Ibovespa hoje: sexta-feira sem cara de sexta-feira
O Ibovespa (IBOV) tem nesta sexta-feira (14) um pregão agitado pela agenda do dia. A começar pelo encontro entre os presidentes Lula e Xi Jinping, em Pequim. Logo mais (8h40), ambos concedem uma declaração à imprensa, reforçando os laços entre Brasil e China.
Mas o calendário de indicadores econômicos também está repleto de destaques hoje. Por aqui, sai o desempenho do setor de serviços em janeiro (9h). Ainda que desfasados, os números são importantes para medir os sinais de acúmulo de pressão inflacionária.
Afinal, o Banco Central afirma que é dali que vem um dos motivos para manter a taxa Selic em 13,75%, sem espaço para cortes. Mas os principais gatilhos do dia para os mercados vêm dos Estados Unidos.
Exterior guia Ibovespa
Por lá, as atenções se dividem entre os resultados de grandes bancos – como JPMorgan, Citi e Wells Fargo – e dados sobre a atividade norte-americana no varejo (9h30) e na indústria (10h15) em março. Tudo isso antes da abertura do pregão em Nova York.
Será a hora da verdade para os “bancões”, após as recentes quebras de bancos regionais nos EUA e o casamento forçado na Suíça entre o Credit Suisse e o rival UBS. Os números trimestrais serão observados com lupa para avaliar o impacto do colapso do SVB sobre as condições financeiras e de crédito.
Por ora, prevalece um sinal negativo nos índices futuros, dando sinais de cansaço após os ganhos da véspera em Wall Street. Aliás, o Ibovespa seguiu ontem na contramão do exterior e quebrou uma sequência de três altas seguidas.
Ainda assim, os investidores seguem ajustando posições, com a melhora no comportamento do dólar e dos juros futuros favorecendo a bolsa brasileira. Esse apetite por risco encontra suporte no exterior, em meio aos sinais de alívio da inflação e à perspectiva de fim de aperto pelo Federal Reserve em breve.
Confira o desempenho dos mercados globais por volta das 7h35:
EUA: o futuro do Dow Jones caía 0,17%; o do S&P 500 tinha baixa de 0,19% e o Nasdaq caía 0,38%;
NY: o Ibovespa em dólar (EWZ) subia 1,26% no pré-mercado; entre os ADRs, os da Vale oscilavam em baixa de 0,06%, enquanto os da Petrobras tinham leve alta de 0,08%;
Europa: o índice pan-europeu Stoxx 600 subia 0,34%; a bolsa de Frankfurt tinha alta de 0,25%, a de Paris ganhava 0,20% e a de Londres estava avançava 0,29%
Ásia: o índice japonês Nikkei 255 fechou em alta de 1,20%, enquanto na China, a Bolsa de Hong Kong subiu 0,46% e a de Xangai avançou 0,60%;
Câmbio: o índice DXY tinha baixa de 0,13%, 100.88 pontos; o euro subia 0,15%, a US$ 1,1064; a libra tinha leve baixa de 0,06%, a US$ 1,2517; o dólar tinha leve baixa de 0,10% ante o iene, a 132,44 ienes;
Treasuries: o rendimento da T-note de dez anos estava em 3,436%, de 3,446% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 3,966%, de 3,983% na mesma comparação;
Commodities: o futuro do ouro oscilava em baixa de 0,03%, a US$ 2.054,70 a onça na Comex; o futuro do petróleo WTI avançava 0,41%, a US$ 82,50 o barril; o do petróleo Brent subia 0,37%, a US$ 86,41 o barril; o contrato futuro do minério de ferro (setembro) fechou estável (+0,13%) em Dalian (China), a 776 yuans a tonelada métrica, após ajustes.