Mercados

Ibovespa (IBOV) inicia a semana nos 134 mil pontos, digerindo Focus: 5 coisas para saber ao investir hoje (9)

09 set 2024, 10:09 - atualizado em 09 set 2024, 10:33
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Ibovespa abre sem direção única nesta segunda-feira, 09 (Imagem: Money Times)

O Ibovespa (IBOV) abre o pregão desta segunda-feira (9) sem uma direção definida. O principal índice da bolsa brasileira subia 0,02%, a 134.560 pontos, por volta de 10h05.



Por aqui, o único indicador do dia foi o Relatório Focus, abrindo o foco do mercado para o âmbito internacional. Nos Estados Unidos, o Índice de Tendência de Emprego e os dados de Expectativas de Inflação ao Consumidor, referentes ao mês de agosto, movimentam o dia antes da publicação do índice de Crédito ao Consumidor.

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O dólar à vista subia frente ao real nas primeiras negociações desta segunda, em linha com a força da divisa norte-americana no exterior, com os investidores na esperança de dados cruciais de inflação nos EUA a fim de avaliar o tamanho do afrouxamento monetário do Federal Reserve neste mês.

Day Trade:

Radar do Mercado:

5 assuntos para saber antes de investir no Ibovespa nesta segunda (9)

Focus: Economistas veem novo ciclo de alta na Selic em 2024

Os economistas consultados pelo Banco Central elevaram as apostas para a Selic ao final de 2024 e 2025 para, respectivamente, 11,25% e 10,25%, segundo o Boletim Focus desta segunda-feira (9).

As projeções para 2026 e 2027 se mantiveram estáveis e são esperados juros nos patamares de 9,50% e 9%.

Já os palpites para a inflação deste ano subiram pela oitava semana seguida, de 4,26% para 4,30%. Para 2025, 2026 e 2027, as expectativas para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) seguem em respectivos 3,92%, 3,60% e 3,50%.

‘Fraco, mas não tao fraco’

Nos Estados Unidos o relatório de emprego divulgado na última sexta-feira (6) indicou essencialmente um cenário de “pouso suave” para a economia.

Matheus Spiess, estrategista da Empiricus Research, aponta que houve sinais de desaceleração nas contratações, mas sem aumentos significativos nas demissões, o que é consistente com um cenário “Goldilocks”, bastante favorável para as ações.

O Departamento do Trabalho relatou a criação de 142 mil empregos em agosto, um número abaixo das expectativas dos economistas, elevando a média trimestral de criação de empregos ao nível mais baixo desde meados de 2020.

“De um lado, há sinais claros de desaceleração no mercado de trabalho, o que praticamente garante um corte de juros pelo Fed. Por outro lado, os dados não foram fracos o suficiente para justificar um corte mais agressivo de 50 pontos-base na próxima reunião, o que, na minha visão, é positivo”, pondera o analista.

Atualmente, cerca de 75% do mercado precifica um corte de 25 pontos-base, “o que parece ideal”.

“Olhando pelo lado otimista, o mercado de trabalho mais equilibrado abre espaço para cortes de juros, o que tende a beneficiar os ativos de risco. Ao mesmo tempo, a ausência de uma fraqueza acentuada nos dados afasta o risco de uma recessão iminente, algo que tem preocupado os investidores”, afirma.

Além disso, Spiess aponta que, um corte muito grande neste momento poderia ser interpretado como um sinal de desespero. “Uma abordagem gradual parece mais adequada nesse momento de transição, sendo mais favorável para os ativos de risco globais”, finaliza.

‘O desafio da credibilidade’

Na última semana, o Brasil apresentou um déficit no Governo Central maior do que o previsto, reacendendo preocupações sobre a capacidade do governo de alcançar as metas fiscais estabelecidas para este ano e para o próximo.

Matheus Spiess pondera que membros da equipe econômica, com destaque para o ministro Fernando Haddad, têm enfatizado que o governo não está focado apenas em aumentar a arrecadação, mas também em realizar cortes significativos nas despesas — o que tem ajudado a aliviar parte das preocupações em torno do risco fiscal.

Até o presidente Lula defendeu publicamente uma revisão minuciosa dos benefícios fiscais, embora suas declarações tragam certa inconsistência. Enquanto fala em austeridade, ele também promete aumentos reais no salário mínimo, afirmando que “salário não é gasto”, além de manter a promessa de isentar do Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil mensais.

“Essas mensagens contraditórias intensificam os desafios do governo em recuperar sua credibilidade”, afirma o analista.

Nesse contexto, Spiess aponta que a desancoragem das expectativas de inflação, a pressão sobre o real (R$ 5,60), a instabilidade fiscal e a comunicação ambígua do Banco Central levantam dúvidas sobre o futuro da política monetária.

“Hoje, o Banco Central parece inclinado a aumentar a Selic em setembro, provavelmente adotando um ritmo mais moderado, com elevações de 25 pontos-base por reunião. Como o mercado já antecipou essa trajetória de aperto monetário, é provável que os ativos de risco não sofram tanto, especialmente diante de um cenário internacional onde a tendência é de cortes de juros”, finaliza.

Grupo Mateus (GMAT3): Receita Federal autua varejista em R$ 1 bi por exclusões de créditos

Receita Federal autuou o Grupo Mateus (GMAT3), por meio da Armazém, a bandeira de atacado da varejista, em R$ 1 bilhão, sendo R$ 633 milhões em relação ao questionamento da apuração dos cálculos do IRPJ (Imposto de Renda da Pessoa Jurídica), R$ 225 milhões em relação aos cálculos da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) e multas administrativas no valor de R$ 200 milhões.

Segundo o comunicado, enviado ao mercado na noite de sábado, os valores se referem a exclusões de créditos presumidos relativos aos exercícios de 2014 a 2021. Apesar disso, a empresa diz que a Armazém é beneficiária de subvenções concedidas pelos estados.

O Grupo Mateus ressalta ainda que, apesar da divergência da Receita em relação aos cálculos que fundamentam as exclusões dos créditos presumidos de ICMS da base de cálculo do IRPJ e da CSLL com base nas subvenções, tais exclusões da Armazém foram feitas à luz da legislação aplicável.

Vale (VALE3), BHP e Samarco podem fechar acordo de R$ 100 bi por Mariana, dizem fontes

As mineradoras Vale (VALE3) e BHP, juntamente com sua joint venture Samarco, poderão fechar em breve um acordo com autoridades brasileiras para o pagamento de cerca de R$ 100 bilhões pelo rompimento de barragem em Mariana (MG), afirmaram quatro fontes a par das discussões.

A expectativa de três dessas fontes é que um acerto final poderá ser alcançado em outubro. O montante é superior aos R$ 82 bilhões de novos recursos a serem pagos para compensar o desastre, ofertados na última proposta feita pelas companhias, em junho.

Na véspera, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ter a expectativa de que o acordo seja fechado ainda no início de outubro.

*Com informações de Reuters

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Estagiária
Estudante de jornalismo na Universidade São Judas Tadeu, tem habilidades em edição de imagens e vídeos além da paixão pelo meio de comunicações. Estuda inglês e está em busca da fluência.
vitoria.pitanga@moneytimes.com.br
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