Confira o cardápio do dia do Ibovespa

Um cardápio variado de sopa de letrinhas alimenta o dia do Ibovespa hoje. O desjejum começa logo cedo, às 8 horas, com a ata do Copom. O documento do Banco Central deve descartar o início do ciclo de cortes da Selic em breve, dando ênfase ao risco fiscal. 

Com isso, as negociações da PEC da Transição na Câmara servem de acompanhamento ao longo desta terça-feira (13). A votação deve ocorrer no dia seguinte, mas o texto encontra resistência entre os deputados, diante da indefinição do julgamento do orçamento secreto pelo STF também amanhã. 

Ainda pela manhã, o Ibovespa recebe os números do CPI americano (10h30). Na véspera da decisão do Fomc, os mercado globais apostam que a inflação ao consumidor nos Estados Unidos já atingiu o pico. Se confirmada, a expectativa é de que o Fed irá reduzir o ritmo de alta da taxa de juros a partir deste mês.  

Por enquanto, os ativos de risco estão em cima do muro, mas o resultado do CPI deve sustentar o movimento até o fim do dia. À tarde, os investidores deslocam o radar para o Catar, onde acontece o primeiro jogo da semifinal da Copa. A partida entre Argentina e Croácia define quem será o primeiro finalista do mundial e quem irá disputar o terceiro lugar. 

Cardápio pode trazer indigestão

Enquanto digerem os ingredientes do dia, os negócios locais seguem de olho no governo eleito. O mercado doméstico ainda tenta engolir Fernando Haddad no comando do Ministério da Fazenda a partir de 2023. Mas são os nomes da equipe econômica do futuro ministro que serão decisivos para conquistar a confiança dos investidores.

Ontem, não caiu bem a possibilidade de Aloizio Mercadante presidir a Petrobras. A recusa maior dos ativos se deu à eventual mudança na lei das estatais, atingindo em cheio também o dólar e os juros futuros. No fim do dia, Haddad deve falar da intenção do governo Lula em relação às empresas públicas. A ver, então, se o cardápio do dia não causa indigestão. 

Confira o desempenho dos mercados financeiros por volta das 7h45:

EUA: o futuro do Dow Jones tinha alta de 0,37%; o do S&P 500 subia 0,38%; enquanto o Nasdaq avançava 0,45%;

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NY: o Ibovespa em dólar (EWZ) caía 0,29% no pré-mercado; nos ADRs, o da Petrobras tinha queda de 0,39%, enquanto o da Vale subia 0,16%;

Europa: o índice pan-europeu Stoxx 600 avançava 0,49%; a bolsa de Frankfurt subia 0,64%; a de Paris ganhava 0,52% e a de Londres tinha alta de 0,19%;

Câmbio: o índice DXY tinha baixa de 0,15%, a 104.98 pontos; o euro oscilava com -0,09%, a US$ 1,0532; a libra tinha leve alta de 0,08%, a US$ 1,2283; o dólar tinha -0,02% ante o iene, a 137,62 ienes;

Treasuries: o rendimento da T-note de dez anos estava em 3,601%, de 3,614% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 4,382%, de 4,394%, na mesma comparação;

Commodities: o futuro do ouro subia 0,27%, a US$ 1.797,20 a onça na Comex; o futuro do petróleo WTI avançava 1,30%, a US$ 74,14 o barril; o do petróleo Brent crescia 1,60%, a US$ 79,23 o barril; o contrato futuro mais líquido do minério de ferro (maio/23) negociado em Dalian (China) fechou em queda de 1,48%, a 798 yuans a tonelada métrica, após ajustes.