IGP-DI — mostrou que a pressão aos consumidores aumentou ao acelerar a alta a 1,18% em fevereiro, de 0,02% em janeiro.
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5 – Carrefour Brasil (CRFB3) convoca assembleia para discutir deslistagem da varejista
O Carrefour Brasil (CRFB3) convocou uma assembleia geral extraordinária (AGE) para o dia 7 de abril, com o intuito de deliberar sobre o encerramento da listagem no Novo Mercado.
O Carrefour França, controlador da varejista de alimentos, anunciou no mês passado o lançamento de uma oferta para fechar o capital da subsidiária brasileira. O plano é transformar a companhia em uma subsidiária integral, tendo assim 100% do capital da brasileira. Hoje, a holding possui uma participação próxima de 70% da varejista, segundo dados da B3.
A operação prevê o fechamento do capital do Carrefour Brasil, que ficaria apto a emitir somente títulos de dívida, como debêntures, por exemplo. Analistas estimam que a saída do Carrefour do Novo Mercado ocorra já no segundo trimestre deste ano.
Os acionistas minoritários representam 25% de participação no Carrefour Brasil e o grupo francês precisa do aval da maioria simples dessa parcela.
*Com informações de Reuters