Ibovespa hoje: Mercados monitoram tensão em Taiwan em alta, em dia de Copom
O Ibovespa deve acompanhar o tom positivo que prevalece nos mercados internacionais desde ontem, quando o pouso de Nancy Pelosi em Taiwan acalmou os investidores. Ainda assim, a tensão geopolítica entre Estados Unidos e China segue no radar.
Há quem diga que a reação inicial dos ativos de risco na terça-feira à visita oficial da presidente da Câmara dos EUA foi exagerada. Porém, tampouco há quem descarte uma piora no cenário global, que já sente os impactos da guerra na Ucrânia e da pandemia.
Com isso, fica a dúvida quanto à sustentação da recente dinâmica robusta dos mercados. Ainda mais com os indicadores de atividade sugerindo uma desaceleração econômica, que parece caminhar em direção a uma recessão global.
Isso em um momento em que a inflação resiste em alta, apesar da queda dos preços das commodities industriais. Até por isso, o Federal Reserve tem reafirmado que “não está nem perto” de encerrar o ciclo de aumento da taxa de juros.
Copom sobe Selic, e depois?
O que não se sabe é se o mesmo pode ser dito em relação ao Copom. A taxa Selic deve subir em 0,50 ponto porcentual (pp) hoje, para 13,75%, dando continuidade ao processo iniciado em março do ano passado.
A novidade tende a ficar com o comunicado que acompanhará o anúncio da decisão, a partir das 18h30. Os riscos fiscais, de um lado, e a proximidade eleitoral, de outro, deixam dúvidas quanto ao fim do ciclo de aperto.
O Copom pode ainda optar pela “coluna do meio” e manter o juro básico em nível elevado por um período mais longo, o que, na prática, significa que as taxas reais continuarão subindo. Afinal, a inflação está sim desacelerando.
Até a decisão do Copom, os investidores recebem dados de atividade no Brasil e no exterior. Na Europa, já foi conhecida uma nova rodada de números fracos sobre a indústria, o varejo e o setor de serviços.
Atenção ainda para a decisão do cartel de países produtores de petróleo (Opep+) sobre a oferta da commodity. A reunião mensal parace mais importante do que a visita de Pelosi, que, aliás, já deixou Taiwan.
A seguir, veja o desempenho dos mercados financeiros por volta das 7h50:
EUA: o futuro do Dow Jones subia 0,35%; o do S&P 500 tinha alta de 0,341%; e o do Nasdaq avança 0,29%;
Europa: o índice pan-europeu Stoxx 600 ganhava 0,11%; a bolsa de Frankfurt crescia 0,27%; a de Londres estava estável e a de Paris subia 0,20%.
Câmbio: o DXY oscilava em baixa de 0,02%, a 106.22 pontos; o euro subia 0,22%, valendo US$ 1,0190; a libra oscilava com +0,16%, cotada a US$ 1,2185; o dólar tinha leve alta de 0,08% ante o iene, a 133,31 ienes.
Treasuries: o juro da T-note de dez anos subia a 2,783%, de 2,753% na sessão anterior.
Commodities: o futuro do ouro caía 0,69%, a US$ 1.777,30 a onça na Comex; o futuro do petróleo WTI recuava 0,69%, a US$ 93,76 o barril, na Nymex.
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