Ibovespa hoje: Mercados ensaiam recuperação após dois dias de forte pressão
O Ibovespa deve interromper hoje a sequência de dois pregões seguidos de queda firme, o que levou o índice de referência da B3 de volta à marca dos 110 mil pontos. O dia parece ser de recuperação dos mercados internacionais, o que alivia a pressão sobre os ativos de risco locais.
Os índices futuros das bolsas de Nova York amanheceram no campo positivo. Mas as praças europeias titubeiam, com os preços do gás natural pressionados por uma possível nova parada de manutenção no gasoduto russo. Por sua vez, o petróleo sobe quase 2%. Em Dalian (China), o minério de ferro também teve alta.
Ainda assim, o sinal negativo vindo das bolsas na Ásia e a perda de paridade do euro em relação ao dólar turvam o cenário. Os investidores continuam lutando com a incerteza sobre quando a inflação atingirá o pico, a extensão do aperto dos bancos centrais para manter a alta dos preços sob controle e o quanto isso afetará o crescimento econômico global.
Por enquanto, o mercado continua precificando um “pivô do Fed” a partir de maio de 2023. Porém, talvez os investidores estejam confundindo a ênfase do Federal Reserve em combater a inflação com uma eventual guinada na política monetária, rumo a cortes na taxa de juros dos Estados Unidos.
Daí, então, a importância do discurso do presidente Jerome Powell em Jackson Hole. A especulação sobre possíveis comentários mais agressivos (“hawkish”) dele na sexta-feira enfraqueceu o otimismo quanto à mudança do Fed no primeiro semestre do próximo ano. Resta saber qual será o tom da fala do chairman durante o simpósio de banqueiros centrais.
Eleições em debate
No Brasil, o debate em destaque é sobre as eleições. O candidato à reeleição, Jair Bolsonaro, saiu ileso do confronto no Jornal Nacional. Apesar de uma postura agressiva dos entrevistadores da bancada, o presidente não se prejudicou.
Ao contrário, a avaliação é de que Bolsonaro conseguiu se sair até melhor que o esperado. A ponto de sentir-se à vontade para dominar a sabatina, rebater críticas e se conter nos ataques. Hoje será a vez de Ciro Gomes (PDT).
Aos poucos, então, a disputa eleitoral vai ganhando força e, com isso, cresce a influência sobre os mercados domésticos. Por mais que o assunto já esteja embutido nos preços dos ativos, ainda é cedo para dizer que o resultado das urnas já está dado. E qualquer mudança tende a agitar os negócios locais. A conferir.
A seguir, veja o desempenho dos mercados financeiros por volta das 7h55:
EUA: o futuro do Dow Jones tinha alta de 0,21%; o do S&P 500 subia 0,22%; e o do Nasdaq avança 0,25%;
Europa: o índice pan-europeu Stoxx 600 tinha baixa de 0,27%; a bolsa de Frankfurt oscilava com -0,05%; a de Londres recuava 0,41%, e a de Paris cedia 0,16%.
Câmbio: o DXY estava estável, a 109.05 pontos; o euro caía 0,18%, a US$ 0,9925; a libra tinha baixa de 0,04%, a US$ 1,1763; o dólar oscilava com -0,03% ante o iene, a 137,46 ienes.
Treasuries: o rendimento da T-note de dez anos subia a 2,982%, de 2,973% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 3,289%, de 3,226% na sessão anterior
Commodities: o futuro do ouro tinha alta de 0,07%, a US$ 1.749,70 a onça na Comex; o futuro do petróleo WTI subia 1,87%, a US$ 92,08 o barril; o do petróleo Brent avançava 1,54%, a US$ 97,97 o barril; o minério de ferro para janeiro teve alta de 1,38% em Dalian (China), a 697,50 yuans.
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