Ibovespa (IBOV) dispara com juros dos EUA e balanços no radar: 5 coisas para saber antes de investir hoje (2)
O Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta quinta-feira (2) em disparada, avançando 1,03%, a 127.222 pontos, por volta das 10h12. No último pregão, antes do feriado, o índice encerrou o dia em queda de 1,12%, a 125.929 pontos e se despediu de abril no vermelho, com queda de 1,70%.
Para hoje, o IBOV digere a decisão do Federal Reserve e discurso de Jerome Powell, além do resultado do primeiro trimestre de 2024 (1T24) de grandes empresas, como Bradesco (BBDC4).
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O dólar caía acentuadamente nesta quinta, em linha com o apetite por risco internacional após o Federal Reserve ter reforçado a visão de que cortará juros este ano, enquanto, no Brasil, a Moody’s elevou a perspectiva para o país.
Day Trade:
- Azul (AZUL4), CSN (CSNA3) e mais 5 ações para vender hoje (2) e buscar até 3,4%
- Weg (WEGE3), Petrobras (PETR4) e outras ações para comprar no 1º pregão de maio e buscar até 3,2%
Radar do Mercado:
5 assuntos que podem mexer com o Ibovespa nesta quinta (2)
Investidores digerem falas menos pessimistas de Powell
Ontem, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, trouxe um pouco de alívio para o mercado após um discurso menos hawkish do que o esperado.
O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) manteve a taxa de juros entre 5,25% e 5,50% pela sexta reunião consecutiva e Powell fez questão de lembrar que a inflação ainda está alta, longe da meta de 2%.
Mas o que animou os investidores foi a sinalização de que novas altas não estão previstas “neste momento” e o fato de Powell não descartar a possibilidade de um corte de juros ainda neste ano. No entanto, para dar início ao afrouxamento monetário, ele lembra que é preciso que a desaceleração da inflação ganhe força ou que o mercado de trabalho enfraqueça.
Segundo a ferramenta CME FedWatch Tool, as apostas de início do afrouxamento monetário estão voltando para setembro, após se concentrarem entre novembro e dezembro, ontem antes da decisão do Fed.
O analista da Empiricus Research, Matheus Spiess, aponta como destaque positivo o anúncio de uma desaceleração, a partir de junho, no ritmo de redução do balanço do Fed, um movimento menos restritivo que alivia as pressões do cenário de juros elevados por um período prolongado.
“Hoje, os mercados internacionais devem assimilar melhor os desenvolvimentos de ontem, enquanto também aguardamos o relatório de perspectivas econômicas da OCDE”, pondera.
Moody’s reafirma rating Ba2 do Brasil e altera perspectiva para “positiva”
A Moody’s reafirmou nesta quarta-feira a classificação de risco de crédito do Brasil em Ba2 e alterou a perspectiva do país de “estável” para “positiva”, conforme comunicado da agência de rating.
No texto, a agência avaliou que as perspectivas de crescimento real (descontada a inflação) do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil são mais robustas do que nos anos pré-pandemia, “apoiadas pela implementação de reformas estruturais em múltiplas administrações, bem como pela presença de barreiras de proteção institucionais que reduzem a incerteza em torno da direção política futura”.
Conforme a Moody’s, a alteração da perspectiva para “positiva” é sustentada pela avaliação de que “um crescimento mais robusto, combinado com um progresso contínuo, embora gradual, em direção à consolidação fiscal, pode permitir a estabilização do peso da dívida do Brasil”.
No entanto, a agência pontuou que existem riscos para a execução, por parte do governo, da consolidação do orçamento.
Para Spiess, a mudança de perspectiva deixou muitos questionamentos no ar.
“A parte relacionada à consolidação fiscal parece desconectada da realidade atual, uma vez que estamos enfrentando uma erosão preocupante da credibilidade fiscal. É essencial que o governo apresente um plano crível para reorganizar as contas públicas e restaurar a confiança dos investidores”, pondera.
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Weg (WEGE3): Lucro soma R$ 1,327 bilhão no 1T24; veja os dados
A Weg (WEGE3) registrou lucro líquido de R$ 1,327 bilhão no primeiro trimestre de 2024 (1T24), mostra o balanço divulgado nesta quinta-feira (2).
O valor representa uma baixa de 23,9% em relação ao quarto trimestre de 2023 (4T23), mas alta de 1,6% sob o mesmo período no ano passado.
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A Receita Operacional Líquida (ROL) foi de R$ 8,033 bilhões, alta anual de 4,4%. A margem líquida atingiu 16,5%, 0,5 ponto percentual inferior ao 1T23 e 3,9 pontos percentuais inferior ao 4T23.
O Ebitda bateu R$ 1,769 bilhão, 4,8% superior ao mesmo período do ano passado. Segundo a companhia, a margem Ebitda atingiu 22%, 0,1 ponto percentual maior do que um ano antes.
Bradesco (BBDC4) reporta queda de R$ 4,211 bilhões no lucro do 1T24, mas supera projeções
O Bradesco (BBDC4) registrou lucro líquido recorrente de R$ 4,211 bilhões no primeiro trimestre de 2024 (1T24), de acordo com o balanço divulgado nesta quinta-feira (2).
O valor representa uma baixa de 1,6% em relação ao mesmo período de 2023, quando o segundo maior banco privado do Brasil registrou ganhos de R$ 4,280 bilhões. Em relação ao quarto trimestre do ano passado, a companhia apresentou uma alta de 46,3%.
Vale (VALE3) começa busca por novo CEO
O analista Fernando Siqueira, da Guide Investimentos, avalia o anúncio da Vale (VALE3) de que iniciou a busca por um novo CEO como neutro, tendo em vista que se trata de um movimento esperado e o processo segue o mesmo utilizado anteriormente.
“O maior risco segue sendo a interferência do governo no processo, o que até agora parece bem limitado a alguns ruídos na imprensa”, avalia.
O atual CEO, Eduardo Bartolomeo, continua no comando da companhia até o final de 2024 e por alguns meses em 2025 como consultor visando facilitar a transição.
*Com Reuters