Mercados

Ibovespa hoje: Petrobras rouba a cena em dia de agenda cheia no exterior

29 jul 2022, 8:07 - atualizado em 29 jul 2022, 8:07
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Petrobras é o destaque do dia no mercado e deve embalar o Ibovespa neste último pregão de julho (Imagem: Diana Cheng/Money Times)

A Petrobras é o destaque do dia e deve embalar o Ibovespa neste último pregão de julho. Os mercados internacionais amanheceram de bom humor nesta sexta-feira (29), com a temporada de balanços alimentando o apetite por risco e esfriando a narrativa sobre recessão.

Os índices futuros das bolsas de Nova York avançam, liderados pelo Nasdaq, em reação ao resultado trimestral da Amazon e Apple. Na Europa, as bolsas também sobem, relegando a nova máxima histórica da inflação ao consumidor na zona do euro e digerindo o cenário de estabilização econômica, após leve crescimento no trimestre passado.

 

Na agenda do dia, o foco está no índice de preços preferido do Fed, o chamado PCE. O dado será conhecido às 9h30, juntamente com os gastos com consumo e a renda pessoal em junho. Depois, às 11h, sai a leitura final deste mês do sentimento do consumidor medido, pela Universidade de Michigan.

No Brasil, o destaque fica com a taxa de desemprego (Pnad) referente ao segundo trimestre de 2022 (9h). Também será conhecido o indicador de incerteza econômica no Brasil (8h). A temporada de balanços traz os números trimestrais de Raia Drogasil e Usiminas, aqui, e da ExxonMobil, lá fora.

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Petrobras rouba a cena

Mas as atenções estão mesmo voltadas para a Petrobras. Os recibos de depósito de ações (ADRs) da petrolífera subiam quase 7% no pré-mercado em Nova York nesta manhã, em reação à divulgação do balanço e ao anúncio de “dividendos gordos”.

A alta ao redor de 2% dos preços do petróleo no exterior também ajuda. Já os ADRs da Vale tinham leve baixa em NY, apesar da alta do minério de ferro. Em Dalian (China), o contrato futuro mais ativo da commodity metálica, referente a setembro, subiu 1,63%.

A mineradora também divulgou os resultados ontem à noite e reportou uma queda de 17,7% no lucro líquido no último trimestre, refletindo a redução nos preços do minério de ferro e do cobre ao final do período.

Eleições no radar

Com a safra de balanços surpreendendo positivamente, tanto por aqui quanto em NY, o noticiário político segue em segundo plano. Ainda assim, merecem atenção os números mais recentes do Datafolha divulgados ontem à noite.

Com 52% dos votos válidos, Lula venceria no primeiro turno se as eleições fossem hoje. Considerando as intenções de voto, o petista manteve 47%, enquanto o candidato à reeleição, Jair Bolsonaro, subiu para 29%.

Em uma simulação de segundo turno, Lula venceria com 55% contra 35% de Bolsonaro. Bolsonaro mantém a maior rejeição, com 53% dos entrevistados dizendo que não votam nele de jeito nenhum. A rejeição de Lula é de 36%.

A seguir, veja o desempenho dos mercados financeiros por volta das 8h:

EUA: o futuro do Dow Jones subia 0,37%; o do S&P 500 tinha alta de 0,78%; e o do Nasdaq avançava 1,16%;

Europa: o índice pan-europeu Stoxx 600 ganhava 0,90%; a bolsa de Frankfurt crescia 0,1,20%; a de Londres tinha alta de 0,56% e a de Paris subia 1,36%.

Câmbio: o DXY recuava 0,50%, a 105.82 pontos; o euro subia 0,39%, valendo US$ 1,0238; a libra oscilava com +0,03%, cotada a US$ 1,2182; o dólar tinha leve queda de 0,79% ante o iene, a 133,19 ienes.

Treasuries: o juro da T-note de dez anos subia a 2,708%, 2,676% na sessão anterior.

Commodities: o futuro do ouro subia 0,58%, a US$ 1.760,40 a onça na Comex; o futuro do petróleo WTI crescia 2,39%, a US$ 98,72 o barril, na Nymex.

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