Ibovespa (IBOV) abre pregão meio ‘sonolento’ (devagar, mas direcionado para alta): 5 coisas para saber ao investir hoje (6)
O Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta terça-feira (6) sem um caminho definido, apesar de positivo. O principal índice da bolsa brasileira subia 0,13%, a 125,403 pontos, por volta de 10h07.
Desde a semana passada, o mercado vem observando um movimento de correção, motivado pelo medo de uma possível recessão nos Estados Unidos. Hoje, digerindo a ata do Copom, o sentimento indicado pode ser de cautela.
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O dólar à vista recuava frente ao real nas primeiras negociações desta terça, devolvendo os ganhos da véspera e caindo abaixo dos R$ 5,70.
Day Trade:
- Raia Drogasil (RADL3), Banco do Brasil (BBAS3) e mais ações para comprar hoje (06)
- Klabin (KLBN11), CPFL Energia (CPFE3) e outras ações para vender nesta terça-feira (06)
Radar do Mercado:
5 assuntos para saber antes de investir no Ibovespa nesta terça (6)
Ata do Copom
O Banco Central divulgou na manhã desta terça-feira (6) a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Na semana passada, a autoridade monetária optou por realizar a manutenção da taxa Selic no patamar de 10,50% ao ano.
Na ata, o Comitê ressalta que as conjunturas doméstica e internacional exigem ainda maior cautela na condução da política monetária. “Os impactos inflacionários decorrentes dos movimentos das variáveis de mercado e das expectativas de inflação, caso esses se mostrem persistentes, corroboram a necessidade de maior vigilância”, afirma.
Os membros do Copom não se comprometem com estratégias futuras, mas citam duas possibilidades:
- a manutenção da taxa de juros por um tempo suficientemente longo, que levará a inflação à meta no horizonte relevante;
- elevação da taxa de juros para assegurar a convergência da inflação à meta, se julgar apropriado.
Alta no mercado japonês
Nesta manhã, houve uma recuperação de mais de 10% no mercado japonês, acompanhada pela maioria dos ativos asiáticos — embora em menor intensidade.
Segundo Matheus Spiess, da Empiricus Research, foi observada “uma tentativa tímida de ajuste positivo nos Estados Unidos, mas, até o momento, a Europa não conseguiu replicar o mesmo desempenho de recuperação”.
Ainda hoje, o Banco do Japão, o Ministério das Finanças japonês e o regulador financeiro do país estão supostamente se reunindo. No entanto, ainda é difícil prever o resultado desse encontro.
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Bradesco: ‘Mais resistente que os demais’
Ontem (5), o Bradesco (BBDC4) abriu a ‘semana D’ dos bancões com lucro recorrente de R$ 4,7 bilhões no segundo trimestre de 2024, alta de 4,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Em comparação com o primeiro trimestre, a cifra escalou 12%.
Esse resultado contribuiu para mitigar a queda do Ibovespa, que recuou apenas 0,46% no fechamento de ontem, aos 125.270 pontos.
“Estamos aguardando a divulgação dos resultados do Itaú, prevista para hoje à noite, o que pode trazer novo ânimo aos mercados amanhã”, apontou Matheus Spiess.
Para o analista, a relativa estabilidade do Brasil em comparação com outros mercados globais pode ser atribuída à baixa exposição dos investidores estrangeiros à Bolsa brasileira. Em grandes ajustes, os ativos de alta liquidez tendem a ser os primeiros a serem vendidos — o que não tem sido o caso.
É cedo para afirmar uma recessão dos EUA?
Os temores de uma recessão por parte dos Estados Unidos ganharam força na sexta-feira (2), com os dados de emprego registrando números bem abaixo dos esperados pelos analistas, e se estendeu para o começo desta semana, gerando ‘pânico’ ao mercado.
Agora, o Federal Reserve trabalha para afastar a ideia de que os Estados Unidos estão à beira de uma recessão.
No final da tarde de ontem, Mary Daly, presidente do Fed de San Francisco, afirmou que é cedo para dizer se os números divulgados pelo payroll representam uma real queda do mercado de trabalho ou de apenas uma desaceleração gradual.
Daly ainda destacou que haverá mais dados econômicos para serem avaliados até a reunião de setembro, quando o banco central americano deve dar início ao seu afrouxamento monetário.
Ainda ontem, mais cedo, o presidente do Fed de Chicago, Austan Goolsbee, disse que não parece haver uma recessão no caminho. Mas que, de qualquer forma, o Fed precisa ficar atento.
“Você só quer ser tão restritivo se achar que há medo de superaquecimento”, disse Goolsbee em uma entrevista à CNBC. “Esses dados, para mim, não parecem indicar superaquecimento”, completou.
RD Saúde (RADL3) anuncia novo CEO e presidente do conselho
A RD Saúde (RADL3) — antes Raia Drogasil — anunciou, nesta terça-feira (06), mudanças na diretoria e na governança, como parte do processo sucessório da empresa.
A partir do dia 1º de janeiro de 2025, Renato Raduan, atual diretor vice-presidente de operações de farmácias, multicanal, expansão, logística e M&A, será eleito o novo CEO da empresa, substituindo Marcílio Pousada, que ocupa o cargo atualmente.
Com a troca no posição de presidência, Marcílio Pousada foi indicado para membro e novo presidente do Conselho de Administração, ao passo em que Antônio Carlos Pipponzi, o atual presidente e membro do grupo de controle da empresa, será indicado para recondução ao conselho, permanecendo também como líder do Comitê de Expansão que assessora a diretoria executiva.