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Ibovespa (IBOV) cai aos 125 mil pontos, digerindo ata do Copom; 5 coisas para saber ao investir hoje (4)

04 fev 2025, 10:13 - atualizado em 04 fev 2025, 11:45
ibovespa queda
Ibovespa abre em queda nesta terça-feira, 4 (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta terça-feira (4) em queda. O principal índice da bolsa brasileira desacelerava 0,19%, aos 125.726,41 pontos, por volta de 10h06 (horário de Brasília).



O dólar à vista rondava a estabilidade ante o real nas primeiras negociações desta terça, à medida que os investidores avaliavam o conflito comercial entre Estados Unidos e China e a divulgação da ata da mais recente reunião de política monetária do Banco Central.

Do lado internacional, o mercado repercute a trapalhada que foi o ‘tarifaço’ de Donald Trump. No sábado, o governo americano confirmou as tarifas de 25% para produtos do Canadá México, além da taxa de 10% de importados da China.

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5 assuntos para saber ao investir no Ibovespa nesta terça (4)

1 – Alta de 1 p.p. na Selic é ‘apropriada’ ao câmbio depreciado, inflação alta e piora de expectativas

Os diretores do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, dizem que a indicação de mais uma alta de 1 ponto percentual (p.p.) na Selic na próxima reunião é “apropriada” ao cenário atual, assim como a decisão de seguir o guidance em janeiro.

O Comitê elevou, em unanimidade, os juros de 12,25% para 13,25% ao ano na semana passada — o maior patamar desde setembro de 2023. Além disso, indicou que pode aumentar a taxa para 14,25% em março.

“O cenário mais recente é marcado por desancoragem adicional das expectativas de inflação, elevação das projeções de inflação, resiliência na atividade econômica e pressões no mercado de trabalho, o que exige uma política monetária mais contracionista”, afirmam na ata sobre a última reunião do Copom.

2 – ‘Tarifaço’ de Trump: ‘Olha a cobra! É mentira!’

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, optou por postergar mais uma vez a imposição de tarifas agressivas sobre produtos mexicanos e canadenses.

Matheus Spiess, analista da Empiricus Research, aponta que esta é, na verdade, a terceira vez que essa medida é adiada desde o início de seu segundo mandato — o que reduz parte do peso da ameaça e reforça a percepção de que as tarifas vêm sendo usadas como ferramenta de barganha política e econômica.

“Esse adiamento teve um impacto imediato nos mercados globais. As bolsas asiáticas encerraram o dia em alta, revertendo as perdas da sessão anterior, quando o anúncio do ‘tarifaço’ de Trump no sábado provocou quedas expressivas nos mercados”, diz. “No entanto, as tarifas sobre a China foram mantidas, criando um cenário de reações distintas entre os parceiros comerciais dos EUA. Afinal, o gigante asiático adotou uma postura de retaliação, sinalizando que não aceitará pressões unilaterais, diferente do México e do Canadá”.

O analista ainda destaca que o mercado agora aguarda uma possível conversa entre Trump e Xi Jinping, porém, num tom muito diferente do adotado com os vizinhos americanos.

3 – Movida (MOVI3): CVM aprova cancelamento do registro de companhia aberta da Movida Locação

Movida (MOVI3) obteve aprovação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para o cancelamento do registro de companhia aberta da sua subsidiária Movida Locação, mostra comunicado enviado ao mercado.

O cancelamento acompanha a proposta de reorganização societária da companhia que resultará na cisão parcial da subsidiária pela Movida Participações, conforme anunciado em novembro de 2024. A cisão parcial não terá impacto direto para os acionistas da Movida Participações, uma vez que não haverá diluição de participação no capital social da companhia.

4 – Petrobras (PETR4): Produção cai 10% no 4T24

A produção total própria de óleo e gás natural da Petrobras (PETR4) no quarto trimestre alcançou 2.628 milhões barris por dia (Mboed), queda de 10,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, mostra documento. Em 2024, foram produzidos 2.698 Mboed, redução de 3% ante 2023.

Também houve queda de 3,4% em relação ao terceiro trimestre. Segundo a petroleira, o número é explicado pelo maior volume de paradas para manutenção no campo de Búzios, parcialmente compensadas pelo topo de produção do FPSO Sepetiba e pelo início de produção dos FPSOs Maria Quitéria e Marechal Duque de Caxias.

5 – Azul (AZUL4): Fitch eleva a classificação de risco para “CCC” após rebaixar para “RD”

Fitch Rating fez dois ajustes simultâneos na classificação da Azul (AZUL4). Segundo o comunicado enviado ao mercado, a agência rebaixou a nota de crédito global de “C” para “RD”, após a conclusão da oferta de troca de dívida. Simultaneamente, a nota foi elevada para “CCC”, refletindo o perfil de risco da empresa após a reestruturação.

A Fitch destaca que a perspectiva positiva reflete as expectativas de que o perfil de crédito da Azul deve continuar a se fortalecer no curto e médio prazo, devido às melhorias contínuas no fluxo de caixa e aos potenciais eventos de liquidez como parte de seu plano de reestruturação.

A Azul concluiu, no final de janeiro, a reestruturação de suas obrigações financeiras, abrangendo acordos com detentores de títulos, arrendadores e fabricantes. A companhia também liquidou a emissão de US$ 525 milhões em Notas Superprioritárias, com vencimento em 2030.

*Com informações de Reuters

Estagiária
Estudante de jornalismo na Universidade São Judas Tadeu, tem habilidades em edição de imagens e vídeos além da paixão pelo meio de comunicações. Estuda inglês e está em busca da fluência.
vitoria.pitanga@moneytimes.com.br
Estudante de jornalismo na Universidade São Judas Tadeu, tem habilidades em edição de imagens e vídeos além da paixão pelo meio de comunicações. Estuda inglês e está em busca da fluência.