Mercados

Ibovespa (IBOV) tenta se manter nos 136 mil pontos: 5 coisas para saber antes de investir hoje (5)

05 set 2024, 10:14 - atualizado em 05 set 2024, 10:17
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Ibovespa abre em alta nesta quinta-feira, 05 (Imagem: Money Times)

O Ibovespa (IBOV) abre o pregão desta quinta-feira (5) sem direção definida. O principal índice da bolsa brasileira subia 0,07%, a 136.125 pontos, por volta de 10h04.



Com a agenda esvaziada e o mercado internacional aguardando o relatório de emprego (payroll) de amanhã (6), os dados da pesquisa ADP, sobre o mercado de trabalho, e os pedidos de auxílio-desemprego foram destaque.

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O dólar à vista tinha leve queda frente ao real nas primeiras negociações desta quinta, com investidores demonstrando cautela antes da divulgação de uma série de dados econômicos dos Estados Unidos nesta sessão.

Day Trade:

Radar do Mercado:

5 assuntos para saber antes de investir no Ibovespa nesta quinta (5)

ADP: EUA criam 99 mil vagas no setor privado e frustram com mais um dado de emprego abaixo do esperado

O setor privado nos EUA criou 99 mil novas vagas em agosto, mostra o Relatório da Automatic Data Processing (ADP). Os ganhos salariais anuais permaneceram em 4,8% para os que seguem no mesmo emprego e em 7,3% para os que mudaram.

O número de agosto veio bem abaixo da expectativa do mercado, que esperava a criação de 144 mil postos no mês.

A criação de vagas de trabalho privadas é a menor em três anos e meio e desacelerou pelo quinto mês consecutivo — em julho, a leitura foi de 111 mil (revisada de 122 mil). Já o crescimento salarial ficou estável.

EUA: ‘movimentação frustrante no mercado de aço’

Tudo indica que o presidente dos EUA, Joe Biden, está prestes a bloquear a aquisição da US Steel pela japonesa Nippon Steel — uma transação avaliada em US$ 14,1 bilhões, alegando preocupações relacionadas à segurança nacional.

Para Matheus Spiess, estrategista da Empiricus Research, no entanto, essa justificativa poderá enfrentar questionamentos legais, já que a invocação de segurança nacional nesse contexto pode ser difícil de sustentar.

O acordo proposto está sob análise do Comitê de Investimento Estrangeiro nos EUA e Biden pretende vetá-lo assim que a decisão chegar à sua mesa.

“Como resultado, as ações da US Steel sofreram uma queda significativa, impactando negativamente o setor siderúrgico como um todo”, aponta.

A fusão enfrenta oposição de diversos lados, incluindo candidatos presidenciais e o sindicato United Steelworkers, em meio a temores de fechamento de fábricas e a possibilidade de que a empresa perca sua sede em Pittsburgh.

Outro fator importante nesse contexto é o cenário eleitoral. Kamala Harris também se posicionou contra o acordo. “A justificativa de segurança nacional parece não ter muito fundamento, uma vez que o Japão é um dos aliados mais próximos dos EUA.”

Além disso, a Nippon Steel não apenas fez uma oferta de US$ 55 por ação, como também se comprometeu a investir US$ 2,7 bilhões para melhorar as operações da US Steel no país. Para Spiess, isso sugere que a verdadeira motivação por trás da decisão de Biden pode ser política, embora essa estratégia pareça mal calculada.

A US Steel deverá gerar cerca de US$ 1,7 bilhão em fluxo de caixa livre entre 2025 e 2026 e, sem o investimento adicional de US$ 2,7 bilhões, “o fechamento de fábricas seria quase certo.”

“A decisão, portanto, pode acabar sendo um autêntico tiro no pé”, finaliza o analista.

BlackRock vende ações da Usiminas (USIM5)

BlackRock diminuiu participação acionária na Usiminas (USIM5) para 4,8%, mostra documento enviado ao mercado na quarta-feira (4).

Segundo o comunicado, com a redução, a gestora passará a deter 26,7 milhões de papéis preferenciais classe A e mais 1,5 milhão de ações ordinárias.

Como de praxe nesses documentos, a BlackRock informou que o objetivo das participações societárias acima mencionadas é estritamente de investimento, não objetivando alteração do controle acionário ou da estrutura administrativa da companhia.

Nvidia recebe intimação do Departamento de Justiça dos EUA

A semana já havia começado mal para a Nvidia (NVDC34), mas piorou ainda mais na quarta-feira (4), quando o Departamento de Justiça dos EUA emitiu uma intimação à fabricante de chips como parte de uma investigação sobre o possível abuso de sua posição dominante no mercado.

A Nvidia negou ter recebido uma intimação formal, embora, mesmo que o termo técnico utilizado não tenha sido esse, a empresa foi de fato solicitada a responder a questionamentos sobre possíveis violações de leis antitruste.

No caso, a investigação está focada em coletar informações que possam esclarecer se a aquisição da empresa de software RunAI pela Nvidia foi conduzida conforme as normas concorrenciais, além de apurar se a gigante do mercado concede tratamento preferencial a clientes que adquirem maiores volumes de seus produtos.

Spiess, da Empiricus, aponta que essa notícia chega logo após um impacto significativo no setor de semicondutores, ocorrido na terça-feira, quando a capitalização de mercado da Nvidia sofreu uma perda de US$ 279 bilhões (equivalente a 9,5%) — representando a maior queda em um único dia na história das ações da empresa.

“Essa queda afetou todo o setor de tecnologia, e a Nvidia ainda não conseguiu se recuperar plenamente desse golpe”, pondera.

Além disso, o analista informa que a investigação do Departamento de Justiça tem o potencial de causar danos não apenas à Nvidia, mas também de abalar todo o setor de tecnologia e semicondutores, gerando incertezas sobre o futuro das práticas de mercado e aumentando a pressão sobre as grandes empresas dessa indústria.

BlackRock se desfaz de ações da Azul; companhia presta contas à CVM sobre projeção de receita e faturamento

A BlackRock reduziu a participação acionária na Azul (AZUL4), segundo comunicado na quarta-feira (4).

Em 30 de agosto, a posição da maior gestora do mundo na companhia aérea passou a ser de 14.841.071 ações preferenciais e 331.819 American Depositary Receipts (ADRs), representativos de 995.457 papéis preferenciais.

No total, a BlackRock detém 15.836.528 ações, que representam aproximadamente 4,716% do total. Além disso, ela possui 590.354 instrumentos financeiros derivativos referenciados em papéis preferenciais com liquidação financeira, equivalentes a 0,175% do total.

Além disso, a Azul foi novamente à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) prestar esclarecimentos sobre notícias que circulam na mídia, envolvendo as especulações sobre uma eventual recuperação judicial da companhia aérea.

*Com informações de Reuters

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Estudante de jornalismo na Universidade São Judas Tadeu, tem habilidades em edição de imagens e vídeos além da paixão pelo meio de comunicações. Estuda inglês e está em busca da fluência.
vitoria.pitanga@moneytimes.com.br
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