Mercados

Ibovespa tomba mais de 2% em reação ao Copom e dólar sobe a R$ 6; Hapvida (HAPV3) é a única alta

12 dez 2024, 18:16 - atualizado em 12 dez 2024, 18:20
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O Ibovespa tombou mais de 2% e perdeu mais de 3 mil pontos com decisão de Copom em elevar juros e guidance de duas novas altas

O Ibovespa (IBOV) interrompeu a sequência de ganhos e terminou em forte queda após a última decisão de política monetária do Banco Central em 2024.

Nesta quinta-feira (12), o principal índice da bolsa brasileira caiu 2,74%, aos 126.042,21 pontos. 

Já o dólar à vista (USBRL) terminou a sessão a R$ 6,0072 (+0,86%). 

No cenário doméstico, os investidores reagiram à decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar a taxa básica de juros em 1 ponto percentual, a 12,25% ao ano e sinalizou mais duas elevações nos juros, também de 1 ponto percentual nas próximas duas reuniões — que acontecem em janeiro e março de 2025. 

No final da tarde, o plenário do Senado aprovou o texto-base do primeiro projeto de regulamentação da reforma tributária. Sob relatoria do senador Eduardo Braga (MDB-AM), o texto mantém a “trava” à alíquota de até 26,5% para a nova tributação.

O quadro de saúde do presidente Luiz Inácio Lula da Silva seguiu no radar. O chefe do Executivo foi submetido a um procedimento para drenar um hematoma no crânio nesta quinta-feira (12) e segue internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Sírio-Libanês. A previsão é de que ele deixe a UTI amanhã (13).

Altas e quedas da bolsa 

As ações da Hapvida (HAPV3) estenderam os ganhos da véspera e fecharam como a única alta do Ibovespa nesta quinta-feira (12), em dia de forte aversão ao risco doméstico. Os papéis seguiram repercutindo as estimativas de reajuste para os planos de saúde — de cerca de 5,6% para o biênio 2025-2026, nas contas do BTG Pactual.

Com 85 dos 86 papéis que compõem a carteira teórica do índice em tom negativo, Pão de Açúcar (PCAR3liderou as perdas com baixa de cerca de 11%.  Carrefour (CRFB3) e Magazine Luiza (MGLU3) também figuraram entre as maiores baixas.

Em linhas gerais, os juros elevados por mais tempo tendem a limitar o consumo das famílias e reflete na queda da demanda dos produtos considerados não-essenciais — afetando diretamente as empresas de varejo e consumo.

Entre os pesos-pesados do Ibovespa, Petrobras (PETR4;PETR3)Vale (VALE3) também fecharam em forte queda.

Exterior 

Nos Estados Unidos, os investidores reagiram novos dados do mercado de trabalho e de inflação.

O número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego aumentou inesperadamente na semana passada.

Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego aumentaram em 17.000 para 242.000, em dado com ajuste sazonal, na semana encerrada em 7 de dezembro, segundo o Departamento do Trabalho do país. Os economistas consultados pela Reuters previam 220.000 pedidos.

Já o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) aumentou 0,4% em novembro, após uma alta revisada para cima de 0,3% em outubro. O mercado esperava avanço de 0,2% no mês.

Os investidores seguem em compasso de espera pela próxima decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed). A reunião do Comitê Federal do Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) está prevista para os dias 17 e 18 de dezembro.

Até agora, as apostas de corte de 25 pontos-base nos juros, para a faixa de 4,25% a 4,50%, são as majoritárias.

Confira o fechamento dos índices de Nova York:

  • S&P 500: -0,54%, aos 6.051,25 pontos;
  • Dow Jones: -0,53%, aos 43.914,12 pontos;
  • Nasdaq: -0,66%, aos 19.902,84 pontos. 

Na Europa, os principais índices fecharam em queda após o Banco Central Europeu (BCE) cortar os juros em 25 pontos-base, como esperado, colocando a taxa de referência a 3% ao ano. Essa foi a quarta redução nos juros neste ano.  O BCE também deixou a porta aberta para mais flexibilização.

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em queda de 0,14%, aos 519,20 pontos.

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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