Bula do Mercado

Ibovespa hoje: Mercados seguem sob pressão, em semana de decisão do Fed

19 set 2022, 7:51 - atualizado em 19 set 2022, 7:53
Ibovespa
Ibovespa deve seguir pressionado, após cravar quarta queda consecutiva, com os mercados globais em tom de cautela antes da decisão do Fed na quarta-feira (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa deve seguir pressionado nesta segunda-feira (19), após cravar a quarta queda consecutiva na última sexta-feira (16). Os mercados globais iniciam a semana em tom de cautela, com os investidores à espera da decisão do Federal Reserve na quarta-feira (21).

Enquanto aguardam, os futuros dos índices acionários em Nova York amanheceram em queda firme, ao redor de 1%, com Wall Street preparando-se para mais um aumento dos juros nos Estados Unidos. A previsão é de que o Fed eleve a taxa dos Fed Funds em 0,75 ponto percentual (pp) pela terceira vez seguida, para o intervalo de 3,00% a 3,25%.

Além disso, a decisão deve ser acompanhada de um discurso duro (“hawkish”) do presidente do Fed, Jerome Powell. Porém, na entrevista coletiva logo após o anúncio da decisão, o chairman não deve se comprometer com o ritmo das próximas altas. O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) reúne-se novamente em novembro e em dezembro 

O receio dos mercados é de que o processo de aperto monetário contamine a economia norte-americana, com os juros permanecendo em nível elevado por mais tempo. A percepção é de que a inflação ao consumidor só cairá se os EUA entrarem em recessão, com o aumento do desemprego

Portanto, o Fed não fará um “pivô” em direção a uma postura mais suave (“dovish”) até que o mercado de ações enfrente uma forte onda vendedora (“sell off”). Da mesma forma, as ações globais não devem voltar a subir com consistência a menos que o Fed para de subir os juros. Ou seja, o Fed e o mercado de ações estão em rota de colisão.

Ibovespa refém do exterior

Com isso, o Ibovespa deve seguir o caminho dos mercados globais nesta semana. Ao menos até quarta-feira. Nesse dia, o foco também se desloca para a cena local, com a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) dividindo o palco com as eleições.

Ao contrário do Fed, o Copom está perto de encerrar o ciclo de aperto da Selic. A dúvida, porém, é se ainda cabe um ajuste residual, de 0,25 pp, ou se a taxa básica de juros ficará estacionada em 13,75% a partir de agora. Por ora, as apostas do mercado estão divididas. 

Já a disputa eleitoral segue na contagem regressiva sem qualquer novidade. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva permanece firme na liderança nas principais pesquisas, com sinais de aumento da vantagem frente ao rival. 

É o que aponta, por exemplo, o levantamento FSB/btg. Divulgado hoje, a pesquisa mostra que o petista subiu de 41% para 44% das intenções de voto, em cenário estimulado, enquanto o candidato à reeleição Jair Bolsonaro permaneceu com 35%. 

Na quarta-feira, saem novos dados do Ipec (ex-Ibope), do Datafolha, PoderData e Quaest. A ver, então, se esse cenário de estabilidade se mantém, faltando 13 dias para o primeiro turno. 

A seguir, veja o desempenho dos mercados financeiros por volta das 7h40:

EUA: os futuros do Dow Jones caía 0,91%; o S&P 500 recuava 0,98%; enquanto o Nasdaq cedia 1,06%;

Europa: o índice pan-europeu Stoxx 600 tinha queda de 0,89%; a bolsa de Frankfurt perdia 0,88% e a de Paris caía 1,45% e a de Londres recuava 0,62%

Câmbio: o DXY tinha alta de 0,30%, a 110.09 pontos; o euro cedia 0,37%, a US$ 0,9979; a libra tinha queda de 0,45%, a US$ 1,1372; o dólar subia 0,41% ante o iene, a 143,52 ienes.

Treasuries: o rendimento da T-note de dez anos estava em 3,452%, de 3,453% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 3,864%, de 3,867% na sessão anterior

Commodities: o futuro do ouro caía 0,62%, a US$ 1.673,00 a onça na Comex; o futuro do petróleo WTI caía 2,01%, a US$ 83,12 o barril; o do petróleo Brent recuava 1,73%, a US$ 89,77 o barril; o minério de ferro para janeiro fechou em leve alta de 0,35% em Dalian (China), a 718 yuans.

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Editora-chefe
Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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