Mercados

Ibovespa (IBOV) acompanha aversão ao risco do exterior à espera de falas de Lula e Campos Neto: 5 coisas para saber ao investir hoje (24)

24 jul 2024, 10:12 - atualizado em 24 jul 2024, 10:12
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Ibovespa abriu pregão em alta, apesar de volátil, digerindo falas de Lula em entrevista nesta manhã (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

Nesta quarta-feira (23), o Ibovespa (IBOV) acompanha o tom negativo do exterior em meio à temporada de balanços. 

O principal índice da bolsa brasileira abriu com leve baixa de 0,02%, a 126.568,33 pontos, por volta de 10h08. 



O dólar à vista (USDBRL) abriu a sessão de hoje em alta a R$ 5,6049 (+0,33%), na contramão do desempenho da moeda no exterior. 

No cenário doméstico, os investidores repercutem os resultados do segundo trimestre, com destaque para Santander (SANB11).

As atenções também ficam divididas com falas do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O mercado também acompanha o encontro do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com a secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen.

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5 assuntos para saber antes de investir no Ibovespa nesta quarta (24)

Balanço do Santander 

Santander (SANB11) deu o pontapé inicial dos resultados dos bancões com lucro líquido ajustado de R$ 3,3 bilhões no segundo trimestre de 2024, alta de 44,3% em relação ao mesmo período do ano passado.

A cifra ficou pouco acima do esperado pelo consenso reunido pela Bloomberg, que aguardava lucro de R$ 3,2 bilhões.

A receita líquida de juros (NII) subiu 10,6%, para 14,75 bilhões de reais. O retorno sobre o patrimônio líquido médio, um importante indicador de lucratividade, atingiu 15,5%, um aumento de 4,3 pontos percentuais.

Na avaliação da XP,  o Santander apresentou um trimestre sólido, mantendo uma recuperação consistente. “O desempenho positivo foi devido à combinação de um grande aumento nas receitas de tarifas, que compensou parcialmente o NII mais suave, com uma provisão ligeiramente menor e uma alíquota efetiva de de imposto de renda ainda deprimida”, escreveram os analistas Bernardo Guttmann, Matheus Guimarães e Rafael Nobre.

O Santander Brasil foi o primeiro grande banco que atua no país a publicar resultados trimestrais, dando o tom para os próximos  balanços dos rivais Itaú Unibanco e Bradesco.

Resultados das Big Techs

Dois integrantes do grupo chamado “Sete Magníficas” divulgaram os resultados do segundo trimestre.

A Tesla registrou sua pior margem de lucro em mais de cinco anos, abaixo das estimativas de Wall Street para o segundo trimestre. O resultado deve-se a estratégia da fabricante de veículos elétricos em cortar preços para reaquecer a demanda e gastar mais com projetos de inteligência artificial.

As vendas de veículos elétricos da Tesla caíram por dois trimestres consecutivos, uma vez que a falta de novos modelos acessíveis faz com que os compradores procurem fabricantes de veículos elétricos rivais.

A empresa de Elon Musk disse que caminha para produzir novos veículos, inclusive modelos mais acessíveis, no primeiro semestre de 2025, embora eles resultem em uma redução de custos menor do que o esperado. As ações da Tesla recuaram mais de 8% hoje no pré-mercado.

O balanço de Alphabet, dona do Google, também divulgou resultados. A companhia reportou uma receita superior às estimativas para o segundo trimestre, impulsionada por um aumento nas vendas de publicidade digital e pela demanda saudável por seus serviços de computação em nuvem.

Contudo, as ações da companhia caíram mais de 3% nas negociações pré-mercado nesta quarta-feira (24), depois que a empresa controladora do Google sinalizou investimentos mais altos devido ao aquecimento da concorrência nas áreas de busca e computação em nuvem.

Mudança no alto escalão da Ambipar

A Ambipar (AMBP3) informou que seu conselho de administração aprovou João Daniel Piran de Arruda como novo diretor financeiro (CFO) da companhia, em substituição a Thiago da Costa Silva, que passará a ocupar o cargo de diretor de integração e finanças.

Arruda, que é ex-executivo do Bank of America, assume o cargo a partir de 5 de agosto.

Nas últimas semanas, a Ambipar tem chamado atenção do mercado pela alta volatilidade nas ações.

Apenas em julho, os papéis da companhia acumulam alta de mais de 150%, em um movimento de ganhos iniciado no último dia 11 após o acionista Tércio Borlenghi Junior, que também é CEO da companhia, aumentar a participação para 73,13% do capital da companhia.

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Detalhamento do contingenciamento de R$ 15 bilhões 

Os investidores continuam na expectativa pelos detalhes do contingenciamento de R$ 15 bilhões no Orçamento deste ano.

Ontem (23), a ministra do Planejamento, Simone Tebet, afirmou que a equipe econômica fará uma coletiva de imprensa na próxima semana para detalhar cortes de gastos nos orçamentos de 2024 e 2025 gerados a partir da revisão de programas do governo. A expectativa é de que aconteça na próxima terça-feira (30).

Em entrevista a jornalistas no Rio de Janeiro, Tebet afirmou que o detalhamento englobará cortes de R$ 9 bilhões nas despesas da Previdência Social e do Proagro, um seguro rural para pequenos e médios produtores.

A ministra ressaltou que parte das medidas de revisão de despesas não precisa passar pelo Congresso, como decretos e portarias, mas também haverá casos que dependem de análise do Legislativo.

Juros no Japão

O Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) provavelmente deve debater sobre um aumento nas taxas de juros na próxima semana. A expectativa é de que a autoridade monetária revele um plano para reduzir aproximadamente pela metade as compras de títulos nos próximos anos, sinalizando sua determinação de diminuir gradualmente seu enorme estímulo monetário, segundo fontes à Reuters.

A decisão sobre a taxa dependerá de quanto tempo os membros do conselho do BoJ preferem esperar para saber se o consumo se recuperará e manterá a inflação estável em torno da meta de 2%.

O presidente do Banco do Japão, Kazuo Ueda, disse recentemente que o banco central japonês aumentará as taxas se estiver convencido de que o sólido crescimento econômico e salarial manterá a inflação em torno de 2% nos próximos anos, conforme projetado.

Hoje, o iene ganha força ante o dólar — o que pode pressionar moedas emergentes, como o real.

*Com informações de Reuters 

Jornalista formada pela PUC-SP. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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