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Ibovespa (IBOV) dispara 1%, com rating da Moody’s no radar; 5 coisas para saber ao investir hoje (2)

02 out 2024, 10:09 - atualizado em 02 out 2024, 11:03
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Ibovespa abre alta nesta quarta-feira, 02 (Imagem: Money Times)

O Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta quarta-feira (2) em alta. O principal índice da bolsa brasileira subia 0,72%, a 133.445 pontos, por volta de 10h05.



O dólar à vista recuava frente ao real nas primeiras negociações desta quarta, à medida que investidores ainda digeriam a melhora na nota de crédito do Brasil pela Moody’s e o aumento das tensões geopolíticas no Oriente Médio.

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5 assuntos para saber ao investir no Ibovespa nesta quarta (2)

‘Isso diz mais sobre as agências de rating do que sobre o Brasil’

Por aqui, os investidores foram surpreendidos na noite de ontem (1) com uma notícia inesperada: a agência de classificação de risco Moody’s desafiou o pessimismo generalizado do mercado em relação à situação fiscal do país e elevou a nota de risco soberano de “Ba2” para “Ba1”, mantendo a perspectiva positiva.

Segundo Matheus Spiess, analista da Empiricus Research, isso indica que o Brasil pode receber um novo upgrade nos próximos 12 a 18 meses, caso continue no rumo atual.

“Com essa decisão, o país se aproxima do tão cobiçado grau de investimento, estando agora a apenas um nível de alcançá-lo. A justificativa da Moody’s se baseia, principalmente, no crescimento econômico sustentado desde 2021, na melhoria material do crédito e no fortalecimento da balança comercial”, aponta. “No entanto, a agência classificou a credibilidade do novo arcabouço fiscal como “moderada”.

Para o analista, embora a decisão da Moody’s pareça um alívio para o mercado, ele considera uma avaliação controversa. “Ela reflete mais sobre o funcionamento das agências de rating do que propriamente sobre o cenário brasileiro”, pondera.

Isso porque, desde a crise de 2008, essas agências enfrentam questionamentos em relação à sua credibilidade, e são frequentemente criticadas por serem “lagging indicators” (indicadores tardios), que reagem a eventos já passados.

“Como essa elevação na nota ocorre em um momento em que há sinais claros de deterioração nas contas públicas, a decisão é ainda mais surpreendente. E o déficit nominal de mais de 9% piorando? E as medidas heterodoxas parafiscais?”, pontua.

Independentemente das ressalvas, Spiess afirma que a notícia deve provocar uma reação positiva no mercado local, com a possibilidade de uma redução dos prêmios na curva de juros e maior interesse por parte dos investidores estrangeiros.

“Em outras palavras, espera-se que o mercado reaja de forma otimista, antecipando novos upgrades que podem surgir no futuro. No entanto, é importante lembrar que a elevação da nota de crédito não altera a percepção de risco fiscal, já que o governo ainda enfrenta desafios significativos até o final do ano”, diz.

Contudo, Spiess ressalta que as decisões impopulares, como cortes de gastos, provavelmente serão adiadas para depois das eleições municipais.

Preços do petróleo avançam após Irã lançar mísseis contra Israel

Os preços do petróleo avançam nesta quarta-feira (2) com o aumento da tensão no Oriente Médio, após o Irã disparou mísseis contra Israel. Embora parte dos mísseis tenha sido interceptada pelo sistema aérea de defesa israelense, há relatos de feridos pelos estilhaços.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que o Irã cometeu “um erro grave” ao atacar o país e prometeu retaliação.

“Quem nos atacar, nós os atacaremos [de volta]. Isso é verdade em todas as regiões em que lutamos contra o eixo do mal e é a verdade para o Irã também”, disse Netanyahu, segundo informações da agência de notícias Al Jazeera.

Um conflito na região pode atrapalhar a oferta de petróleo para o mundo. Com isso, por volta das 8h20, o petróleo tipo Brent, que é referência internacional, subia 3,29%, a US$ 75,98 o barril; já o WTI, que é referência nos Estados Unidos, avança 3,65%, a US$ 72,39 o barril.

Também está no radar do mercado as divulgações de dados oficiais de estoque da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep+) e dos Estados Unidos.

Eneva (ENEV3) anuncia follow-on de até R$ 4,2 bilhões

Eneva (ENEV3) protocolou na noite de terça-feira (1) um pedido de registro de oferta subsequente de ações ordinárias (também conhecido como “follow on”) de, inicialmente, 228.571.429 ações ordinárias.

No total, o montante contabiliza até R$ 4,2 bilhões, sendo que os papéis serão ofertados a R$ 14 por ação — onde o preço de emissão por ação será fixado após a conclusão do procedimento de coleta de intenções de investimento.

Conforme anunciado em julho, a oferta visa financiar projetos de geração de energia, exploração de gás natural e possíveis atividades de fusões e aquisições.

A demanda para os papéis na operação já está garantida, já que a Partners Alpha, veículo de investimento de sócios do BTG que já possui uma participação de 15% na Eneva, assumiu o compromisso de investir na oferta.

Sabesp (SBSP3) elege novos CFO e presidente do conselho e atualiza composição da diretoria

Sabesp (SBSP3) anunciou duas mudanças em sua administração. Os conselheiros aprovaram na terça-feira (02) a eleição de Alexandre Gonçalves Silva como presidente do conselho e de Daniel Szlak como novo diretor financeiro e de relações com investidores.

Silva assumirá o cargo na companhia de saneamento após encerrar as atribuições como presidente do conselho de administração da Embraer (EMBR3), o que deve ocorrer até a próxima assembleia geral ordinária (AGO).

Já Szlak, ex-CFO da fornecedora de energia térmica Combio, passará a ocupar o cargo de diretor financeiro a partir desta quarta-feira (2).

Cury (CURY3) anuncia pagamento de R$ 100 milhões em dividendos

Cury (CURY3) anunciou nesta quarta-feira (02) que seu conselho de administração aprovou a distribuição de dividendos intermediários no valor total de R$ 100 milhões. O montante corresponde a R$ 0,3449652297 por ação ordinária.

O pagamento dos proventos será realizado no dia 31 de outubro deste ano e será referente ao lastro das reservas de lucro existente com base nas informações financeiras trimestrais da companhia referentes ao período findo em 30 de junho de 2024.

Terão direito aos dividendos aqueles que tiverem ações da companhia no dia 4 de outubro. Assim, as ações passarão a ser negociadas “ex-dividendos” a partir de 7 de outubro de 2024.

*Com informações de Reuters

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Estagiária
Estudante de jornalismo na Universidade São Judas Tadeu, tem habilidades em edição de imagens e vídeos além da paixão pelo meio de comunicações. Estuda inglês e está em busca da fluência.
vitoria.pitanga@moneytimes.com.br
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