Mercados

Ibovespa (IBOV) atinge os 129 mil pontos (e tenta se sustentar): 5 coisas para saber antes de investir hoje (9)

09 ago 2024, 10:13 - atualizado em 09 ago 2024, 10:20
Ibovespa, 5 Coisas, Investimentos, Dólar, Day Trade, EUA, IPCA
Ibovespa abre pregão em alta, tentando se sustentar aos 129 mil pontos com IPCA e recuperações globais no radar (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta sexta-feira (9) em alta. O principal índice da bolsa brasileira subia 0,32%, a 129,076 pontos, por volta de 10h07.



Os investidores digerem a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do Brasil.

O dólar à vista recuava frente ao real nas primeiras negociações desta sexta, à medida que os investidores nacionais analisavam dados do IPCA e repercutiam a recuperação na busca por ativos de risco no exterior.

Day Trade:

Radar do Mercado:

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

5 assuntos para saber antes de investir no Ibovespa nesta sexta (9)

IPCA volta a acelerar e sobe 0,38% em julho; acumulado de 12 meses atinge o teto da meta

A inflação brasileira subiu 0,38% em julho — apontando para uma aceleração em relação à alta de 0,21% apurada em junho.

O resultado veio acima do esperado pelo mercado, que via um avanço de 0,35%.

A alta do índice foi puxada pelos preços da gasolina, que subiram 3,15%, e também pelas passagens aéreas, 19,39%. Outra contribuição veio das tarifas de energia elétrica residencial, que avançaram 1,93%.

Semana encerra com recuperação global nos mercados

Seguindo os ganhos registrados em Wall Street ontem, a Ásia caminhou para o mesmo destino nesta sexta. A recuperação das ações globais se deu pelo impulso dos sinais de resiliência no mercado de trabalho dos EUA e aumento no consumo na China.

A inflação chinesa superou as expectativas, gerando esperanças de uma recuperação na demanda doméstica, fator que tem sido um peso sobre o crescimento ao longo deste ano, aponta Matheus Spiess, da Empiricus Research.

Enquanto os investidores continuam atentos aos desdobramentos no Oriente Médio e à recuperação dos mercados mais amplos, o petróleo, após três dias de recuperação, se estabilizou.

“Com esse cenário, há expectativas de que as ações globais encerrem uma semana tumultuada de maneira ligeiramente positiva, com os futuros americanos e os índices europeus em alta nesta manhã”, diz o analista.

Em contrapartida, o dia, por aqui, deverá ter contornos negativos com o resultado da Petrobras, divulgado na noite de ontem, afirma Spiess.

EUA não fica para trás em ganhos

Nos Estados Unidos, o mercado continua a se recuperar da queda ocorrida na segunda-feira (5). O avanço registrado ontem (8) foi impulsionado por dados de pedidos de seguro-desemprego menores do que o esperado.

No caso, o relatório semanal revelou que cerca de 233 mil pessoas solicitaram o benefício na semana passada, enquanto a expectativa dos investidores era de 240 mil.

Para Matheus Spiess, essa queda, a maior em quase um ano, aliviou as preocupações de que o mercado de trabalho estivesse desacelerando de forma mais rápida do que o previsto, especialmente após o decepcionante relatório de empregos (payroll). Como resultado, os principais índices registraram alta.

“Não acredito que uma recessão nos EUA seja iminente, ao contrário do que muitos no mercado temiam. No entanto, isso não significa que não haja espaço para cortes na taxa de juros”, diz.

O analista acredita que um caminho gradual seja o mais adequado, com pelo menos dois cortes de 25 pontos-base — sendo um em setembro e outro em dezembro.

“Essa abordagem já seria suficiente para melhorar o sentimento global de forma significativa”, afirma.

Petrobras (PETR4) tem primeiro prejuízo em quase 4 anos

Petrobras (PETR4) registrou prejuízo líquido de R$ 2,6 bilhões no segundo trimestre, ante lucro líquido de R$ 28,8 bilhões no mesmo período do ano anterior, informou a companhia nesta quinta-feira (8).

A última vez em que a companhia havia registrado prejuízo havia sido no terceiro trimestre de 2020, com R$ 1,5 bilhão.

A empresa disse que o prejuízo está associado a itens não recorrentes, principalmente os efeitos da adesão a uma transação tributária e de um acordo de trabalho de 2023. Segundo a estatal, excluindo esses itens e a desvalorização do real em relação ao dólar, o lucro líquido teria alcançado R$ 28 bilhões.

Analistas previam lucro líquido de R$ 25,6 bilhões no período, de acordo com o consenso do mercado reunido pela Bloomberg.

Petrobras anuncia R$ 13,57 bilhões em dividendos e JCP

Além do balanço, a petrolífera anunciou pagamento de dividendos juros sobre capital próprio (JCP) no valor de R$ 13,57 bilhões, equivalentes a R$ 1,05320017 por ação ordinária e preferencial em circulação.

Segundo a companhia, os dividendos e JCP serão pagos em duas parcelas nos meses de novembro e dezembro, da seguinte forma: R$ 1,05320017 por ação ordinária e preferencial em circulação.

* Com informações de Reuters