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Ibovespa (IBOV) abre positivo, em meio aos destaques corporativos, e mira nos 128 mil pontos: 5 coisas para saber antes de investir hoje (8)

08 ago 2024, 10:09 - atualizado em 08 ago 2024, 10:09
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Ibovespa abre pregão em alta, enquanto mercado continua focado na recuperação do japão e aos balanços corporativos (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta quinta-feira (8) em alta. O principal índice da bolsa brasileira subia 0,23%, a 127,808 pontos, por volta de 10h04.



Para hoje, os destaques são os balanços da Magazine Luiza (MGLU3) e Petrobras (PETR4). Com a agenda de indicadores vazia, o mercado segue focado na recuperação do Japão na bolsa. Confira o calendário de resultados do 2T24.

O dólar à vista subia nas primeiras negociações desta quinta, à medida que os investidores demonstram cautela antes da divulgação de novos dados sobre pedidos iniciais de ajuda-desemprego nos Estados Unidos.

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5 assuntos para saber antes de investir no Ibovespa nesta quinta (8)

A pressão do Dólar e as movimentações do Iene

Na última quarta-feira (7), o vice-presidente do Banco do Japão (BoJ), Shinichi Uchida, fez uma declaração significativa ao descartar novos aumentos nas taxas de juros do país enquanto o mercado global permanecer volátil.

Com o pronunciamento, o interesse pelo carry trade entre o iene e outras moedas que oferecem juros mais elevados, como o peso mexicano, o rand sul-africano e o real brasileiro, por exemplo, reacendeu.

No Brasil, o dólar seguiu essa tendência e aprofundou a queda, fechando abaixo de R$ 5,65, impulsionado também pela expectativa de que a taxa Selic se mantenha elevada por mais tempo, em contraste com as expectativas de cortes nos juros pelo Federal Reserve a partir de setembro.

“Essa valorização do real é crucial para mitigar possíveis impactos inflacionários decorrentes da desvalorização cambial”, aponta o analista Matheus Spiess, da Empiricus Research. “Há preocupações de que a recente depreciação da moeda nacional possa contribuir com um aumento de até 50 pontos-base no IPCA”.

Contudo, esse cenário impõe desafios ao Banco Central do Brasil — que enfrenta a tarefa de manejar a intensa volatilidade cambial

“Embora eu pessoalmente não preveja um aumento na Selic no curto prazo, apesar da pressão do dólar no mercado cambial, há quem defenda que, se o dólar não retornar a patamares inferiores a R$ 5,55, um aumento dos juros se tornaria inevitável”, pondera.

Além disso, Spiess discorda dessa perspectiva, dizendo não acreidtar que o Banco Central esteja disposto a engajar-se nessa disputa no momento. “No entanto, é plausível que continuemos a enfrentar um período de taxas de juros elevadas por um tempo mais extenso”.

A tendência de alta do iene, na qual tem contribuído para o enfraquecimento do real, parece não ser duradoura. Dessa forma, “deve trazer algum alívio para a economia brasileira”.

Fed já cortou juros em meio à queda de ações antes; desta vez, isso é improvável

Uma forte desaceleração no mercado de trabalho dos Estados Unidos, que desencadeou dias de turbulência nos mercados globais, também fomentou especulações de que o Federal Reserve pode não esperar até sua próxima reunião de política monetária, em setembro, para reduzir a taxa de juros.

De fato, um contrato futuro da taxa de juros com vencimento no final deste mês, que acompanha as expectativas sobre o Fed, atingiu uma máxima de dois meses no início da semana, em uma aposta de que os juros seriam mais baixos até o final de agosto.

As probabilidades são contrárias a isso. Como disse o presidente do Fed de Chicago, Austan Goolsbee, no início desta semana, “a lei não diz nada sobre o mercado de ações. Trata-se de emprego e estabilidade de preços”, referindo-se ao duplo mandato do Fed de promover o pleno emprego e o controle da inflação.

Eletrobras (ELET3): Lucro líquido sobe 7,6% no 2T24, a R$ 1,7 bilhão

Eletrobras (ELET3) teve lucro líquido de R$ 1,74 bilhão no segundo trimestre, uma alta de 7,6% na base anual, informou a companhia na quarta-feira (7). Ajustada a linha chegou a R$ 615 milhões, baixa de 25,8% na mesma comparação.

Analistas esperavam por lucro de R$ 1,750 bilhão, de acordo com dados reunidos pela Bloomberg.

A receita operacional líquida da empresa caiu 9,3%, a R$ 8,3 bilhões, enquanto o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado totalizou R$ 4,2 bilhões no período, baixa de 23,2% no comparativo anual. Sem ajustes, somou R$ 4,4 bilhões (-32,8% ano a ano).

Braskem (BRKM5) tem prejuízo de R$ 3,7 bilhões no 2T24, queda anual de 385%

Braskem (BRKM5) teve prejuízo líquido de R$ 3,736 bilhão no segundo trimestre de 2024 (2T24), marcando queda de 385% na base anual, conforme mostra documento enviado ao mercado na madrugada desta quinta-feira (08).

Já o lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) recorrente chegou a R$ 1,667 bilhão, marcando alta de 137% ante o trimestre anterior.

A petroquímica aponta que, do lado operacional, o trimestre foi marcado por paradas programadas e não programadas, com destaque para as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul.

Banco do Brasil (BBAS3): Lucro líquido sobe 8% e vai a R$ 9,5 bilhões no 2T24, acima das expectativas

Banco do Brasil (BBAS3) terminou o segundo trimestre de 2024 com lucro líquido ajustado de R$ 9,5 bilhões, alta de 8,2% ante o mesmo período do ano passado, mostra documento enviado ao mercado na quarta (8). Ante o primeiro trimestre, a elevação foi de 2,2%.

O número ficou acima da expectativa da Bloomberg, que aguardava lucro de R$ 9,3 bilhões.

Segundo o banco, o resultado foi influenciado pela redução de despesas com PCLD e crescimento das receitas de prestação de serviços. Esse item subiu, sobretudo, pela alta nas linhas de administração de fundos, operações de crédito e conta-corrente.

Dessa forma, a estatal, considerada uma das mais seguras da bolsa por analistas, encerra a safra de resultados dos bancões com o segundo maior ROE (retorno sobre o patrimônio líquido), de 21,6%, atrás do Itaú (ITUB4), que finalizou o período com rentabilidade de 22%.

*Com informações da Reuters