Ibovespa (IBOV) abre em alta, com Campos Neto e Petrobras no radar: 5 coisas para saber antes de investir hoje (9)
O Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta terça-feira (9) em alta, avançando 0,54%, a 129.552 pontos, por volta das 10h10. O índice fechou o último pregão em alta, puxado pelas ações da Vale (VALE3), que dispararam após o avanço no minério de ferro.
Em véspera de dados de inflação, o comando da Petrobras e o pagamento de dividendos extraordinários seguem no radar dos investidores. Hoje, destaque ainda para o discurso do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em evento promovido pela autarquia.
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O dólar tinha leve queda frente ao real nos primeiros negócios desta terça, com investidores evitando grandes apostas antes dos dados de inflação norte-americanos de quarta, que podem influenciar a decisão do Federal Reserve sobre quando cortar os juros.
Day Trade:
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Radar do Mercado:
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Petrobras e Campos Neto no radar dos investidores
A Petrobras (PETR4;PETR3) segue no radar dos investidores, que aguardam um desfecho para a situação envolvendo o comando da companhia e os dividendos extraordinários.
Ontem (8), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a decisão sobre a distribuição de dividendos extraordinários aos acionistas cabe à empresa, no entanto, indicou que a discussão está bem encaminhada.
É esperado que o ministro defenda o pagamento de, pelo menos, 50% dos dividendos extraordinários, que ajudará o governo a fechar as contas.
Questionado sobre se o governo cogita trocar o comando da empresa, o ministro respondeu que o assunto não é da sua “alçada”, pois trata com Lula apenas sobre cenários econômicos da empresa e, portanto, não chegou a discutir sobre a atuação do atual presidente da companhia, Jean Paul Prates, ou uma possível substituição no cargo.
Relatório Focus
Os economistas ouvidos pelo Banco Central voltaram a elevar as projeções de inflação para este ano. Segundo o Relatório Focus, as expectativas de alta nos preços para 2024 passaram de 3,75% para 3,76%.
Já para 2025, a expectativa para o índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) também foi reajustada, passando de 3,51% para 3,53%. Os demais anos permanecem as mesmas projeções de 3,50%.
A previsão de inflação segue dentro do teto da meta pelo estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) — de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, tanto para 2024 quanto para 2025.
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Alta do minério de ferro impulsiona Vale (VALE3)
Ontem as ações da Vale (VALE3) tiveram expressiva alta, impulsionando inclusive o avanço do Ibovespa (IBOV) na sessão. A mineradora encerrou o dia em alta de 5,46%, a R$ 62,97.
A alta captou o impulso do minério de ferro na China, que subiu mais de 3%. O analista Fernando Siqueira, da Guide Investimentos, avalia que a alta ainda está no começo, tendo em vista que diversos indicadores apontam para uma melhora no preço dos metais, o que pode beneficiar a Vale.
“Em momentos em que os preços do minério estão baixos, é o normal que o valuation da Vale seja mais elevado. Contudo, apesar dos preços em níveis baixos atualmente como pode ser visto nas figuras acima, o valuation da Vale segue abaixo da média histórica”, pondera.
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Véspera de CPI e IPCA
Amanhã acontece uma espécie de “Super Quarta” de inflação. Isso porque será divulgado o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), aqui no Brasil, e o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês), lá nos Estados Unidos.
Na quarta, o Federal Reserve também libera a ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês).
O mercado estará atento a esses números porque eles vão ajudar a ajustar os próximos passos das autoridades monetárias.
O analista Matheus Spiess, da Empiricus Research, avalia que, no Brasil, as tendências internacionais podem ter um impacto significativo na trajetória de redução da Selic.
“Considerando que a dificuldade em baixar as taxas de juros nos EUA pode tornar mais complexo o avanço no processo de relaxamento da nossa política monetária”, pondera.
Meta fiscal deve diminuir para 2025
O governo deve afrouxar a meta fiscal para 2025 devido a dificuldade de estabilizar a dívida pública que só cresce na administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As informações vieram de fontes ligadas ao governo que conversaram com a Reuters.
A ministra do Planejamento, Simone Tebet, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e os secretários de Haddad Dario Durigan e Rogério Ceron do Tesouro Nacional, se reuniram nesta segunda-feira (8) para uma reunião da Junta de Execução Orçamentária para discutir o tema.
No entanto, em aparição recente, Haddad ressaltou que “não se preocuparia muito com isso”, já que o governo tem até 15 de abril para encaminhar o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias ao Congresso.