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Ibovespa (IBOV) tenta retomar os 129 mil pontos com fiscal em foco e atenção à pane global: 5 coisas para saber antes de investir hoje (19)

19 jul 2024, 10:15 - atualizado em 19 jul 2024, 10:15
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Ibovespa abriu pregão em alta, apesar de volátil, digerindo falas de Lula em entrevista nesta manhã (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

Nesta sexta-feira (17), o Ibovespa (IBOV) opera em alta com a expectativa de cortes nos gastos públicos, em meio a repercussão da pane global e recuo das commodities.

Em primeiro lugar, a B3 opera normalmente. Em nota à imprensa, a dona da bolsa de valores informou que nenhum de seus serviços e plataformas de operação foi afetado pela falha técnica que atingiu diversos setores globalmente.

Com tudo dentro da normalidade, o principal índice da bolsa brasileira abriu com alta de 0,32%, a 129.061,49 pontos, por volta de 10h8. 



O dólar à vista (USDBRL) abriu a sessão de hoje em queda a R$ 5,5413 (-0,84%) na contramão do desempenho da moeda no exterior. 

No cenário doméstico, os investidores repercutem o anúncio de que o governo fará uma contenção de R$ 15 bilhões no Orçamento deste ano com o objetivo de cumprir as exigências do arcabouço fiscal.

O noticiário corporativo também deve chamar atenção. Além dos impactos da pane global, o mercado repercute a precificação das ofertas da Sabesp (SBSP3) e da ISA Cteep (TRPL4). A Cielo (CIEL3) já marcou uma data para sair da B3 e os frigoríficos devem firmar nova queda após o Ministério de Agricultura e Pecuária (Mapa) decretou emergência zoossanitária no Rio Grande do Sul por conta da doença de Newcastle

Day Trade:

Radar do Mercado:

5 assuntos para saber antes de investir no Ibovespa nesta sexta (19)

Pane global 

Uma atualização de software afetou sistemas de computadores em todo o mundo nesta sexta-feira (19), suspendendo voos, forçando algumas emissoras a sair do ar e afetando serviços bancários e de saúde.

A pane cibernética aconteceu um produto oferecido pela empresa global de segurança cibernética CrowdStrike pareceu ser o gatilho e afetou empresas de todo o mundo que usam o sistema operacional Windows, da Microsoft. O presidente-executivo da CrowdStrike, George Kurtz, afirmou que a falha não se tratou de um incidente de segurança ou ataque cibernético.

Importantes companhias aéreas dos Estados Unidos – American Airlines, Delta Airlines e United Airlines – suspenderam voos, enquanto outras transportadoras e aeroportos em todo o mundo relataram atrasos e interrupções. Europa e Ásia também foram afetados.

Traders de todos os mercados falaram de problemas na execução das transações.

No Brasil, os sistemas dos canais digitais do Bradesco apresentaram indisponibilidade nesta manhã. Em nota à imprensa, o banco afirmou que equipes estão atuando para regularização o mais breve possível. Os terminais de autoatendimento do banco seguem em funcionamento normal. Bancos Neon, Next e Pan também foram afetados.

Entre as empresas, Copel (CPLE3) afirmou que parte dos sistemas tiveram problemas durante a madrugada.

O Banco Central informou que seus sistemas estão funcionando normalmente, incluindo o Pix.

Corte de R$ 15 bilhões

O ministro da FazendaFernando Haddad, afirmou na quinta-feira (18) que o governo fará uma contenção de R$ 15 bilhões no Orçamento deste ano com o objetivo de cumprir as exigências do arcabouço fiscal. Ele falou com jornalistas após a reunião da Junta de Execução Orçamentária (JEO).

Segundo o chefe da pasta econômica, R$ 11,2 bilhões serão bloqueados para respeitar o limite de despesas públicas para este ano, por conta de um gasto acima do limite de 2,5% previsto pelo arcabouço. Outros R$ 3,8 bilhões serão contingenciados para que a projeção de resultado primário do ano fique dentro da banda de tolerância da meta fiscal.

Haddad disse que antecipou as informações para “evitar especulações”. Ele disse que o detalhamento do bloqueio e do contingenciamento será feito na próxima segunda-feira (22), na divulgação do Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas.

Oferta de Sabesp: a maior da história do saneamento

A Sabesp precificou na noite de quinta-feira (18) sua oferta de ações para fundos e pessoas físicas a R$ 67 cada, mesmo preço ofertado pela Equatorial ( para se tornar acionista de referência da companhia. A operação levantou R$ 14,8 bilhões.

Desse total, R$ 6,9 bilhões serão desembolsados pela Equatorial (EQTL3), que arrematou 15% do capital da empresa ao preço de R$ 67 por ação. O restante veio da oferta global, que atraiu 310 investidores institucionais.

O valor por papel representa um desconto de 18,3% em relação ao preço de fechamento das ações da companhia de saneamento básico do Estado de São Paulo.

Agora, o governo paulista pretende reduzir a participação do Estado na Sabesp dos atuais 50,3% para cerca de 18%.

A liquidação está marcada para segunda-feira (22), quando também serão revelados preço mínimo e cobertura mínima estabelecidos durante o processo de definição das condições para o follow-on.

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Oferta da Isa Cteep 

A ISA Cteep confirmou a precificação das ações que a Eletrobras (ELET3) detinha na empresa. O preço da oferta das ações da transmissora de energia ficou em R$ 23,50 por papel e a operação movimentou R$ 2,185 bilhões.

Na oferta secundária, a Eletrobras vendeu 93 milhões de ações da Cteep, incluindo um lote adicional ofertado. Com a transação, a ex-estatal se desfez de uma parcela relevante de suas ações na transmissora de energia, mas ainda permanece com cerca de 20% das ações preferenciais da empresa.

Por ser uma oferta secundária, a ISA Cteep não embolsará recursos com a transação. Tratam-se assim, de ações detidas pela Eletrobras, que no ano passado decidiu se desfazer da participação.

Adeus, B3: Cielo já tem data para deixar a bolsa 

A Cielo anunciou nesta quinta-feira (18) que os membros independentes de seu conselho de administração aprovaram por unanimidade parecer favorável à oferta pública de aquisição de ações (OPA) da companhia de meios de pagamento e a saída da empresa do Novo Mercado.

O edital e o laudo de avaliação da OPA destinada a fechar o capital da companhia foram publicados em 10 de julho e o leilão está agendado para 14 de agosto.

A OPA vai envolver 902,2 milhões de ações ordinárias pelo preço de R$ 5,60, ajustado pelo CDI. Ontem (18), a ação da Cielo encerrou R$ 5,74.

*Com informações de Reuters 

Jornalista formada pela PUC-SP. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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