Bula do Mercado

Ibovespa hoje: Semana de BCs chega ao fim com dados de atividade no exterior e fala de Powell

23 set 2022, 7:54 - atualizado em 23 set 2022, 8:14
Banco Central
Banco Central brasileiro atuou na vanguarda no ciclo de alta da taxa de juros e no combate à inflação, trazendo alívio aos ativos locais (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

O Ibovespa encerra nesta sexta-feira (23) a semana de decisão de bancos centrais atento aos eventos econômicos no exterior. Mas a euforia dos mercados domésticos ontem com o fim do mais longo e forte ciclo de aperto da Selic desde 1999 mostra que a atuação do Comitê de Política Monetária (Copom) na vanguarda favorece a bolsa brasileira e o real.

Ao não subestimar a inflação elevada, o Copom mostrou que o Brasil aprendeu com seu histórico de ciclos de alta dos preços e corrigiu o exagero de derrubar os juros a níveis insustentáveis. Afinal, o principal erro do passado recente foi continuar cortando a taxa básica em meio a uma das piores depreciações cambiais de todos os tempos. 

Mas agora o Brasil desponta como grande vencedor, enquanto a Europa e os Estados Unidos estão finalmente aumentando suas taxas de juros de forma agressiva, com impacto nas respectivas moedas, uma vez que o dólar se fortalece em nível global. Atento a isso, o BC local anunciou para hoje um “leilão de linha”, no qual há venda das reservas com compromisso de recompra. 

O fato é que enquanto Wall Street finalmente capta a mensagem do Federal Reserve em relação ao ciclo de aperto monetário, a visibilidade do fim do ciclo de alta da Selic permite um bom desempenho dos ativos locais. É inegável que os mercados domésticos tendem a seguir vulneráveis a turbulências externas, mas a blindagem é mais resistente. 

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PMI e Powell recheiam o dia

É isso que explica o dia de bom desempenho ontem por aqui, na contramão do exterior. A ver, então, se esse movimento de maior estabilidade e sustentação das ações locais, especialmente as cíclicas domésticas, tem continuidade hoje. 

Até porque lá fora o fantasma da recessão volta a assustar, com os dados de atividade (PMI) reacendendo os receios com o crescimento global em meio à expectativa de uma política monetária mais rígida. Mas dificilmente o presidente do Fed, Jerome Powell, que discursa à tarde terá alguma coisa diferente a dizer, a não ser que espera alguma dor econômica às famílias e empresas.    

Eleições no radar

Nem mesmo o cenário eleitoral tem trazido volatilidade aos negócios locais. Aliás, na contagem regressiva para as eleições, o ex-presidente Lula confirma o aumento da vantagem frente ao principal rival, o candidato à reeleição Jair Bolsonaro.

Divulgado ontem, o Datafolha apontou a mesma tendência ascendente do petista captada por outras pesquisas conhecidas nesta semana, enquanto o atual presidente segue estacionado. Com isso, cresce a chance de vitória logo no primeiro domingo de outubro. Mas até lá, o jogo ainda pode mudar…

A seguir, veja o desempenho dos mercados financeiros por volta das 7h40:

EUA: o futuro do Dow Jones caía 0,99%; o do S&P 500 recuava 1,06%; enquanto o Nasdaq tinha queda de 1,23%;

Europa: o índice pan-europeu Stoxx 600 recuava 1,92%; a bolsa de Frankfurt cedia 1,78%; a de Paris caía 1,55% e a de Londres recuava 1,80%

Câmbio: o DXY tinha alta de 0,69%, a 112.12 pontos; o euro cedia 0,69%, a US$ 0,9770; a libra tinha queda de 1,61%, a US$ 1,1073; o dólar subia 0,38% ante o iene, a 142,91 ienes.

Treasuries: o rendimento da T-note de dez anos estava em 3,768%, de 3,715% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 4,199%, de 4,127% na sessão anterior

Commodities: o futuro do ouro caía 1,06%, a US$ 1.663,30 a onça na Comex; o futuro do petróleo WTI recuava 2,89%, a US$ 81,05 o barril; o do petróleo Brent perdia 2,68%, a US$ 88,04 o barril; o minério de ferro para janeiro fechou em alta de 1,62% em Dalian (China), a 721 yuans.

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