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Ibovespa (IBOV) abre aos 127 mil pontos no último pregão da semana; 5 coisas para saber ao investir hoje (6)

06 dez 2024, 10:10 - atualizado em 06 dez 2024, 10:10
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Ibovespa abre em queda nesta sexta-feira, 6 (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta sexta-feira (6) em queda. O principal índice da bolsa brasileira desacelerava 0,19%, a 127.614,57 pontos, por volta de 10h05.



O dólar à vista tinha leve alta frente ao real nesta sexta, em linha com o exterior e recuperando algumas das perdas das três últimas sessões, com investidores à espera de novos dados de emprego dos Estados Unidos em busca de sinais sobre a trajetória da taxa de juros do Federal Reserve.

Por aqui, o dia é de semana esvaziada, com os investidores acompanhando o andamento do pacote de corte de gastos no Congresso.

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5 assuntos para saber ao investir no Ibovespa nesta sexta (6)

1 – O forte mercado de trabalho dos EUA

Nos Estados Unidos, após as máximas recordes alcançadas, os principais índices de ações recuaram ontem (5) em um dia de negociações relativamente calmo, enquanto os investidores aguardam com expectativa o relatório de empregos que será divulgado hoje.

Matheus Spiess, analista da Empiricus Research, ressalta que a previsão é de um aumento de 207,5 mil vagas nas folhas de pagamento não agrícolas, contrastando com o ganho modesto de apenas 12 mil registrado em outubro. A taxa de desemprego, por sua vez, deve permanecer estável em 4,1%.

Este relatório é particularmente aguardado porque a edição anterior, referente a outubro, apresentou uma série de distorções que dificultaram a leitura dos dados.

Contudo, o resultado será crucial para moldar as expectativas em relação à trajetória dos juros — especificamente, poderá oferecer pistas sobre a probabilidade de um novo corte na taxa de juros na próxima reunião do Federal Reserve, em dezembro. Além disso, o relatório ajudará a desenhar um panorama mais claro para a economia em 2025, influenciando o tom do banco central em sua abordagem para o próximo ano.

2 – Brasil e a ‘chance de melhorar’

Aqui, o foco permanece no cenário fiscal, após uma leve trégua após dias de intensa pressão. O alívio foi sentido nos mercados: as ações registraram alta, o dólar recuou, e a curva de juros apresentou uma ligeira queda — embora continue em patamares insustentavelmente elevados.

Spiess aponta que esse movimento foi sustentado, em grande parte, pela percepção de que o pacote de “corte” de gastos poderá avançar com relativa rapidez no Congresso após a aprovação do regime de urgência. No entanto, é importante ressaltar que, em termos práticos, não houve qualquer mudança substancial no quadro fiscal.

“Hoje, além das definições locais sobre o pacote fiscal, nossa curva de juros será influenciada pelo relatório de emprego nos EUA. Um cenário de continuidade na redução das taxas de juros americanas seria, sem dúvida, favorável para nós”, diz. “Ainda assim, o contexto doméstico será determinante. Embora não acredite que a Selic alcançará 15%, parece provável que supere os 13%. O quão próximo chegaremos de 14% dependerá, em grande medida, de Brasília”.

Nesse sentido, quanto mais o Congresso fortalecer as regras fiscais e quanto mais o governo apresentar medidas adicionais de contenção, melhor será a resposta do mercado. No entanto, é evidente que a confiança na equipe econômica já não é a mesma.

3 – Bradesco (BBDC4) divulga datas e valores de pagamentos de JCP para 2025

Bradesco (BBDC4) divulgou o seu cronograma de pagamento de juros sobre o capital próprio para 2025. No próximo ano, o banco pagará R$ 0,017249826 por ação ordinária e R$ 0,018974809 por ação preferencial.

Considerando o Imposto de Renda, o valor cai para R$ 0,014662352 por ação ordinária e R$ 0,016128588, exceto para os acionistas pessoa jurídica que estejam dispensados da referida tributação, que receberão pelo valor declarado.

4 – Hapvida (HAPV3) fecha contrato de locação de imóvel para construção do Hospital Ibirapuera

Hapvida (HAPV3) fechou contrato de locação de imóvel com construção ajustada, também conhecido como “built to suit“, com o Fundo Minas FIM para a construção do Hospital Ibirapuera, localizado na cidade de São Paulo.

Os termos do acordo envolvem limite máximo de investimento de R$ 300 milhões para a aquisição dos terrenos e custeio das obras, com uma taxa de capitalização (cap rate, em inglês) de 8,5% ao ano, a ser ajustado anualmente pelo Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA).

O prazo de locação é de 20 anos, com a possibilidade de renovação por mais 20 anos, e opção de compra em “períodos e condições pré-determinados”.

Como o anunciado pela companhia na última terça-feira (3), o Hospital Ibirapuera será uma unidade de alta complexidade voltado para o atendimento materno-pediátrica, com capacidade de 250 leitos. A proposta da Hapvida é oferecer um m serviço de saúde premium, com alta tecnologia e “hotelaria diferenciada”.

5 – MRV (MRVE3) pisa no freio, enxuga gastos e traz novo CEO para Resia

Uma das grandes dores de cabeça da MRV (MRVE3), a companhia de Rubens Menin completou a revisão estratégica de sua subsidiária nos Estados Unidos, a Resia, bem como sua estrutura organizacional e financeira, que envolve até a troca de CEO.

A companhia foi comprada em 2020 e é uma das principais queixas de analistas devido a sua queima de caixa. Chegou-se a especular, inclusive, em uma possível venda da companhia, o que não ocorreu.

Entre as medidas, está a venda de sete projetos, dos quais seis estão prontos e um em construção, ao longo dos próximos 24 meses e a desmobilização de mais de 60% do landbank (banco de terrenos), com expectativa de vendas em torno de US$ 800 milhões até o final de 2026.

*Com informações de Reuters

Estagiária
Estudante de jornalismo na Universidade São Judas Tadeu, tem habilidades em edição de imagens e vídeos além da paixão pelo meio de comunicações. Estuda inglês e está em busca da fluência.
vitoria.pitanga@moneytimes.com.br
Estudante de jornalismo na Universidade São Judas Tadeu, tem habilidades em edição de imagens e vídeos além da paixão pelo meio de comunicações. Estuda inglês e está em busca da fluência.