Bula do Mercado

Ibovespa hoje: Volta do feriado nos EUA precede pausa no Brasil

06 set 2022, 8:01 - atualizado em 06 set 2022, 8:01
Ibovespa, Ações, Mercados, B3
Ibovespa deve ganhar fôlego extra com a volta do feriado nos Estados Unidos, mas pausa nacional amanhã tende a reduzir o ritmo dos negócios locais (Imagem: Diana Cheng/Money Times)

O Ibovespa deve ganhar fôlego extra nesta terça-feira (6), com a volta do feriado nos Estados Unidos embalando os mercados globais, a despeito da queda de quase 3% do petróleo tipo Brent. A crise de energia na Europa e a postura firme dos bancos centrais no combate à inflação continuam prejudicando os ativos de risco no exterior.

Porém, nesse ambiente, a bolsa brasileira tem tirado proveito. Afinal, enquanto os juros devem continuar subindo nos Estados Unidos e na Europa; aqui, o ciclo de alta da Selic está perto do fim, favorecendo as ações locais. E isso tem atraído o investidor estrangeiro, beneficiando, de quebra, o real, com a moeda brasileira relegando a força do dólar lá fora.

Ontem, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, pode até ter resgatado o debate sobre um novo aumento na taxa básica neste mês, para 14%. Contudo, a intenção dele parece ter sido mais de dirimir a visão de parte dos investidores de que um processo de queda dos juros possa começar mais cedo do que tarde. 

Ou seja, Campos Neto simplesmente alinhou o discurso local ao tom duro (“hawkish”) dos principais BCs globais, em especial do Federal Reserve. Portanto, a maioria dos banqueiros centrais em todo o mundo está firmemente determinada em enfrentar a maior ameaça de inflação desde a década de 1980. Nesse caso, recessões são aceitas como o menor dos dois males.

Ibovespa tem feriado e depois BCE 

Mas o trabalho tende a ser mais árduo para o Banco Central Europeu (BCE). O pacote fiscal que vem sendo anunciado por países da região para aliviar a pressão sobre a população dos preços elevados de energia tende, ao fim e ao cabo, a gerar uma nova onda inflacionária. 

O ultimato da Rússia, de que nenhum gás fluirá pelo Nord Stream 1 novamente, a menos que as sanções sejam retiradas, realça a incapacidade do BCE de influenciar o lado da oferta. E com os governos jogando contra a tentativa de destruição da demanda, o risco de uma recessão no velho continente é cada vez mais real. 

Aliás, o BCE anuncia a decisão sobre a taxa de juros na zona do euro logo na volta do feriado no Brasil, na quinta-feira. A pausa pelo Dia da Independência tende a diminuir o ritmo dos negócios já na tarde de hoje. Ainda assim, a quarta-feira merece atenção pelo lado político, já que a data antecede em 25 dias as eleições.

Portanto, o tempo para definir a corrida eleitoral está mais perto do fim. Mas, por ora, o mercado tem visto com bons olhos os números das pesquisas eleitorais. Divulgado ontem, levantamento do Ipec (ex-Ibope) mostrou estabilidade no cenário. O ex-presidente Lula lidera com 44% das intenções de votos, enquanto o presidente Jair Bolsonaro oscilou em baixa, para 31%. 

A seguir, veja o desempenho dos mercados financeiros por volta das 7h55:

EUA: o futuro do Dow Jones subia 0,72%; o do S&P 500 avançava 0,78%; e o do Nasdaq ganhava 0,84%;

Europa: o índice pan-europeu Stoxx 600 tinha alta de 0,77%; a bolsa de Frankfurt subia 1,20%; a de Londres avançava 0,26% e a de Paris crescia 0,63%.

Câmbio: o DXY tinha alta de 0,26%, a 109.81 pontos; o euro oscilava com +0,01%, a US$ 0,9933; a libra tinha alta de 0,47%, a US$ 1,1572; o dólar subia 0,84% ante o iene, a 141,76 ienes.

Treasuries: o rendimento da T-note de dez anos estava em 3,250%, de 3,199% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 3,443%, de 3,402% na sessão anterior

Commodities: o futuro do ouro tinha leve baixa de 0,05%, a US$ 1.721,80 a onça na Comex; o futuro do petróleo WTI caía 0,35%, a US$ 86,57 o barril; o do petróleo Brent recuava 2,95%, a US$ 92,90 o barril; o minério de ferro para janeiro subiu 1,84% em Dalian (China), a 692 yuans.

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Editora-chefe
Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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