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Ibovespa (IBOV) deve retomar alta com China e relatório sobre cortes nos gastos: 5 coisas para saber antes de investir hoje (22)

22 jul 2024, 10:16 - atualizado em 22 jul 2024, 10:16
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Ibovespa abriu pregão em alta, apesar de volátil, digerindo falas de Lula em entrevista nesta manhã (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

Nesta segunda-feira (22), o Ibovespa (IBOV) opera em alta com a expectativa de cortes nos gastos públicos e recuperação dos índices de Wall Street, em meio ao recuo das commodities.

O principal índice da bolsa brasileira abriu com leve alta de 0,08%, a 127.751,34 pontos, por volta de 10h08. 



O dólar à vista (USDBRL) abriu a sessão de hoje em queda a R$ 5,5924 (-0,21%) em sintonia com o desempenho da moeda no exterior. 

No cenário doméstico, os investidores aguardam o Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas com mais detalhes sobre a contenção de R$ 15 bilhões no Orçamento deste ano com o objetivo de cumprir as exigências do arcabouço fiscal.

O noticiário corporativo também fica no radar. Entre as empresas, Suzano (SUZB3) informou ontem (21) o início das operações da nova fábrica de produção de celulose no Mato Grosso do Sul (MS), denominado Projeto Cerrado. Carrefour (CRFB3) divulga hoje (22) o balanço do segundo trimestre após o fechamento dos mercados.

No exterior, o mercado reage à desistência do presidente Joe Biden da corrida eleitoral dos Estados Unidos e ao anúncio “surpresa” de corte de juros na China.

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Radar do Mercado:

5 assuntos para saber antes de investir no Ibovespa nesta segunda (22)

Contenção de R$ 15 bilhões 

Com a expectativa pelo detalhamento da contenção de R$ 15 bilhões no Orçamento deste ano com o objetivo de cumprir as exigências do arcabouço fiscal, o mercado acompanha a divulgação do 3º Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas às 15h30 (horário de Brasília).

A publicação do documento será acompanhada de coletiva de empresa com os secretários do Tesouro, Rogério Ceron; da Receita, Robinson Barreirinhas e do Orçamento Federal, Clayton Montes.

Na semana passada, o ministro da FazendaFernando Haddad, antecipou a informação após a reunião da Junta de Execução Orçamentária (JEO).

Segundo o chefe da pasta econômica, R$ 11,2 bilhões serão bloqueados para respeitar o limite de despesas públicas para este ano, por conta de um gasto acima do limite de 2,5% previsto pelo arcabouço.

Outros R$ 3,8 bilhões serão contingenciados para que a projeção de resultado primário do ano fique dentro da banda de tolerância da meta fiscal.

Mercado projeta inflação maior e dólar a R$ 5,30

Os economistas consultados pelo Banco Central elevaram as projeções para a inflação de 2024 de 4% para 4,05%, após corte na semana passada. Para 2025, a aposta segue em 3,90%, segundo o Relatório Focus divulgado nesta segunda-feira (22).

Apesar da alta, a inflação segue dentro do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) de 3%, com limite de 1,5 ponto percentual superior.

Já a projeção para o dólar subiu de R$ 5,22 para R$ 5,302 em 2024.

Suzano (SUZB3): Projeto Cerrado

A Suzano (SUZB3) iniciou a operação na fábrica de celulose de Ribas do Rio Pardo (MS). Segundo a companhia, a unidade é a maior linha única de produção da commodity do mundo, com capacidade para 2,55 milhões de toneladas por ano.

Com o início das operações da fábrica, que consumiu investimentos de  R$ 22,2 bilhões, a capacidade instalada de produção de celulose da Suzano sobe de 10,9 milhões para 13,5 milhões de toneladas anuais, um aumento de cerca de 24% na produção atual da companhia.

A fábrica será autossuficiente na produção de ácido sulfúrico, peróxido de hidrogênio e energia, com um excedente de aproximadamente 180 megawatts (MW) médios que atenderá os fornecedores satélites do complexo industrial, além de ser exportado para o Sistema Interligado Nacional, afirmou a Suzano.

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Surpresa da China 

A China surpreendeu os mercados ao cortar taxas de juros de curto e longo prazos nesta segunda-feira (22), sinalizando a intenção de impulsionar o crescimento da segunda maior economia do mundo poucos dias após uma reunião de liderança do Partido Comunista.

O Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) cortará a taxa de recompra reversa de sete dias de 1,8% para 1,7%, e também melhorará o mecanismo das operações de mercado aberto. Esse é o primeiro corte na taxa desde agosto de 2023.

O BC chinês também reduziu as taxas de empréstimo de referência pela mesma margem na fixação mensal. A taxa primária de empréstimo de um ano (LPR) foi reduzida de 3,45% para 3,35%, enquanto a LPR de cinco anos passou de 3,95% para 3,85%.

Os cortes na principal taxa de juros de curto prazo do banco central, em suas taxas de operações de mercado e nas taxas de empréstimo bancário de referência ocorreram depois que a China divulgou dados econômicos do segundo trimestre mais fracos do que o esperado na semana passada e que seus principais líderes se reuniram para uma plenária que ocorre aproximadamente a cada cinco anos.

Joe Biden desiste da corrida eleitoral 

Ontem (21), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou a desistência em concorrer a reeleição.

Em uma postagem no X (antigo Twitter), Biden disse que permanecerá em seu papel como presidente até o final de seu mandato em janeiro de 2025.

“Foi a maior honra da minha vida servir como seu presidente. E, embora tenha sido minha intenção buscar a reeleição, acredito que seja do melhor interesse do meu partido e do país que eu me afaste e me concentre apenas no cumprimento de meus deveres como presidente pelo restante do meu mandato”, escreveu o presidente norte-americano. 

Sua declaração inicial não havia incluído o endosso a Kamala Harris, atual vice-presidente, mas alguns minutos depois ele expressou seu apoio.  Kamala, 59, pode ser tornar a primeira mulher negra a concorrer à Presidência como cabeça da chapa por um grande partido na história do país.

Embora o nome de Harris ainda não tenha sido confirmado como a candidata pelo Partido Democrata, ela já arrecadou US$ 49,6 milhões para sua campanha presidencial em menos de um dia.

*Com informações de Reuters 

Jornalista formada pela PUC-SP. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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