Bula do Mercado

Ibovespa hoje reflete atos em Brasília ontem, mas pressão negativa pode ter vida curta; entenda

09 jan 2023, 7:59 - atualizado em 09 jan 2023, 8:09
Invasão Politica
Ibovespa abre o pregão de hoje sob pressão, reagindo aos atos antidemocráticos em Brasília, mas efeito negativo pode ter vida curta; entenda (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

O Ibovespa (IBOV) deve abrir o pregão desta segunda-feira (9) sob forte pressão, refletindo os atos antidemocráticos em Brasília ontem. Mas a reação negativa nos negócios locais deve ter vida curta e pode até não durar o dia todo. 

Afinal, o Executivo e o Judiciário já tomaram medidas em reação à invasão às sedes dos Três Poderes na capital federal. Novas ações devem ser anunciadas hoje, reduzindo o impacto nos mercados domésticos no curto prazo. 

Porém, o cenário segue instável e inseguro, o que tende a afastar o investidor do risco e elevar a volatilidade dos ativos. Nesse sentido, a busca por proteção tende a aumentar, com efeitos no Ibovespa, no dólar e nos juros futuros

Semelhança não é mera coincidência

Então, tudo vai depender dos desdobramentos do ocorrido em 8 de Janeiro de 2023 no Congresso Nacional, no Palácio do Planalto e no Supremo Tribunal Federal (STF). Aliás, as semelhanças com o episódio no Capitólio dos Estados Unidos em 6 de Janeiro de 2021 não são mera coincidência

Porém, vale lembrar que não houve impacto significativo em Wall Street no dia seguinte à chamada insurreição. Já no front político por aqui, os eventos em Brasília podem ser um “tiro pela culatra”, fortalecendo o novo governo e esvaziando de vez a oposição.   

Assim, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ganha politicamente e tem a oportunidade de mostrar união com os líderes da Câmara, Senado e STF. A intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal é o lado concreto disso. 

Portanto, pode ser que anime o salto de mais de 3% nos preços do petróleo no mercado internacional, após um navio cargueiro encalhar de novo no Canal de Suez. Por ora, porém, os  recibos de ações (ADRs) da Petrobras recuam no pré-mercado em Nova York. 

Os ADRs da Vale também caem, acompanhando a queda do minério de ferro no mercado futuro chinês em Dalian. Aliás, a reabertura econômica na China continua sendo o destaque positivo nos mercados neste início de 2023. Ontem, o país asiático deu adeus à última grande medida da política de Covid Zero.  

Confira o desempenho dos mercados globais por volta das 7h50:

EUA: o futuro do Dow Jones subia 0,26%; o do S&P 500 tinha alta de 0,35%; enquanto o Nasdaq avançava 0,37%;

NY: o Ibovespa em dólar (EWZ) caía 1,06% no pré-mercado; entre os ADRs, o da Vale recuava 1,93%, enquanto o da Petrobras tinha queda de 1,17%;

Europa: o índice pan-europeu Stoxx 600 subia 0,33%; a bolsa de Frankfurt avançava 0,29% e a de Paris tinha alta de 0,10%, enquanto a de Londres caía 0,10%;

Câmbio: o índice DXY cedia 0,16%, a 103.72 pontos; o euro avançava 0,28%, a US$ 1,0674; a libra subia 0,24%, a US$ 1,2124; o dólar avançava 0,36% ante o iene, a 132,59 ienes;

Treasuries: o rendimento da T-note de dez anos estava em 3,608%, de 3,563% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 4,287%, de 4,283%, na mesma comparação;

Commodities: o futuro do ouro tinha alta de 0,43%, a US$ 1.877,80 a onça na Comex; o futuro do petróleo WTI saltava 3,16%, a US$ 76,11 o barril; o do petróleo Brent disparava 2,91%, a US$ 80,86 o barril; o contrato futuro mais líquido do minério de ferro (maio/23) negociado em Dalian (China) fechou em queda de 1,72%, a 829,50 yuans a tonelada métrica, após ajustes.

Editora-chefe
Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
olivia.bulla@moneytimes.com.br
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Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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