Ibovespa hoje: Mercados iniciam agosto tentando manter rali da reta final de julho
O Ibovespa inicia o novo mês tentando manter o ritmo observado ao final de julho, quando encerrou no maior nível em sete semanas. A dúvida é se os mercados globais vão sustentar essa recuperação em agosto.
A sinalização desta manhã no exterior indica que o rali recente encontra dificuldades. Os índices futuros das bolsas de Nova York amanheceram na linha d’água, com um ligeiro viés negativo.
Na contramão, a sessão na Ásia e na Europa é de ganhos, apesar dos riscos geopolíticos. Além da tensão entre Rússia e Ucrânia, a questão de Taiwan também entra no radar.
Mas são as incertezas sobre o ciclo de alta dos juros nos Estados Unidos que ditam o rumo dos ativos. O próprio Federal Reserve tenta mostrar que ainda há um longo caminho até domar a inflação, o que reacende o temor de recessão.
Por isso, dados sobre a atividade industrial e no setor de serviços nos EUA, hoje e quarta-feira, ganham relevância. Na sexta-feira, o relatório sobre o emprego (payroll) pode dar pistas sobre uma espiral inflacionária vinda dos salários.
Semana de Copom
Já no Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) caminha para encerrar o ciclo de aperto dos juros, iniciado em março do ano passado. A taxa Selic deve subir a 13,75% na quarta-feira.
Mas se a interpretação de um Fed mais suave (“dovish”) estiver realmente exagerada, o juro básico no Brasil pode chegar a 14% até dezembro – ou ir além.
Se o ajuste necessário pelo Fed ainda está longe do ideal, os investidores devem se voltar para as ações que não dependem do aumento dos juros. Nesse cenário, o apetite por prêmio de maior risco tende a se acelerar, favorecendo o mercado doméstico.
Só que a proximidade das eleições pode atrapalhar, trazendo mais volatilidade.
Aliás, o Congresso Nacional retoma os trabalhos nesta semana. A Câmara deve ter um esforço concentrado para votar medidas provisórias e propostas com prazo de vencimento até outubro.
A seguir, veja o desempenho dos mercados financeiros por volta das 8h15:
EUA: o futuro do Dow Jones caía 0,06%; o do S&P 500 tinha queda de 0,21%; e o do Nasdaq recuava 0,17%;
Europa: o índice pan-europeu Stoxx 600 ganhava 0,21%; a bolsa de Frankfurt crescia 0,40%; a de Londres tinha alta de 0,46% e a de Paris subia 0,35%.
Câmbio: o DXY recuava 0,40%, a 105.48 pontos; o euro subia 0,20%, valendo US$ 1,0247; a libra oscilava com +0,47%, cotada a US$ 1,2237; o dólar tinha leve queda de 0,76% ante o iene, a 132,22 ienes.
Treasuries: o juro da T-note de dez anos subia a 2,660%, de 2,651% na sessão anterior.
Commodities: o futuro do ouro subia 0,36%, a US$ 1.788,30 a onça na Comex; o futuro do petróleo WTI recuava 1,82%, a US$ 96,83 o barril, na Nymex.
?Money Times é Top 9 em Investimentos!?
Obrigado pelo seu voto! Graças a você, o Money Times está entre as 9 maiores iniciativas brasileiras no Universo Digital em Investimentos. Se você conta com o conteúdo do site para cuidar bem do seu dinheiro, continue votando e ajude o Money Times a se tornar o melhor portal de notícias de investimentos do Brasil. Contamos com o seu apoio. CLIQUE AQUI E VOTE!