Ibovespa (IBOV) perde os 130 mil pontos com vitória de Trump e Copom no radar; 5 coisas para saber ao investir hoje (6)
O Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta quarta-feira (6) em queda. O principal índice da bolsa brasileira despencava 1,31%, a 128.946 pontos, por volta de 10h11.
O dólar à vista subia de forma acentuada ante o real nas primeiras negociações desta quarta, em linha com sua força no exterior, à medida que investidores reagiam à vitória do ex-presidente republicano Donald Trump na eleição presidencial dos Estados Unidos.
Por aqui, o destaque é a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). A expectativa é de que o Banco Central eleve a Selic em 0,50 ponto percentual — avançando a taxa básica de juros para o patamar de 11,25% ao ano.
- Quais ações podem se beneficiar de possível alta da Selic? Especialistas comentam em Giro Especial pós-Copom; assista aqui
Day Trade:
- Suzano (SUZB3), Itaú (ITUB4) e mais 4 ações para comprar nesta quarta (6)
- Petrobras (PETR4), Santander (SANB11) e outras ações para vender hoje (6) e buscar retornos de até 3,07%
Radar do Mercado:
5 assuntos para saber ao investir no Ibovespa nesta quarta (6)
Donald Trump é eleito presidente nos Estados Unidos
Donald Trump está de volta à Casa Branca. O candidato republicano conquistou o estado de Wisconsin, somando 277 delegados e superou o total de 270 votos necessários para ser eleito, segundo a agência de notícias The Associated Press.
Durante a madrugada, Trump já era cotado como novo presidente após garantir a vitória em três dos sete estados-pêndulo, que eram aqueles que ainda estavam indecisos, sendo eles Pensilvânia, Geórgia e Carolina do Norte.
Na noite de quarta-feira (6), Trump já tinha declarado sua vitória contra Kamala Harris após sair na frente na apuração.
Em sua fala, ele agradeceu ao povo americano “pela extraordinária honra de ter sido eleito o seu 47º presidente” e disse que vai inaugurar uma “era de ouro” nos Estados Unidos. “É uma vitória política que nosso país nunca viu antes”, afirmou.
Por aqui, o destaque é o 2º dia de Copom
Ontem, o dia foi um pouco mais positivo para os ativos locais, impulsionado pela expectativa em torno dos resultados das eleições americanas e pelas discussões em Brasília sobre o aguardado pacote de cortes de gastos do governo.
Em uma reunião ampliada com ministros, ficou reforçada a possibilidade de que esses cortes afetem várias áreas, incluindo setores estratégicos para o presidente Lula.
Matheus Spiess, analista da Empiricus Research, reitera que líderes do PT na Câmara dos Deputados sinalizaram que a redução de despesas será prioridade nas discussões da bancada até o final do ano, pressionando o Congresso a aprovar as medidas rapidamente. “Apenas o anúncio do pacote já poderia trazer certo alívio”, afirma.
Para ele, conter a volatilidade nos mercados domésticos, especialmente com a confirmação da vitória de Trump, é crucial que o pacote fiscal seja substancial e ofereça garantias de controle sobre as contas públicas.
Isso porque, o mercado aguarda cortes na faixa de R$ 30 bilhões a R$ 50 bilhões, o que, se implementado, poderá contribuir para estabilizar tanto o dólar quanto as taxas de juros, que têm estado sob pressão há algum tempo.
Além dessas medidas, outras pautas importantes continuam no radar dos investidores, como a Reforma Tributária e a próxima reunião de política monetária do Banco Central.
A votação do texto de regulamentação da reforma tributária está prevista para o início de dezembro no Senado, embora o cronograma esteja apertado.
“Quanto ao Comitê de Política Monetária (Copom), é esperado para hoje um aumento de 50 pontos-base na taxa de juros, em resposta às pressões inflacionárias no atual cenário econômico”, finaliza.
- GIRO DO MERCADO ESPECIAL: Acompanhe a decisão do Copom ao vivo a partir das 18:30 e saiba como a nova Selic vai mexer com seu bolso:
RD Saúde (RADL3): Lucro sobe 25,5% e vai a R$ 336,8 milhões no 3T24
A RD Saúde (RADL3) reportou alta anual de 25,5% no seu lucro líquido ajustado, chegando a R$ 336,8 milhões no terceiro trimestre de 2024 (3T24), mostra balanço enviado ao mercado na terça-feira (05), após o fechamento do mercado.
Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi de R$ 810,8 milhões no período, crescimento de 23,2% na comparação anual e margem de 7,5%.
A cifra superou as estimativas do mercado, uma vez que consenso reunido pela Bloomberg apontava para um lucro líquido de R$ 292 milhões.
Gerdau (GGBR4) tem queda no lucro do 3T24, a R$ 1,4 bilhão, mas em linha com o esperado
A Gerdau (GGBR4) apresentou um lucro líquido ajustado de R$ 1,43 bilhão no terceiro trimestre de 2024 (3T24), uma queda de 10% em comparação ao mesmo período do ano passado. No entanto, o desempenho ficou em linha com o R$ 1,4 bilhão esperado pelo mercado, de acordo com consenso reunido pela Bloomberg.
A receita líquida da empresa apresentou uma redução de 1,8%, totalizando R$ 17,38 bilhões. No acumulado dos primeiros nove meses de 2024, a receita líquida foi de R$ 50,2 bilhões, uma queda de 7,4% na base anual.
O Ebitda ajustado recuou 10% em relação ao ano anterior, somando R$ 3,02 bilhões, com queda da margem Ebitda, de 19,6% no 3T23 para 17,4% no 3T24. No acumulado de 2024, a margem Ebitda ficou em 16,8%, abaixo dos 21,1% registrados nos nove primeiros meses de 2023.
Gerdau (GGBR4) e Metalúrgica Gerdau (GOAU4) anunciam pagamento de dividendos
A Gerdau (GGBR4) e a Metalúrgica Gerdau (GOAU4) anunciaram nesta terça-feira (5) o pagamento de dividendos antecipados referentes ao exercício social de 2024.
Para a Gerdau, o valor por ação será de R$ 0,30, com data-base em 18 de novembro, ex-direito em 19 de novembro e pagamento em 16 de dezembro.
Já para os acionistas da Gerdau que possuem American Depositary Receipts (ADRs), as datas são ligeiramente diferentes: a data-base e a data ex-direito serão em 21 de novembro, com pagamento programado para 23 de dezembro, também com o valor de R$ 0,30 por ação.
Para a Metalúrgica Gerdau, a data-base é 18 de novembro, com a data ex-direito em 19 de novembro de 2024, e pagamento previsto para 17 de dezembro, com o valor de R$ 0,13 por ação ordinária e preferencial.
Segundo as empresas, os pagamentos serão realizados pelo Itaú, por meio de crédito automático para aqueles acionistas que tenham informado o número do CPF ou CNPJ e a conta bancária cadastrada.
* Com informações de Reuters