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Ibovespa (IBOV) tenta se segurar nos 136 mil pontos, com mercado digerindo payroll: 5 coisas para saber ao investir hoje (6)

06 set 2024, 10:14 - atualizado em 06 set 2024, 10:17
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Ibovespa abre em queda nesta sexta-feira, 06 (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) abre o pregão desta sexta-feira (6) em queda. O principal índice da bolsa brasileira desacelerava 0,23%, a 136.191 pontos, por volta de 10h07.



Por aqui, com uma agenda econômica fraca, o Índice Geral de Preços/Disponibilidade Interna (IGP-DI) é o único indicador do dia. Já no internacional, chegou o dia do evento mais aguardado da semana, a divulgação do payroll.

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O dólar à vista rondava a estabilidade frente ao real nas primeiras negociações desta sexta, com investidores cautelosos antes da divulgação do relatório de emprego de agosto dos Estados Unidos (EUA).

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5 assuntos para saber antes de investir no Ibovespa nesta sexta (6)

Payroll: EUA criam 142 mil vagas de emprego em agosto, abaixo do esperado, e taxa de desemprego cai

Os EUA criaram 142 mil vagas em agosto, de acordo com o relatório de emprego divulgado pelo Departamento do Trabalho. Os dados do payroll do mês passado voltaram a acelerar frente à leitura de julho, quando a economia abriu 114 mil vagas de emprego.

O resultado, no entanto, ainda ficou abaixo das expectativas do mercado, que esperava a criação de 163 mil postos.

A taxa de desemprego, por sua vez, teve leve queda de 4,3% para 4,2% nos EUA. O número de desempregados fechou o mês em 7,1 milhões.

EUA: 0,25 p.p. ou 0,50 p.p.?

Ontem, o índice S&P 500 registrou uma queda de 0,3%, marcando sua terceira sessão consecutiva de perdas.

Para Matheus Spiess, estrategista da Empiricus Research, esse movimento reflete claramente o nervosismo dos investidores diante de um calendário macroeconômico bastante movimentado, que inclui o relatório de emprego de hoje, os dados de inflação da próxima semana e a decisão de juros do Federal Reserve no dia 18.

O payroll é o último dado sobre o mercado de trabalho que as autoridades do Fed têm à disposição antes do tão aguardado relatório de setembro. “Após isso, só teremos atualizações sobre preços e atividade econômica, sem novos dados de emprego”, afirma.

O analista apontou que, como o relatório de agosto apresentou resultados abaixo do esperado, com aumento na taxa de desemprego, pode aumentar as chances de um corte mais agressivo de 0,5 ponto percentual na reunião de setembro.

No entanto, afirma que isso não seria necessariamente uma boa notícia, pois reforçaria os temores de recessão e a percepção de que o Fed estaria agindo com atraso.

Aneel aprova incorporação da AES Brasil (AESB3) pela Auren (AURE3)

Auren (AURE3) informou ao mercado que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou a transferência de controle societário indireto da AES Brasil (AESB3) e validou a alteração que resultará na conversão da AES em subsidiária integral da Auren.

“A Auren esclarece que remanescem pendentes a validação pela Aneel da alteração do controle da AES Tietê Integra Soluções em Energia e outras condições precedentes para Combinação de Negócios”, diz o comunicado.

O anúncio da incorporação dos ativos da AES Brasil foi feito em maio. A combinação dos negócios cria a terceira maior geradora do Brasil.

A aprovação da união pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), de forma final e definitiva, ocorreu em julho. Contudo, estavam pendentes outras condições precedentes para a conclusão da transação, como a aprovação da operação pela Aneel.

‘O medo do Iene’

As operações de carry trade envolvendo o iene continuam uma fonte significativa de risco para os mercados financeiros dos EUA e outras economias globais.

Aproximadamente um mês atrás, a liquidação dessas operações foi um dos principais fatores que contribuíram para a queda de 12,4% no índice de ações japonês, além de desencadear uma correção generalizada nos mercados de ações ao redor do mundo.

A preocupação central reside na possibilidade de que grande parte da recente valorização das ações americanas tenha sido impulsionada por empréstimos facilitados por essas operações de carry trade.

“Com o Banco do Japão (BoJ) mantendo as taxas de juros extremamente baixas por anos, muitos investidores se aproveitaram do iene para financiar aquisições de ações e outros ativos em mercados internacionais, aponta Matheus Spiess.

O fortalecimento recente do iene aumenta os receios de que a desmontagem dessas posições ainda esteja em andamento.

“Se o BoJ decidir aumentar as taxas de juros novamente, o impacto poderá reverberar globalmente, com efeitos potencialmente profundos nos mercados financeiros”, pondera.

Por fim, o analista aponta que, seja por uma possível desaceleração econômica nos EUA ou por decisões de bancos centrais em outras partes do mundo, a volatilidade do mercado permanecerá elevada, sugerindo que novos choques financeiros podem estar à espreita.

Natura (NTCO3): Gestora gringa eleva fatia em empresa

A Baillie Gifford, gestora fundada em Edimburgo, capital da Escócia, elevou participação na Natura (NTCO3) para 5,02%, mostra documento enviado ao mercado.

Segundo o comunicado, a gestora passou a deter 69 milhões de papéis da empresa.

A Baillie Gifford informou, ainda, que sua participação acionária tem por objetivo o investimento na companhia, sem intenção de alterar sua composição de controle ou estrutura administrativa, e não visa atingir nenhum percentual de participação acionária em particular.

*Com informações de Reuters