Bula do Mercado

Ibovespa hoje tem pregão ‘nem para o bem nem para o mal’

23 dez 2022, 7:51 - atualizado em 23 dez 2022, 7:53
Mercados globais
Ibovespa ganhou um mini rali de Natal de presente antes das festas de fim de ano, mas pregões tendem a ser arrastados a partir de agora (Imagem: REUTERS/Brendan McDermid)

O Ibovespa ganhou um mini rali de Natal de presente na semana que marca a data festiva e chega nesta sexta-feira (23) acumulando quatro altas consecutivas. A agenda econômica do dia, com dados de inflação no Brasil (IPCA-15) e nos Estados Unidos (PCE), testa o fôlego da bolsa brasileira. Mas a tendência é de um ritmo mais arrastado a partir de agora.  

Com apenas mais cinco sessões, a liquidez dos negócios deve ficar cada vez mais reduzida. Ainda mais na semana pós-Natal e antes do ano-novo. Vale lembrar que não haverá pregão no próximo dia 30. Com isso, os ganhos de pouco mais de 2% do Ibovespa no acumulado de 2022 têm pouco tempo para se valorizar mais.

A expectativa, então, se volta para a alocação de recursos na virada para 2023. E, para isso, é importante a definição do próximo governo, dando maior clareza sobre como será a condução da política econômica. Os 16 nomes anunciados ontem pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tiveram pouco impacto no mercado doméstico.

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Ibovespa nem para bem nem para o mal

“Nem para o bem, nem para o mal”, disse um operador sênior de renda variável ao Money Times. Talvez o escolhido para o Ministério do Planejamento venha a fazer algum preço nos ativos de risco. Mas a recusa de André Lara Resende mantém a incerteza no ar.

Há quem diga que o convite (e a insistência) a um dos pais do Plano Real é uma boa sinalização. Afinal, ao menos mostra a intenção da linha a ser seguida na Pasta. O problema é que o mercado não está convencido de que haverá independência em relação ao Ministério da Fazenda

Ou seja, ao invés de uma “dobradinha” com Fernando Haddad, haverá um rebaixamento. Daí porque o cenário para o Ibovespa no ano que vem segue nebuloso. Com isso, as chances de derrubar as teses de ajuste nos prêmios de risco seguem elevadas. Ainda mais diante do cenário internacional, onde os mercados globais já desistiram de um rali de Natal.      

Esta é a última Bula do Mercado do ano. A publicação retorna em 9 de janeiro de 2023.

Confira o desempenho dos mercados financeiros por volta das 7h45:

EUA: o futuro do Dow Jones subia 0,34%; o do S&P 500 tinha alta de 0,26%; enquanto o Nasdaq avançava 0,19%;

NY: o Ibovespa em dólar (EWZ) ainda não tinha negociação no pré-mercado, assim como os ADRs da Vale, já o da Petrobras subia 0,95%;

Europa: o índice pan-europeu Stoxx 600 ganhava 0,44%; a bolsa de Frankfurt subia 0,48%; a de Paris avançava 0,18% e a de Londres tinha alta de 0,33%;

Câmbio: o índice DXY tinha baixa de 0,21%, a 104.21 pontos; o euro subia 0,21%, a US$ 1,0620; a libra avançava 0,21%, a US$ 1,2071; o dólar ganhava 0,20% ante o iene, a 132,62 ienes;

Treasuries: o rendimento da T-note de dez anos estava em 3,705%, de 3,682% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 4,285%, de 4,257%, na mesma comparação;

Commodities: o futuro do ouro subia 0,62%, a US$ 1.806,30 a onça na Comex; o futuro do petróleo WTI subia 1,87%, a US$ 78,94 o barril; o do petróleo Brent ganhava 2,42%, a US$ 82,94 o barril; o contrato futuro mais líquido do minério de ferro (maio/23) negociado em Dalian (China) fechou em baixa de 1,15%, a 817 yuans a tonelada métrica, após ajustes.