Ibovespa hoje: Mercados ensaiam rali de alívio, mas ativos de risco seguem sob pressão
O Ibovespa deve abrir o pregão de hoje com a falsa sensação de que o pior tenha ficado para trás, após manter ontem o ritmo de queda da última sexta-feira. Os mercados internacionais ensaiam um rali de alívio nesta terça-feira (27), mas a pressão nos ativos de risco deixa dúvidas se esse movimento vai durar até o fim do dia.
Os problemas europeus, agora agravados pela incerteza política diante dos novos governos britânico e italiano, tornam o cenário ainda mais desafiador. A combinação de inflação elevada e juros altos por mais tempo mantém os receios de uma recessão global, tornando difícil qualquer solução no curto prazo.
Essa piora do ambiente externo coincide com a tensão eleitoral, o que amplia a volatilidade dos mercados domésticos. Ainda mais com as recentes pesquisas reforçando as chances de a eleição presidencial ser decidida logo no domingo (2), o que sugere confusão à vista.
Ontem, o presidente Jair Bolsonaro voltou a colocar em dúvida se aceitará o resultados das urnas, após o levantamento do Ipec (ex-Ibope) apontar vitória do ex-presidente Lula no primeiro turno, com 52% dos votos válidos. Com isso, os ativos brasileiros ficam reféns da situação externa e local, com as perdas generalizadas nos mercados globais sendo potencializadas por aqui.
Tanto que, em sintonia com a nova queda de mais de 2% do Ibovespa ontem, o dólar disparou 2,5%, alcançando o maior nível desde julho. Atento a isso, o Banco Central anunciou um segundo leilão de linha em menos de uma semana.
A operação consiste na venda de dólares das reservas internacionais com compromisso de recompra. Para Cleber Alessie, da Commcor Corretora, a atuação da autoridade monetária mostra que há alguma disfunção na taxa de câmbio. “A nova oferta reforça que o foco do momento é funcionalidade, e não nível [de preço]”, comenta.
BC e inflação em destaque
Portanto, após encerrar o mais longo e forte ciclo de alta da Selic, o foco do BC se concentra no mercado cambial. Ainda mais em tempos de dólar forte pelo mundo.
Aliás, a ata da reunião da semana passada do Comitê de Política Monetária (Copom), logo mais (8h), deve manter o tom duro (“hawkish”), afastando qualquer chance de corte no juro básico em breve. Até porque a espiral de deflação no Brasil está perdendo força. A previsão para o IPCA-15 é de queda de 0,20%.
A seguir, veja o desempenho dos mercados financeiros por volta das 7h40:
EUA: o futuro do Dow Jones subia 0,89%; o do S&P 500 avançava 1,16%; enquanto o Nasdaq tinha alta de 1,42%;
Europa: o índice pan-europeu Stoxx 600 ganhava 0,62%; a bolsa de Frankfurt subia 0,62%; a de Paris tinha alta de 0,64%, enquanto a de Londres recuava 0,12%
Câmbio: o DXY tinha baixa de 0,39%, a 113.60 pontos; o euro subia 0,37%, a US$ 0,9645; a libra tinha alta de 1,28%, a US$ 1,0825; o dólar caía 0,34% ante o iene, a 144,25 ienes.
Treasuries: o rendimento da T-note de dez anos estava em 3,822%, de 3,919% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 4,254%, de 4,303% na sessão anterior
Commodities: o futuro do ouro subia 0,68%, a US$ 1.644,70 a onça na Comex; o futuro do petróleo WTI avançava 1,62%, a US$ 77,95 o barril; o do petróleo Brent ganhava 1,71%, a US$ 84,25 o barril; o minério de ferro para janeiro fechou em alta de 0,63% em Dalian (China), a 715 yuans.
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