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Ibovespa (IBOV) perde os 126 mil pontos, digerindo as apostas de inflação acima dos 5,50% e tarifas de Trump; 5 coisas para saber ao investir hoje (3)

03 fev 2025, 10:16 - atualizado em 03 fev 2025, 10:16
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Ibovespa abre em queda nesta segunda-feira, 3 (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta segunda-feira (3) em queda. O principal índice da bolsa brasileira desacelerava 0,31%, aos 125.741,12 pontos, por volta de 10h05 (horário de Brasília).



O dólar à vista subia ante o real nas primeiras negociações desta segunda, em linha com outros mercados emergentes, à medida que os investidores demonstravam temores de uma guerra comercial após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impor tarifas no fim de semana sobre Canadá, México e China.

Por aqui, o mercado nacional repercute a postura protecionista americana e deve ter dificuldade para escapar da onda negativa das bolsas internacionais.

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5 assuntos para saber ao investir no Ibovespa nesta segunda (3)

1 – Economistas cessam ajustes na Selic após 1º Copom de 2025, mas elevam inflação acima dos 5,50%

As apostas para a inflação de 2025 foram elevadas de 5,50% para 5,51% no Boletim Focus desta segunda-feira (3). Trata-se da 16ª alta consecutiva na projeção.

A primeira leitura do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano sai na próxima terça-feira (11). A projeção dos economistas consultados pelo BC é de uma alta de 0,13% em janeiro. Para 2026, 2027 e 2028, as expectativas para a inflação brasileira são de 4,28%, 3,90% e 3,74%, respectivamente.

Em relação à Selic, os economistas mantiveram as projeções para 2025 em 15%.

2 – ‘O primeiro impacto’

Nos EUA, o mercado acionário parecia encaminhado para encerrar a sexta-feira (31) em alta e registrar a terceira semana consecutiva de ganhos, até que um dos temas mais temidos pelos investidores interrompeu o rali: tarifas comerciais.

Matheus Spiess, analista da Empiricus Research, destaca que no meio da tarde, a Casa Branca desmentiu rumores sobre um possível adiamento e confirmou que uma tarifa de 25% será aplicada a produtos do México e do Canadá a partir de amanhã (4), enquanto a China enfrentará uma tarifa de 10%.

A confirmação veio no domingo, reforçando o tom protecionista do governo Trump. Com isso, a aversão ao risco, que já havia surgido no final da semana passada, retorna com força no início desta semana.

“O tom agressivo da política comercial dos EUA reacende o temor de uma possível aceleração inflacionária, tornando o cenário ainda mais desafiador para o Federal Reserve, que pode ser forçado a manter os juros inalterados por mais tempo enquanto monitora os efeitos iniciais das novas tarifas sobre a economia”, diz. “Esse ambiente contribui para a valorização do dólar no curto prazo, enquanto o mercado de ações enfrenta pressão negativa diante da incerteza crescente”.

3 – Natura&Co (NTCO3): Acionista fundador reduz participação na companhia em 3% com doação à família

O acionista fundador do grupo Natura&Co (NTCO3), Guilherme Leal, reduziu sua participação na companhia de 7,166% para 4,166% por meio da doação de ações de sua propriedade a seus filhos, conforme comunicado ao mercado nesta sexta-feira.

Segundo a carta do acionista anexada ao documento, o movimento estabelece que seus três filhos passem a deter, cada um, 1% das ações da companhia.

A Natura&Co já havia informado em dezembro do ano passado que outro acionista fundador do grupo, Antonio Luiz Seabra, também reduziu sua fatia, de 14,36% para 4,79%, passando os papéis para esposa e filhos.

4 – S&P eleva classificação da Azul (AZUL4) para ‘CCC+’ após reestruturação de dívida

A agência S&P Global Ratings elevou a classificação de risco da Azul (AZUL4) de SD (selective default) para “CCC+” com perspectiva positiva.

Segundo a S&P, a atualização reflete a reestruturação bem-sucedida da dívida da companhia aérea e uma estrutura de capital “melhor”.

A agência destaca que a Azul melhorou sua liquidez e reduziu a dívida, após a troca da dívida, renegociação de passivos de arrendamento e emissão de notas superprioritárias. Ainda assim, pontua que o fluxo de caixa pode ser ameaçado pela volatilidade macroeconômica.

5 – Inflação da Zona do Euro acelera em janeiro com preços de energia

inflação da zona do euro acelerou ligeiramente no mês passado, mas permaneceu em uma trajetória prevista que poderia permitir que o Banco Central Europeu reduza ainda mais as taxas de juros, possivelmente já em março.

O BCE reduziu os custos dos empréstimos no mês passado pela quarta vez consecutiva e deu a entender que poderia afrouxar ainda mais a política monetária uma vez que a inflação pode estar de volta à sua meta de 2% até meados do ano, o crescimento econômico está anêmico e uma guerra comercial com os EUA é uma possibilidade clara.

A inflação dos preços ao consumidor nas 20 nações que compartilham o euro acelerou para 2,5% em janeiro em uma base anual, de 2,4% em dezembro, informou a Eurostat na segunda-feira, um pouco acima das expectativas de uma pesquisa da Reuters com economistas, uma vez que os custos de energia acentuadamente mais altos aumentaram as pressões dos preços.

*Com informações de Reuters

Estagiária
Estudante de jornalismo na Universidade São Judas Tadeu, tem habilidades em edição de imagens e vídeos além da paixão pelo meio de comunicações. Estuda inglês e está em busca da fluência.
vitoria.pitanga@moneytimes.com.br
Estudante de jornalismo na Universidade São Judas Tadeu, tem habilidades em edição de imagens e vídeos além da paixão pelo meio de comunicações. Estuda inglês e está em busca da fluência.